30 de julho de 2025

O "peso" das coisas ditas em voz alta

[Dia 14: Sigo fortíssima na "imposição" mas hoje, em consulta, abri mais umas três "gavetas" por arrumar e sinto que vai ser dos dias mais difíceis de resistir à tentação - dava um jeitão tapar isto tudo com uma bela garrafa de Mateus Rosé 😁]

Olá, pessoas giras!

O lema para o dia de hoje é: "um empurrão por dia, não sabe o bem que lhe fazia!"... A parte pior na conquista deste lema é que eu não posso culpar ninguém (hahahahaha!). Eu sou "de pessoas" (ainda que passe o tempo a dizer que as detesto - é só porque nem sempre dão uso ao cérebro) e gosto de conversar (até me ando a esforçar para melhorar a minha escuta ativa em vez de escutar para responder). E a força ou o peso de algo que é dito em voz alta, não se compara em nada àquilo que fica apenas no domínio do nosso pensamento.

Este mês, entraram na minha vida duas mulheres incríveis, uma loura e outra morena, que se complementam sem saber (embora já saibam as duas que a outra existe). Duas senhoras mulheres, com corações do tamanho do mundo, que eu adorava que tivessem aparecido antes, mesmo sabendo que tudo na vida acontece por um motivo e que agora era a hora certa para eu estar pronta para elas.

Com elas, sinto-me eu (e sim, eu sei que isto soa a disparate que eu já não tenho idade para filtros e viver a agradar os outros mas eu ainda não cheguei a esse ponto - foco no AINDA). Com elas falo "tranquilamente" sobre tudo e mais um par de botas, com opiniões e sensações honestas, sem máscaras e sem (muitas) fugas. Talvez por isso, remexo em muita coisa que guardo cá dentro, daquelas que ninguém da família quer ou gosta de ouvir, e verbalizo.

É neste momento que: "está o caldo entornado"!

Quando as mágoas, as dúvidas ou os receios vivem na esfera do pensamento, eu posso sempre fingir que nada daquilo existe, que foi só uma "cena" passageira, uma "interpretação" do momento. Quando essas ideias me saem em enxurrada da boca para fora (não fosse eu uma mocinha que consegue conversar mesmo sem ter assunto), é como se passassem a ser um prego pregado numa tábua - eu posso tirar o prego mas aquele buraco, aquela marca, já não vai sair. 

Estamos em 2025 e cheguei à fase da minha vida em que eu preciso mesmo de olhar para o prego, e para a tábua, e fazer-lhe o mesmo que o espremedor faz à laranja (referência ao espetacular anúncio da Cuétara: Vi o que fazes com as laranjas. Se te trouxer uma vaca tiras-lhe o leite?). Eu sei que com calma e com cuidado e com amor, eu vou conseguir encher esses buracos de terra e sementes e estarei cá para ver as plantas crescerem e fazerem de de mim um mulherão ainda mais espetacular.

Senhora produtora de melancias e senhora decoradora de inspiração grega, a caminhada que se avizinha vai ser turbulenta, não vai dar para fugir aos altos e baixos e já sabemos que há lugar para as minhas gargalhadas nervosa, tal como para as minhas lágrimas inesperadas e desgovernadas, mas fico feliz por vos ter do meu lado.

Abraço apertado, a todos os corações (magoados e sem ser) que passam por esta página, quando eu me curar a mim vou poder tentar curar-vos ainda com mais convicção 😉

22 de julho de 2025

Primeiro fim de semana sem álcool

 Olá, pessoas giras!!

Hoje é o dia número 6. Seis dias sem consumir álcool (vou arranjar um distintivo para comemorar cada meta - tipo semana a semana) e confesso que a parte pior foi mesmo a primeira sexta-feira desta aventura por calhar num fim de semana sem Princesa. Houve um lanche tardio em família, que facilitou a fuga aos habituais jantares de sexta e as rodadas que os antecipam. Depois, como o mau humor já tinha atingido máximos olímpicos, saí para dar uma voltinha pela vila e ver as festarolas. Havia um arraial junto à Música Velha, que mais parecia uma jantarada de amigos - visto que estava tudo sentado a comer em mesas corridas e o acordeonista tocava "porque sim". Os bares estavam às moscas, os nossos locais "do crime" também e o rumo a casa nunca me pareceu tanto o mais acertado.

Sábado foi dia de passeio à capital, para visitar o Marco (agora no Curry Cabral). Depois da fase intensa na unidade de queimados do São José, começa agora a fase de reabilitação física. Seis meses depois da explosão, a trabalhar como mecânico, que o deixou com queimaduras gigantescas por todo o corpo, ele já se senta, já faz piadas parvas sobre não voltar a precisar de manicure e já se move para os lados para nos ver (ainda tem a vista muito afetada e a visão periférica parece ser a que funciona melhor para ele). Soube bem, é fácil sentir que ele gosta de pessoas e que as nossas visitas, apesar de o cansarem imenso, lhe fazem bem. A fazer 100 agachamentos por dia e nem sei quantas flexões, aquele ex paraquedista rapidamente volta para perto de nós, nem podia ser de outra maneira.

No regresso, o meu intestino decidiu reclamar da vida e lá tivemos mais uma sessão de hemorragias. Como não posso culpar o álcool, porque "ele" agora está de castigo, vou ter que culpar o gás e fazer mais algumas restrições por conta própria. Portanto, coca cola zero sabes que sou muito feliz contigo mas preciso de um tempo, o problema não és tu, sou eu.

Para começar bem a semana, o Tico e o Teco decidiram pensar convictamente na profissão 50500. Será que eu preciso mesmo de uma mudança nesta fase da vida? Ou estou só a fugir do meu aborrecimento crónico no que diz respeito a seja-la-o-que-for? Tenho uma facilidade incrível em passar oito horas em frente ao computador e não fazer nada útil (nem para mim, nem para o meu contexto laboral). Não me concentro, não me foco mas sei que a falta de estratégia definida e alguém que perceba efetivamente dos dados que eu estou a tentar "mudar" não me ajuda. Simultaneamente, também sei que me perdi do meu propósito de vida (visto que se atingir o FIRE e viver dos rendimentos, vou ter ainda mais tempo sozinha para ocupar) e isso também não ajuda nada.

Como não pode ser tudo mau, a Princesa voltou para casa como uma energia positiva incrível e eu só tenho que apanhar o barco e acompanhar. Sempre odiei plasticina (nem sei explicar porquê) e agora temos a nossa própria estação de trabalho para esse efeito e sou eu que lhe dou mais uso (ninguém disse que trabalhar plasticina, com ferramentas próprias, era fácil).

Pensamento positivo: hoje já é terça-feira (diz a gaja que percebeu que ao fim de semana não sofre tanto de angústia e stress)!

Boa semana.

17 de julho de 2025

Update médico (Dia 1)

 Olá, pessoas giras!!

Ontem foi dia de revisão médica, o que só por si já fez desta semana muito interessante, e as novidades são gigantes! 

O nódulo que tenho no fígado, apesar de parecer gigante, é benigno e só requer vigilância (para o caso de crescer além dos 6cm por 4cm - UAU). Mas... [Bolas que a porcaria da vida nunca consegue acontecer sem um mas.] As minhas hemorragias continuam, semana sim semana não, e a senhora doutora acha que posso ter varizes no intestino. Estudámos a parte de cima, estudámos a parte de baixo e, como falta a parte do meio, lá vou eu engolir uma câmara para estudarmos a parte do meio.

E é nestas alturas em que uma pessoa decide encarar a vida de frente e ter conversas descompensadas com os médicos... 

"E se eu lhe dizer que isto só acontece quando bebo, nas semanas em que não tenho a Princesa comigo!?"
[A sra doutora amou e decidiu "acabar" com o meu mundo.]
"Vamos ter que mudar isso."
"Uma cerveja, de vez em quando?"
"Nada. Durante dois meses, vamos cortar completamente. Para ver se os valores alterados das análises vão ao sítio só assim e se o fígado deixa de estar em sofrimento."
"E se for um copo de vinho?"
"Zero!"
"E coca-cola e outras bebidas com gás?"
"Pode, desde que seja sem álcool!"

E assim, percebes que a sra doutora, em menos de meia hora, te ficou a conhecer ao detalhe porque tem acesso a todo o teu historial médico e exames feitos, acompanhados pelas belas pérolas que te saem pela boca.

Como se não bastasse, os dez quilos de medicação que tomo para tudo e mais um par de botas, incomodam muita gente e está na hora de mudar de vida.

Vou ter acompanhamento em Psicologia Clínica. Dra Ana, só a julgar pela conversa telefónica de uma hora que tivemos ontem, ainda nos vamos rir muito juntas. [Não percam os próximos episódios, porque nós também não!]

A vida continua a acontecer fora de portas, o ambiente no trabalho está cada vez mais estranho (porque as tarifas do Trump estão a exigir ainda mais cortes), recebo chamadas que começam com "Mãe Bibiela" e continuo à procura de mim. Mas terei tempo para partilhar outras aventuras.

Primeiro dia sem álcool concluído com sucesso. Muitos mais pela frente, com imensos eventos sociais (já que tudo acontece nestes meses) e a certeza que este é o caminho que tenho que fazer.

Boa semana!!

4 de julho de 2025

Oráculo dos Arcanjos


 Origem da situação atual: Reconfortar

Até a pessoa mais forte passa por situações desagradáveis e não é vergonha precisar de tempo para curar o coração. Esta é uma boa ocasião para refletires tranquilamente sobre os teus verdadeiros sentimentos. Por isso, escreve um diário privado e depois chama-me para reconfortar a tua mente e o teu coração. Posso ajudar-te a dormir melhor e sossegar a tua mente.

Verdade da situação atual: Compaixão

Posso ajudar-te a perdoares-te a ti e aos outros, ou a veres o ponto de vista de todos com compaixão. Não tens de mudar a tua posição ou o teu comportamento. Tens apenas de abordar a situação com um coração afetuoso, o que te fortalece e permite que brotem soluções criativas.

Resultado/resolução (se nada mudar): Paciência

É preciso tempo para uma semente furar o solo e maturar até ser uma planta florida. Contudo, cada momento do ciclo de vida de uma planta pode trazer alegria àqueles que reparam na sua beleza. Do mesmo modo, desfruta do processo ao concretizar os seus sonhos. Abranda e sente gratidão, já que cada passo torna a tua manifestação tangível. Fica atento às lições e ao amor que brotam sempre que dás um passo para realizar os teus sonhos.

2 de julho de 2025

O regresso

Olá, pessoas giras!

Depois de três semanas de baixa, ontem foi o dia de regressar ao trabalho. E entre as 50 consultas médias e outros tantos exames, a fazer piscinas entre Grândola e Lisboa, com a morte e tudo o que isso implica de alguém relativamente próximo (é parvo, mas aqueles momentos em que me deram os sentimentos pelo meu sogro, a acharem que falavam com a minha irmã, tornou tudo ainda mais pesado), sinto que o descanso que tanto precisava nunca chegou.

Mas... (Sempre fui uma mocinha de "mas" bem vincados.)

Não pode ser tudo mau. Consegui aproveitar o tempo para fechar temas pendentes (ou tentar), consegui descobrir que o mal de todos os meus problemas vem de dentro de mim (literalmente), consegui desligar as vozes dos macaquinhos no meu sótão e consegui perceber que este ano os cálculos do IRS estão contra mim (vender casas que nem gente rica tem disto e nem o bónus anual da empresa me salva).

Sobre o trabalho, pouco há a dizer... Quando me ausentei a casa tinha uma fogueirinha acesa, longe de queimar alguém, e, neste momento, há um fogo gigante a ganhar terreno a cada dia e em risco de consumir os alicerces mais estáveis. Daqueles que nem o meu estagiário favorito com o curso acabado, à espera da promoção a bombeiro consegue dar conta.

Felizmente, nada disto coloca o vencimento em causa, nem o negócio da empresa porque "são APENAS dados" (num local que se quer com decisões baseadas em dados, hahahahaha).

Boa semana!

27 de junho de 2025

O dia B

Desde que voltei a esta vida de escrita de bloguista, senti sempre que existiam por aqui mais olhares do que eu gostaria e isso fez com que eu me "encolhesse".

Se fosse o caso de serem só os ex (se são ex já sabem muito mais do que o público geral, portanto, não lhes ia acrescentar nada de valor), mas A partilha com B e B partilha com C e ainda há os 50500 que dizem que não precisam de mim na vida, porque sabem bem onde vir cuscuvilhar, e eu, claramente, não preciso disso.

Mas, enquanto não decido se fecho ou não a porta aos olhares curiosos, vou partilhar tudo como se nada fosse.

Hoje foi o dia B e, desta vez, não foi o dia B de viagem para algum lado, foi o dia B de benigno.

Quando nos falam em nódulos pela primeira vez, o comum dos mortais pensa sempre que é algo normal, que pertence aos 95% dos casos que não significam nada ou que dos 5% que são maus, na hora da verdade o resultado é favorável (mesmo quando há uma veia pessimista a falar mega alto).

Quando nos falam em nódulos pela segunda vez, o chão desaparece debaixo dos nossos pés. É impossível não pensar que fomos brindados com um amiguinho do anterior, que ficou escondido á espera, ou que as nossas células são uma bela porcaria e têm todas brinde. Quer sejam 44mm ou 60mm, só conseguimos pensar que não importa o tamanho, o que importa é o que se faz com ele (e, se depender de mim, é cortar fora o pedaço e estimar a parte que fica).

Não seria eu se não corresse atrás de 50 médicos e outros tantos exames (querias estar de baixa para recuperar mas a vida tem planos diferentes), para chegar a um dia como o de hoje: "Tem uma não-sei-quantos-plasia não-sei-que-mais aumentada BENIGNA"

Gente gira, ainda não é desta!
Não sei os próximos passos, não sei as implicações, mas sei que não é cancro e isso para mim já é lucro.

24 de junho de 2025

Amar é...

Conceitos soltos que aprendi sobre o que é amar, enquanto explicava a alguém que agora escolho amar-me a mim e, se não for pedir muito, amar a vida.

  • Assobiar na rua, depois da meia noite, sem medo de acordar os vizinhos;
  • Oferecer o ombro, o sofá, a mantinha, o comando, o café, o chá e até a bacia da casa de banho;
  • Espreitar à janelas, vezes sem conta, na esperança de encontrar a pessoa amada, numa das suas caminhadas;
  • Tentar esconder o sorriso e o brilho no olhar, que já iluminaram o espaço todo em redor, quando a pessoa amada aparece (no nosso dia, na nossa frente ou no mesmo sítio em que estamos);
  • Acreditar que não são precisos jogos de palavras nem dúvidas no ar e assumir "Gosto de ti" (ou qualquer outra expressão do gênero que signifique a mesma coisa);
  • Querer dar o passo maior que a perna e querer mostrar ao mundo a imensidão desse amor (logo a partir dos primeiros 10 segundos de um "sim, podemo-nos encontrar");
  • Deixar ir!

17 de junho de 2025

Segundo de 2025

 


As quatro verdades são conceitos simples que temos tendência a esquecer-nos ao longo da vida: ser impecável com a nossa palavra; não levar nada a peito; não tirar conclusões precipitadas e dar sempre o nosso melhor. Porque a própria sociedade e a forma como somos educados manipula a nossa forma de estar e de pensar. Mas só depende de nós fazer diferente.

16 de junho de 2025

Carta aberta ao meu ex

Olá, olá!

Hoje é o dia.

Há uns tempos valentes que eu devia ter começado a organizar o cérebro, mas a inércia tomou conta de mim e a vida por objetivos estava a funcionar que eu fui arrastando tudo. Mas agora que a maior parte dos temas está fechado, que tirando a saúde já está tudo em piloto automático, está na hora de voltar a ser eu.

Primeiro, a carta aberta segue por esta via porque eu sou muito burrinha, e desde que voltei a escrever aqui que o meu maior receio era mesmo "quem lê estes desabafos" (mas a verdade é que a escrita em papel que tantos advogam como milagrosa, não funciona assim tão bem para mim), mas tenho perfeita noção que há coisas que sabes, comentários que fazes e referências que nunca seriam possíveis se não passasses por aqui.

Segundo, a necessidade da carta aberta existe porque eu ainda não fiz as pazes com a situação (há vários temas da separação / divórcio que nunca foram endereçados, nem vão ser, mas que eu preciso de "deixar ir").

Há coisas que eu não vou ser capaz de esquecer nunca, mesmo sabendo que no "calor do momento" se diz muita asneira, como a tua resposta à minha sugestão de darmos um tempo e ficar cada um de nós uma semana com a Catarina, na casa de família, e na outra semana ficarmos com os nossos pais/mãe. A indignação que mostraste por teres que assumir à tua mãe que o teu casamento não estava bem nunca me fez sentido (não se assume que não está bem e se tenta resolver mas assume-se que vai cada um à sua vida) mas, agora, respeito. Nunca foi novidade para mim quem era a prioridade (contra mim falo que só agora iniciei o processo de colocar a minha família no devido lugar, ou de me colocar a mim no devido lugar face à minha família). Em cima disso, ouvir-te dizer que posso ficar com tudo excepto a Catarina e o Stout pareceu-me algo digno da canção da Ágata ("tira-me tudo na vida e o mais que consigas mas não fiques com ele"), bem sei que sempre tive a veia de mãe adormecida mas, da mesma maneira que não querias ser afastado da vida dela, não me parece muito lógico achares que eu o faria.

Toda esta mágoa faz-me sentir que ainda não fechei o capítulo (e, claramente, enquanto não termina um não há nenhuma forma de outro começar de forma pacífica e serena). Já estou muito orgulhosa por sermos pessoas capazes e trocarmos mensagens e alinharmos as coisas da Catarina (e até outra partilhas aleatórias sobre empregos ou tecnologia), sinto que fizemos um progresso gigante para não sentir vontade de te espancar a cada pergunta distraída que fazes (eu sei que já eras assim antes e que tinhas uma gaja espetacular, linda de morrer com uma memória incrível para te lembrar de tudo, mas se calhar agora precisas apostar mais nos lembretes do google 😁). Só que ainda temos que alinhar uma coisa ou duas, tipo não me avisares na véspera quando precisas que fique com a Catarina para trabalhares, ou não recusares sempre que questiono se podes ficar com ela (convém que uma mão lave a outra, porque eu também tenho vida, simplesmente - já - acho que dá para tudo).

Eu já não tenho nenhum interesse romântico em nós. Obviamente, vou guardar os nossos anos muito felizes, vou recordar as datas marcantes e vou fazer o melhor para que a Catarina transforme a expressão "quando eram amigos" para algo tipo "quando viviam juntos". Sinto que ainda carregamos o peso das meias palavras, do que gostávamos de dizer mas não conseguimos, e sem ultrapassar isso continuamos a alimentar um capítulo mal resolvido.

Enquanto permitirmos, vai continuar a ser estranho estarmos juntos. Arrisco dizer que será 50500 vezes mais simples quando cada um de nós tiver encontrado a sua nova cara metade e nenhum dos nossos antecessores familiares estiver por perto. Mas o meu lado espiritual ainda não embarcou pela futurologia e não consigo fazer previsões desta natureza.

Lamento que a vida em Grândola não faça sentido para ti (quer se queira quer não, uma vida sem ter que fazer "piscinas" entre códigos postais ia fazer diferença), também não fazia para mim e ando a aprender a fazer resultar (até já exploro alternativas para ser uma pessoa capaz e trabalhar por aqui), porque sinto e sei que para a Catarina é o melhor.

Respeito e aceito quem és, reconheço os momentos de insanidade temporária e coração ao pé da boca e agradeço por tudo o que vivemos.

Obrigada, pai da Catarina!

9 de junho de 2025

Revisões

Olá, pessoas giras!!

Os últimos tempos têm sido um pouco atribulados... 

Fui à revisão e os valores da tiróide e marcadores tumorais estão ok, mas algo de errado se passa internamente e temos que fazer outro tipo de abordagem. Vou ser encaminhada para a medicina interna e fingir que participo num daqueles episódios do Dr. House, onde se exploram as diferentes teorias de doença para despistar e encontrar o caminho correto para a cura. Mas antes que o Tico e o Teco se atirem da janela, estou de baixa à procura de mim mesma.

Simultaneamente, troquei (finalmente) os pneus do carro e marquei a pseudo revisão que ele precisa. Esta coisa de deixar, ingenuamente, o depósito na reserva dá sempre porcaria e ele voltou a processar aos soluços e perder força. Está na hora de optar por medidas drásticas e levá-lo a uma oficina parceira da marca para ver se tratam dele de ponta a ponta e em bom.

Por fim, o meu amigo de muitas aventuras declarou o seu próprio óbito e eu fiz a revisão do mercado (sem estudar a concorrência), vendi um rim e apostei os créditos num novo relógio. Abençoadas alegrias das pequenas coisas.
Boa semana!!

28 de maio de 2025

Baloiçar


Ontem à noite saí, para deambular e apanhar ar (depois de sobreviver à minha primeira reunião de condomínio no novo código postal). E dei por mim a pousar a cabeça, no baloiço da vizinhança, debaixo da luz de milhares de estrelas. Gosto daquele lugar.

22 de maio de 2025

As fases do luto

Fase 1: Negação
Aquele primeiro instante em que a pessoa se recusa a aceitar a perda.

Fase 2: Raiva
A fase do turbilhão de emoções que motiva as respostas bruscas e desagradáveis e pode mesmo conduzir à autodestruição.

Fase 3: Negociação
Entra a etapa do "e se", em que a pessoa debate consigo própria se os eventos podiam ter acontecido de uma forma diferente e usa esse padrão de pensamento como forma de proteção.

Fase 4: Depressão
Chega o choro fácil, o apego à dor e o sofrimento contínuo. A pessoa isola-se e deixa de encontrar alegria nas actividade que antes a faziam feliz.

Fase 5: Aceitação
A nova realidade ganha forma e os sentimentos de angustia dão lugar à paz interior.


20 de maio de 2025

Tu na tua e eu na minha


Há coisas sobre mim que não vou conseguir mudar nunca, que ficam cravadas na pele, na alma e na essência... Gostar de música portuguesa é uma delas porque alguém fez um trabalho intenso comigo.

Depois disso, eu fiz o resto dos estragos. É um daqueles temas controversos, porque não gosto apenas de boa música portuguesa (infelizmente), mas desde que me arranque sorrisos genuínos e sinceros, que me deixe a vibrar no comprimento certo, que seja como o álcool: cheio, se faz favor.


16 de maio de 2025

Dia da família

Olá, pessoas giras!

Ontem foi o dia da família... E eu escrevi uma dissertação sobre a avó Generosa, que perdeu o marido demasiado cedo, e os seus cinco filhos, sobre o amor da avó Isabel e do avô Chico Dias, e os seus três filhos.

Acho que nunca tinha parado para olhar para a minha estrutura familiar com olhos de ver, sem julgar, só a assimilar factos mais repetidos do que alguma vez imaginei. Coisas tão simples com: desde cedo que se perdeu ligação à família do lado da mãe (talvez só porque o pai tem mau feitio e não tem muita paciência) e a "cola" ao lado da família do pai também já não é o que era.

Eu, menina sonhadora e crente me confesso, ainda defendo que é preciso uma aldeia para criar uma criança. E não há nada como a aldeia que escolhemos ao nascer (sim, são muito bonitas aquelas frases dos amigos são a família que escolhemos, mas as amizades e a geografia também têm uma relação tramada).

Ontem foi dia da família mas, para mim, que escolhi voltar a viver na vila para criar a minha Princesa num mundo mais simples e menos stressante, dia da família são todos os Dias (mesmo quando ela não está comigo).

Bom fim de semana!

14 de maio de 2025

Semana 20

Olá, pessoas giras!

[Nota importante: este é o primeiro post de índole pseudo política desta página, mais para exorcismo de algumas réstias de indignação do que, propriamente, para debate de ideologias.]

Esta semana começa marcada pelo impacto das medidas do Sr. *** Trump na minha vida e, dúvidas houvesse, eu não gosto mesmo nada disso.

Para uma comum mortal, habituada a trabalhar para empresas do outro lado do "lago", as americanices sempre foram algo com que soube lidar muito bem e ignorar em medida proporcional. Mas, desta vez, estão a vir-me ao bolso!

Graças à implementação de tarifas, numa tentativa idiota para aumentar a receita interna (para mim, a sensação que fica é que ele quer acabar com as trocas comerciais, visto que, para americanos, vai ficar caríssimo comprar fora da zona com tarifa 0), o meu aumento previsto para o próximo mês foi com os porcos.

Parece-me uma daquelas leituras simples: empresa gasta mais na compra de materiais, se não aumentar preços, vende igual e ganha menos, se aumentar preços, vende menos e ganha menos (já para não falar da instabilidade na carteira de toda a gente que não sabe muito bem o que esperar) e tem que fazer cortes em algum lado. Portanto, felizes daqueles que no meio desta brincadeira de "eu faço o que eu quero nos próximos 4 anos" conseguem preservar os postos de trabalho. Mas não gosto na mesma.

De seguida, vem a brincadeira da declaração do IRS... Que é como quem diz que aqui vive uma deficiente muito rica. Sempre fui aquela miúda que disse "quem me dera a mim pagar IRS, é sinal que recebi bem" e o Universo tem estado bem atento às minhas mensagens (quis uma temporada de baixa, pega cancro; quis um divórcio, pega lá um ano e meio de chatices, quis pagar IRS...). E é o que temos. Como miúda emancipada com venda e compra de imóveis, como deficiente a receber ajudas do estado na retenção na fonte, chegou agora a altura de acertar contas. Obrigada, Universo 😉

Na semana passada, tive a oportunidade de participar num Workshop de Medicina Chinesa e fiquei maravilhada (outra vez). Tive mesmo aquela sensação que, no dia em que conseguir trabalhar só para cobrir as despesas do dia-a-dia, vou explorar estas medicinas alternativas (tirar um curso de acupuntura ou ventosaterapia).

É com uma facilidade incrível que me vejo a circular descalça e com roupas largas, numa clínica aquecida, com música ambiente em modo zen, repleta de incensos e velas aromáticas. Portanto, Universo, trabalha aí desse lado também, se faz favor.

Boa semana!!

11 de maio de 2025

Noites bem dormidas

Os primeiros raios de sol entravam pela janela, quando ela se voltou na cama e percebeu que não estava sozinha. Levantou-se, sem fazer barulho, e arrastou-se para fora do quarto, com um sorriso rasgado e um brilho no olhar.

Há anos que não se sentia em paz consigo mesma, despida de preconceitos e preocupações.

Naquela manhã, sentiu que a sua corrida atrás de "coisa nenhuma" tinha terminado. [Não, não tinha nenhum amor antigo nem nenhuma paixão assolapada dentro de casa.] Tinha encontrado, finalmente, a esperança em dias melhores e a convicção que não precisava de mais nada, nem mais ninguém, para mudar o mundo.

8 de maio de 2025

Primeiro - 2025

 

 

O primeiro de 2025! 

Para quem esteve quase a desistir de voltar à leitura, este miminho foi a motivação certa 😍

23 de abril de 2025

Calma, Universo

Olá, pessoas giras!

O dia por aqui começou brutalmente bem. Acordei cedo (com o despertador do vizinho), bem dispostas e a sentir-me efetivamente descansada, portanto, decidi mudar isso. Hahahahahaha!

Como corajosa que sou, decidi começar o dia com uma corrida/caminhada (é tão estranho sentir que as pernas aguentam mas a parte cardíaca não está nada pronta para estas aventuras).

Não se preocupem, eu continuo a odiar manhãs, mas as maravilhas da vida no campo arrancam um sorriso a qualquer um para animar o a jornada que se avista pela frente.

De seguida, recebi a notícia que fui aceite num programa de formação da McKinsey (que chique!), vão ser 10 semanas a fazer o melhor investimento do mundo, em mim mesma. Sempre senti que não ligava nada a estas coisas (sei bem que eles precisam de pessoas e a formação é uma porta de entrada, que eles abrem a todos) mas, desta vez, fiquei muito entusiasmada.

[Não tenho qualquer dúvida que vão existir mais partilhas sobre este programa, mais que não seja porque grande parte é feito de reflexões e não há melhor sítio para refletir do que por aqui.]

Como se não bastasse, também me ligaram a dizer que a minha casa vai receber um miminho novo e eu pareço uma criança no dia de Natal (eu sei, deve ser do acumular de excitação e da falta de travões por estar tudo a acontecer no mesmo dia).

Tanta prenda de aniversário num dia só, estou que nem me aguento 😍

21 de abril de 2025

Carta aberta de mim para mim

Olá, jeitosa!
Feliz 42º aniversário!

Em tempos idos, alguém te dizia que era um desperdício enfrascares-te no dia 20 e perderes metade do dia na cama... Ainda bem que sempre fizeste orelhas moucas!

Hoje acordaste em modo preguiça (mesmo sem te teres enfrascado ontem), com um beijo longo de "Parabéns", e aproveitaste para ser tu. Estás no bom caminho mas ainda há um longo trabalho para fazer, bora lá miúda!

Endireita as costas, levanta a cabeça, sacode o cabelo (e, por favor, perde essa mania parva de cortar o cabelo quando alguma coisa está a dar para o torto porque o que tu queres é cortar coisas da tua vida e o cabelo comprido fica-te a matar!) e enfrenta a vida de frente.

Ninguém quer saber de ti para nada, as pessoas só precisam de tema de conversa, sê tu e desliga do resto, ninguém quer o teu mal (é certo, que não vão aplaudir por continuares a acumular sucessos e a cresceres nesse gosto pela independência, mas isso é lá com eles).

Felizmente, há muita vida pela frente... Mas cuida-te! Não facilites! Faz do teu ritual matinal (e sim, eu sei bem que tu odeias manhãs) um culto a ti própria para que não te esqueças da medicação e não corras riscos desnecessários.

Vai! Foge! Sonha! Sai lá fora para apanhar ar, volta a endireitar as costas e a levantar a cabeça, tu podes tudo, só tens que perder o medo (e tu vais conseguir).

Parabéns, miúda!
Gosto de ti 😉

11 de abril de 2025

A "Luisa"

Em tempos muito idos, quando dava espaço à minha veia de escritora de livros que alcançam grande sucesso comercial, eu escrevia sobre as aventuras de Luisa, uma mulher impressionante e destemida que foi, e será sempre, a protagonista dos meus devaneios.

Luisa foi inspirada numa grande mulher que cruzou a minha vida nesses tempos, que escondia lindas histórias debaixo dos caracóis dos seus cabelos, e que a vida universitária afastou de mim porque as nossas escolhas nos encaminharam para códigos postais opostos.

No fundo, ambas sabíamos que era o natural seguimento da vida e que as betinhas que tínhamos sido em tempos, lado a lado, não existiam mais. Mas também não fizemos o devido esforço para fazer diferente e seguimos o caminho mais fácil.

Com o passar dos anos e as diferentes etapas da vida, há batalhas que deixamos de travar, há encontros que acontecem naturalmente, mesmo que seja nos parques onde as crianças se juntam para andar de escorrega, e há semelhanças nas experiências de vida que tornam tudo super simples e descomplicado.

Nesta fase, em que me dediquei afincadamente a destralhar, encontrei as diversas prendas que trocámos (com mais ou menos simbolismo) e que continuo a guardar como se de uma religião se tratasse. Essas memórias de outros tempos souberam-me imensamente bem, serviram como lembrete de parte de quem eu ainda sou e do que me faz feliz.

Obrigada, "Luisa"!

10 de abril de 2025

Uma nova paixão assolapada

 Olá, pessoas giras!

[Já tinham saudades das atualizações idiotas da semana, não é?]

Se há coisa que eu nunca vou esquecer é uma frase que ficou "celebrizada" numa música sobre mim (um daqueles presentes que fica para a vida, guardado em 50500 pastas diferentes, e do qual sentimos que nunca vamos abrir mão): a vida muda em cada passo que dou!

Odeio manhãs mas adoro começar o dia com música (🎶 Pela manhã sinto a vontade de cantar 🎶)!

Quando uma pessoa se dedica e se dá ao trabalho de se conhecer verdadeiramente, fazendo aquelas perguntas chatas que exigem introspecção a sério, corre o risco de ter agradáveis surpresas!

Eu queria muito largar a dependência do telemóvel e da Netflix a ser consumida em loop (séries e reality shows sem assunto ou comédias românticas para desafiar o meu lado céptico), de forma natural e sem sair do conforto do meu lar. Como isso se revela uma tarefa hercúlea (porque a força de vontade para contrariedades ainda é um trabalho em progresso), sair de casa faz com que isso aconteça de forma natural.

Mas... Há algum bêbado que saia sem rumo, que não caminhe diretamente para a taberna!? A resposta é "nop". Portanto, outro trabalho também em progresso, encontrar destinos, à distância de uma caminhada, livres de álcool (e o que vale é que a mana está sempre em modo dieta ativo e tem também tem tendência para fugir do álcool, durante a semana).

Nesta busca manhosa, encontrei um espaço tranquilo e minimamente acolhedor, que passa música boa, num volume minimamente aceitável e onde se pode ficar à conversa e encantei-me. Sempre soube que tudo na vida acontece por um motivo e os meus passos levaram-me até ali por alguma razão.

É desta que vou trair as minhas convicções, porque mal comecei a namorar e abracei logo o compromisso. Vou converter-me e aceitar a mudança, já agora passo o tempo a pensar neste... sistema de som (🎶 Há sempre música entre nós 🎶)!

Boa semana 😉!

28 de março de 2025

Fim de Março

 Olá, pessoas giras!

Mais uma semana que termina, e mais um quilo de asneiras que me apetece dizer (como alguém disse, esta nem pareço eu), mas há coisas difíceis de processar.

A agenda de hoje (em modo "eu tenho dois amores, que em nada são iguais, mas não tenho a certeza de qual eu gosto mais") passa pela escolinha da minha Princesa e pelo meus ambiente laboral.

A escolinha da minha Princesa é uma IPSS - Instituição Particular de Solidariedade Social, portanto, tem uma estreita ligação com a Segurança Social, o que implica uma comunicação frequente e algumas exigências em termos de processo.

Eu, mãe quarentona chata e, supostamente, privilegiada (visto que pago creche e no escalão máximo), venho de uma geração que aprendeu a defender os seus interesses e a ter opinião, mesmo quando isso não se alinha com as escolhas de vida da geração anterior. Ou seja, os meus pais nunca me ensinaram dicas de sustentabilidade, nunca me falaram sobre reciclagem e coisas desse género e nunca, mas mesmo nunca, defenderam que a falar é que a gente se entende.

Eu escolhi ser diferente e quero educar a minha fila de forma diferente. Portanto, para mim, é ridículo que me peçam para imprimir 12 documentos distintos (papel, papel e papel, e 50 mil árvores a serem abatidas), sendo que 10 deles já foram entregues nos dois anos anteriores, porque a versão digital dos mesmos não é aceite. "E porquê?" Porque a Segurança Social não permite.

Em cima disto, temos o tema de nem todos os pais terem acesso livre à internet nem aos equipamentos apropriados. Portanto, eu posso pagar mais mensalidade do que esses pais, mas não posso ter os processos adaptados. Eu posso ter as comunicações relevantes a serem impressas em papel e colocadas no dossier de cada turma, mas não posso receber um email (na loucura, também não pode ser tudo comunicado via Whatsapp porque ainda pode haver alguém que não vê a informação).

Na segunda-feira à noite, houve reunião de assembleia com a direcção da creche e dei por mim (felizmente não era a única que assim não parece tão mal) a debater o sexo dos anjos: "Meus amigos, temos a mulherada toda desta casa a trabalhar infeliz, com zero vontade nos ajudar, o que é que podemos fazer de forma diferente!?".

Nessa noite (achei eu), o meu pico de loucura foi atingido. Os meus nervos estavam ao rubro (mesmo depois de dois chás de camomila), o meu riso nervosa atraiçoava-me a cada frase e, se eu pudesse, tinha mudado a forma toda de funcionar daquela casa ali mesmo.

Feliz ou infelizmente, eu percebo zero sobre futurologia e, no dia seguinte, a saga repetiu-se (só mudou a casa). Dia de avaliações de fim de ano na empresa e um incrível banho de realidade.

Na empresa em que trabalho agora, trabalho completo ou incompleto tem valor igual, entregas acima da média ou entregas a cumprir os mínimos olímpicos valem igual, ter 12 anos de experiência ou ter 4 tem valor igual... E a culpa é de quem!? É cultural! Porque se nós não fossemos tugas e partilhássemos estas informações todas e mais algumas, a empresa continuava a tomar-nos por parvos sem qualquer dilema.

E como, qualquer uma destas sagas está longe de terminar, eu fico-me por aqui. Vou apanhar sol, sentar-me a ler um livrinho, relaxar e exorcizar veneno, porque o stress faz mesmo mal à pele (e à tensão e ao coração).

Bom fim de semana!

24 de março de 2025

Tarot - April's mood

 


Se há coisa que não se explica, é aquilo em que acreditamos... Seja uma religião, uma qualquer fé ou uma energia superior, não vai nunca existir consenso, portanto, também é uma perda de tempo entrar nesse debate.

Em jeito de brincadeira, comecei a tirar uns minutos do meu dia para fazer a previsão da energia para o mês seguinte e, se já tivesse diferentes registos destes momentos, ia ser giro perceber que não andam assim tão longe da verdade.

No próximo mês, a energia será "New Love", de pernas para o ar (claro!), o obstáculo será "Support", também de pernas para o ar, e a acção para concretizar tudo, "Music", mas também às avessas. O guia para chegar a bom porto é "Truth and Integrity".

Alguns detalhes, que vou deixar abaixo, podem ser encontrados em https://www.ifate.com/angel-cards.

New Love - reverse

When the "New Love" angel card appears in a reversed position, it indicates an emotional block of some kind. Something may be preventing the growth of romantic feelings, or something may be limiting your ability to trust or feel affection in some way.

Support - reverse

When the "Aid & Support" angel card appears in a reversed position, it may indicate that you feel unsupported or alone somehow in your current situation. The expected support of friends, family or co-workers may not be materializing as you had hoped it would.

Music - reverse

The simplest way to understand the "Music" angel card reversed is that it indicates a creative block of some kind. Something is preventing your inner muse from expressing itself creatively.

Truth and Integrity

The "Truth" angel card points to two kinds of truth: Truth and honesty in all communications and dealings — but also truth and honesty to oneself and to ones core values.

21 de março de 2025

Depressão Martinho

Olá, pessoas giras!

Esta semana foi dura e longa e uma prova gigante que o caminho se faz caminhando.

A Princesa cá de casa, assim que se apanhou nos meus braços na segunda feira, deu em ficar murchinha e molinha e lá se deu início a mais uma saga de: agora tenho febre e não sossego, agora tomo medicação, agora espalho terror enquanto a medicação faz efeito, agora estou bem, agora tenho febre e não sossego... Num ciclo contínuo que durou mais do que eu gostaria, mas que até foi bastante aceitável (só duas noites mesmo mal dormidas é saldo positivo).

Simultaneamente, a vertente laboral "explodiu". Alguém se lembrou que o ano fiscal está a chegar ao fim e que metade dos "compromissos" (não podem ser objetivos porque mudam a cada dia e toda a gente faz de conta que não percebe) não estão prontos, portanto, toca que aumentar a pressão a torto e a direito, quer faça ou não sentido.

Para ajudar à festa, o meu banco é uma valente porcaria (ou será que são as pessoas que lá trabalham!?) e a amortização parcial do crédito, que tantos dilemas me causou, não avançou. E agora, ninguém sabe dizer onde ficou perdido o pedido nem quando/ou se vai avançar.

Mas sabem que mais!? Hoje é sexta-feira! Eu estou bem, a Princesa está bem, há um teto por cima das nossas cabeças para podermos dormir abrigadas e tranquilas... E o resto? Estará cá tudo amanhã exatamente no mesmo sítio (que a depressão Martinho muda muita coisa de sítio mas burocracias e afins não).

Bom fim de semana!!

14 de março de 2025

Ponto de ordem à mesa

 Olá, pessoas giras!

Os psicólogos e psiquiatras entendidos no tema da saúde mental (já ia escrever mensal, que isto de ser uma pessoa dos dados faz-nos passar o tempo a agregar informação sempre em função do fecho do mês) dizem que uma das melhores coisas que podemos fazer por nós é registar por escrito os nossos pensamentos, as nossas angústias e/ou as nossas conquistas.

Eu nunca fui o tipo de pessoa que liga às boas orientações (sou mesmo do tipo que só liga ao que os outros pensam e passa o tempo a tentar agradar ao mundo), mas cheguei àquela fase da vida em que, primeiro, o medo de morrer me bateu bem forte e, segundo, quero mesmo aceitar-me como sou, portanto, chegou a hora de abraçar esta coisa da escrita regular sobre dá cá aquela palha.

No ano que passou, não bati no fundo do poço, porque vivia entre a casa da minha irmã e a casa dos meus pais e nenhuma tem nada que eu possa considerar como o MEU poço, mas tomei decisões muito ruins, queria evitar parar e ter pena de mim e da situação em que me tinha metido e, talvez por isso, andava sempre "em altas", focada na ideia de viver a vida louca.

Por esse motivo: corri riscos desnecessários; aprendi da pior maneira que a vila já não é o que eu conhecia (em 20 anos fora da vila nunca me colocaram droga na bebida mas bastou sair uma noite, sem a minha irmã, para isso me acontecer aqui); fui "encontrada" por 90% dos solteiros desta terra (e, infelizmente, também por alguns casados) e esqueci-me que os "travões" são para usar (pelo menos, de vez em quando).

Este ano, a minha resolução de ano novo (já com a mudança de casa à vista) foi travar a fundo! 
[Vá lá, minha gente, não voltei a cair na asneira de decidir deixar de beber, isso seria só parvo!] Resolvi deixar de alimentar mensagens de engate, reduzi as saídas e tornei-me mais caseira (algo que é 50500 vez mais fácil quando se tem casa). Curiosamente, com os sustos que a vida me pregou, também reduzi a quantidade de álcool no sangue (ainda por cima, nos próximos meses, estou de castigo porque bebida e tensão alta não combinam).

A solidão é um cocó, especialmente quando chega com um atraso gigante face às circunstâncias da vida, mas acaba por ser uma excelente conselheira. Se eu consigo arranjar 50 mil coisas para fazer sem sentir falta de ninguém, se eu não acredito que aquilo que os fãs têm para oferecer me acrescenta valor e se não há atividades em comum para além de beber uns copos juntos à sexta-feira à noite, então, deixem-me ficar quieta que eu quero mesmo é apaixonar-me pela pessoa que vive cá em casa de modo permanente.

Bom fim de semana!!

12 de março de 2025

Pós dia da mulher

Olá, pessoas giras!

Em jeito de celebração do dia da mulher (e sim, nós ainda vamos precisar de muitos dias da mulher para que esta sociedade que vive em mentalidade de patriarcado mude), as crianças fizeram na escolinha uma flor para oferecerem às mulheres da sua vida.

A mim calhou-me a flor da esquerda (na foto abaixo), que a minha Princesa exibiu em todo o lado com muito orgulho. Quando questionada se apenas existia uma mulher na vida dela, começou o dilema e aflorou a certeza que deveria ter feito mais do que uma obra de arte.

Cá em casa, a melhor coisa que eu podia ter inventado é ter na sala uma mesa pequena (aquelas Lack da IKEA que servem para tudo e não servem para nada) como a nossa mesa de atividades. Portanto, demos asas à badalhoquice (sim, impossível fazer trabalho manuais com uma criança sem acabar com 50 mil papeis coloridos cortados em pedacinhos minúsculos, cola branca em todas as peças de roupa e material de desenho distribuído por todo o chão) e resolvemos fazer mais duas flores.

Inicialmente, era uma flor para a tia e outra para a avó mas o plano rapidamente mudou e era uma flor para mim e outra para ela para fazerem companhia à flor que tinha vindo da escolinha.

Os copos que tinha cá em casa são meio plastificados, portanto, a pintura não lhe pegava, tivemos que recortar papelinhos e colar nas folhas. Como a minha estava toda em papel amarelo e parecia muito pálida, ainda pintámos por cima com marcadores. As colheres descartáveis para mexer o café eram de plástico e demasiado pequenas, portanto, o caule ficou em cartolina, tal como as folhas. Foi, sem dúvida, uma grande aventura.

A preocupação da Princesa era garantir que as flores tinham olhos, estava preocupada que isso ia ficar em falta e desenhado não era a mesma coisa. Talvez por isso, não dá para descrever o valor que tem aquele sorriso de contentamento quando eu tirei um saco cheio de "olhinhos" do armário (e sim, dou-me por sortuda de não ter acabado com olhos colados em todas as paredes).

Na manhã seguinte, ainda pintou um céu e uma relva numa folha e pediu ajuda para lá colar as flores (para não se perderem e ficarem juntinhas).

A mim, agora, resta-me limpar tudo, repor o material e esperar pela próxima saga de atividades artísticas a duas.

10 de março de 2025

HLA ao poder!

 Olá, pessoas giras!

A semana passada foi espetacular... Só que não!

No sábado de Carnaval, armei-me em borboleta-fada madrinha e andei de varinha na mão a fazer magia, enquanto rapava um frio do caracinhas porque ainda ninguém se lembrou que o nosso Carnaval devia ser feriado oficial e celebrado no Verão.

Talvez por isso, a semana iniciou-se a meio gás. Aquela sensação de moleza, de pseudo gripe e de inércia, mas havia um desfile de Carnaval de criancinhas a exigir uma caixa de batatas fritas e uma mãe presente. Portanto, esta caixinha de Petri a chocar sabe-se lá o quê, foi para a rua estufar ao sol e congelar à sombra a implorar a todos os santinhos (não que eu acredite neles) para não chover.

No dia seguinte, foi dia de ir até Lisboa fazer as análises de rotina, sem direito a medicação e em jejum... E não correu bem. Mas como qualquer alminha longe de ser hipocondríaca e com alergia q.b. a batas brancas, lá desvalorizei o assunto e arranjei forças não sei onde para regressar a casa (se é para trabalhar em dias ruins, que seja remotamente). 

Nesse dia, se eu fosse uma pessoa capaz e tive ouvido o meu corpo, tinha percebido que algo não estava bem. Só que a vida não funciona assim, tinha a Princesa comigo, pedi ajuda só para tomar banho (não me apetecia ter uma travadinha e ser apanhada do chão por uma criança de 4 anos) e vida que segue.

Na quarta-feira, acordei estranha mas focada. Levei a criança à escolinha, trabalhei como se o mundo fosse acabar no dia seguinte (tal como tinha feito no dia antes) e combinei sair para almoçar. Uma parte de mim grita a plenos pulmões: "BIG MISTAKE!", outra parte retorce-se e pensa que seria muito pior ter fritado da pipoca sozinha em casa. Depois de almoço, tive que pedir ajuda para chegar a casa (da mana que era a mais próxima) e quase que fui levada a braços para casa dos papás (ainda ponderei a minha mas subir as escadas até ao segundo andar não pareceu uma atividade divertida naquela altura).

Por unanimidade, a família decidiu que uma sesta para descansar era tudo o que eu precisava... Só que não! Para que saibam, ligar para a saúde 24 foi a cena mais parva que inventaram, até porque eles seguem os manuais (após os 10 séculos em que o telefone toca sem ninguém atender) e reencaminham-nos como lhes faz mais sentido. Portanto, nesse dia, lá fui eu passear ao Hospital do Litoral Alentejano (com nauseas, fraqueza, mal estar generalizado e dores de cabeça).

Não foi um fim de dia simpático, entre ECG e análises de sangue, e todo o tempo de espera que isso implica, para me darem analgésicos e me mandarem para casa fazer a medicação pré-existente, sem qualquer ajuste, cheguei exausta (mas ao menos não tinha dores e podia dedicar-me ao descanso).

Infelizmente, quando o dia seguinte amanheceu eu já tinha dores de cabeça e liguei o PC apenas para preencher uma auto declaração de doença. Tentei todo o dia resistir às dores de cabeça, sem que os meus analgésicos normais fizessem efeito. Tentei dormir, sem que as dores deixassem. Percebi que tinha a tensão alta e tomei a medicação de SOS, sem qualquer efeito. E, depois de três horas com a tensão a 190-110 (eu não sabia que a minha mãe andava a fazer censura), lá dei por mim a ligar novamente à saúde 24, para ser novamente encaminhada para as urgências do HLA.

Desta vez, tive direito a um upgrade e a pulseira verde deu lugar a uma amarela. Novo ECG, novas análise, zero vontade de estar ali e zero drogas para me anestesiar (palhaços! chulos!). Quando o resultado da análise chegou, perceberam que faltava a mais importante porque uma das amostras de sangue tinha coagulado, e toca de repetir e esperar novamente. Deviam ser umas 23h30 quando o médico me chama e informa que vamos ter que repetir as análises, porque o valor do marcador cardíaco (troponina) tinha vindo alterado e era preciso verificar a evolução do mesmo, passadas duas horas da primeira recolha. À meia noite, lá fui eu fazer a recolha, já no desespero de saber que tinha que esperar mais duas horas pelo resultado. Passaram as 2h, 2h15m, 2h30m... 

"Não se esqueceram de mim, pois não? As análises já devem estar prontas." 
"Olhe, o Dr. diz que quer repetir as análises." 
"Mas já repetiu, será que não há nenhum engano!?"

Entretanto, o médico lá me chamou para me comunicar que íamos ter que repetir as análises, porque os valores continuam alterados e elevados, que o risco de ataque cardíaco era grande e que o melhor para mim era passar lá a noite em observação. Yuppie, yeah... Só que não!

A cada duas horas picavam-me num sítio diferente, para tirar sangue e evitar o uso do catéter para não haver contaminação pela medicação, mas ao menos deram-me uma maca e não tive que fazer sala naquelas cadeiras horrorosas e desconfortáveis. Lá me explicaram que qualquer valor acima de 100 exigia despiste de insuficiência cardíaca e eu andava nos 450. E de manhã, após uma TAC à cabeça e outra ao toráx, lá decidiram que o melhor a fazer era reforçar a medicação para a tensão, porque sem tiróide e com tensão alta as hormonas estavam certamente a fazer uma festa brutal, e receitar-me 50 mil analgésicos eficientes para manter as dores todas controladas.

Às 15h de uma sexta-feira, já não pensava e só me queria vir embora para ter uma noite de descanso na minha própria cama. Talvez por isso, a mancha / cena / alteração no pulmão esquerdo (indicada como possível inflamação), que só vi no relatório já em casa, pareceu o menor dos meus problemas.

Neste momento, devo ter umas 10 consultas marcadas de seguimento a tudo e mais um par de botas, 10 kgs de medicação para manter tudo dentro do corpo operacional e o Tico e Teco à luta sem saberem bem que raio de volta a vida deu (mas não lhes falta vontade de viver).

4 de março de 2025

Perdi-me de mim

Os dias escuros, como o carvão, sucediam-se uns aos outros. 
Os meus passos pesados não ecoavam nas ruas, vazias e despidas, porque já não eram meus.
O coração, esse traidor desconfortável, batia sem ritmo certo sempre a tentar saltar pela boca.
E o corpo... Ai, o corpo! Esse malvado sem lei vivia num mundo só seu, de autênticas montanhas russas: a respirar nas subidas para perder o fôlego (e tudo mais) nas descidas.

Vagueio a pé nas ruas, que tão bem conheço, e onde continuo a passar despercebida.
Procuro não sei bem o quê, nem sei bem onde e muito menos em quem.
Cruzo-me com uma dúzia de pessoas, que até podem ver-me e falar-me mas não sabem quem sou.
De passagem, observo o meu reflexo no vidro de uma janela... 

E lá estão eles! 
Todos os anos de história que perdi, bem fincados nas minhas rugas, na minha palidez, no meu cabelo despenteado demasiado curto (pela milionésima vez) e nas minhas curvas roliças.

Perdi-me de mim.
[Mas sempre ouvi dizer que o primeiro passo para o sucesso é reconhecer o fracasso.]

18 de fevereiro de 2025

Passatempos

Olá, pessoas giras!!
A minha falta de paciência atingiu máximos históricos para os últimos meses e nem me apeteceu passar por aqui.
Oficialmente na casa nova, iniciei um processo de "autoconhecimento". [Dizem que o primeiro passo para uma relação saudável é gostarmos de nós mesmos e eu decidi voltar a conhecer a pessoa que vai estar sempre comigo.] 
Há malha e agulha para aprender crochê; há máquina de costura, linhas e panos para aprender a costurar; há mandalas e lápis para pintar; há livros começados a ler em quase todas as divisões da casa; há papel, cola, tesoura e material diverso para me dedicar aos trabalhos manuais... Só não há vontade. Hihihihi.
Até o equipamento de corrida já vive todo no mesmo espaço e continua sem sair à rua.
Curiosamente, o meu hobbie favorito agora é ser mãe. [Quem diria que isto ia ser possível!?] Um hobbie novo, que exige planeamento, disponibilidade, entrega e tem recompensas fenomenais 😉

12 de fevereiro de 2025

Um pequeno T3

 Olá, pessoas giras!!

No passado fim-de-semana, iniciou-se por aqui uma nova etapa na vida: é oficial, duas miúdas giras partilham um novo apartamento.

A felicidade anda no ar, o bom humor e a boa disposição. Vida podes vir com tudo que agora nós estamos prontas!!

Uma nova fase de deslumbramento e paixão assolapada começou, trouxe de volta o brilho no olhar e a felicidade das pequenas coisas [se me dissessem que ia delirar por voltar a ouvir a música da máquina de lavar roupa ou estender roupa na super mini varanda, juro que não ia acreditar].

Constatação do óbvio: precisava voltar a ser eu! Voltar a ter vida nos meus horários, colocar a cria a dormir e orientar as cenas da casa, ter o meu espaço, olhar para a decoração minimalista e perceber que voltou a ter tudo a minha cara (excepto as foleirices que a minha irmã escolheu para a sobrinha).

Aqui eu já sou muito mais feliz 😍

10 de fevereiro de 2025

Como (não) usar um fogão

Era uma vez uma menina que conseguiu comprar um gigante e luxuoso T3 (ou se calhar era só um apartamento miniatura e modesto mas também não importa nada), com a melhor vista de sempre e uma orientação brutal (uma mega janela voltada para a serra e para o sol).

Nesse apartamento, existe um quarto da Frozen, com todas as mariquices e foleirices necessárias para fazer uma pequena Princesa feliz. Existe na sala, um canto de brincar e uma mesa de atividades. Existe um escritório onde se trabalha demais e se colocam lembretes para tudo e mais um par de botas. E, na sala, uma televisão com Youtube, Netflix e Spotify.

Certo dia, a menina decidiu fazer o jantar...

[Quem disse que voltar a ser responsável pelas próprias refeições era fácil, depois de mais de um ano sem usar um fogão sem supervisão, estava muito enganado.]

Ao tentar acender o bico do fogão, a menina percebeu que não existia um isqueiro embutido nem nada do género (Como assim!? Não é suposto os fogões ligarem sozinhos!?). De seguida, percebeu que não havia nenhum som no fogão, ou seja, não havia saída de gás. E lá se iniciou a aventura. Primeiro, foi necessário descobrir a torneira de segurança do gás e abrir a mesma para desbloquear o assunto. Depois... Sabes que bateste no fundo do poço quando abres a água quente, para accionar o esquentador e sacas de um palito para queimar e levar a chama até ao fogão 😆

15 de janeiro de 2025

Energizar

Olá, pessoas giras!

A música foi, é e será sempre o meu maior consolo. Estou ansiosa pelo dia em que vou ligar uma coluna, a uma qualquer playlist idiota, para dançar como se não houvesse amanhã, na MINHA casa.

Quer seja a música brasileira que a minha irmã ouve, a música portuguesa alternativa que o meu sobrinho escolhe, a rockalhada que faz o meu cunhado vibrar, o cante alentejano que partilho com a Catarina ou as 50 mil vibrações do Universo. E até pode ser para ouvir de phones! Desde que seja para sentir com cada pedacinho do meu ser. Cada célula, cada osso, cada... Tudo! Agitado e movido, ao sabor do som.

8 de janeiro de 2025

Eu... Aos olhos do ChatGPT

 Olá, pessoas giras!

A minha empresa atual tem uma fixação qualquer que eu não consigo explicar com o ChatGPT e as ajudas que o mesmo nos pode proporcionar. Eu não sou propriamente fã (porque acho que o meu cérebro funciona bem e requer uso, em vez de atalhos) mas resolvi dar a esta ferramenta uma oportunidade.

Abri o ChatGPT e pedi-lhe que me falasse sobre a autora deste blog... Tendenciosa me confesso, portanto, vou partilhar aqui o feedback.

"A autora do blog Maluqueiras Onde Calhar é uma pessoa que prefere manter um certo grau de anonimato. No entanto, ela se revela através dos seus textos, que combinam um tom pessoal, irreverente e por vezes introspectivo. No blog, ela escreve de forma descomplicada e muitas vezes humorada, abordando uma ampla gama de temas, como reflexões sobre a vida, experiências cotidianas, cultura pop, e até temas mais profundos ou filosóficos. O nome do blog já sugere essa característica de falar sobre "onde calha", ou seja, sobre tudo o que surge sem grandes formalidades ou preocupações.

Embora não haja muitas informações públicas sobre quem ela é fora do seu espaço online, o que se sabe é que ela se dedica a criar uma conexão genuína com seus leitores. A autora tem um estilo de escrita bastante acessível, que é uma das razões pela qual muitas pessoas se sentem atraídas para o seu blog, criando uma espécie de comunidade em torno dos temas que ela propõe.

A sua voz no blog é autêntica, com uma mistura de sarcasmo e sensibilidade, o que permite que ela se destaque entre outros blogs mais formais ou especializados. Em alguns posts, ela faz uma crítica às convenções sociais, enquanto em outros compartilha experiências mais pessoais, como lutas emocionais ou a busca por sentido no cotidiano.

Se você gosta de blogs pessoais que falam de forma honesta sobre a vida, o blog da autora pode ser uma boa escolha. Ela consegue transmitir sentimentos reais de forma simples e direta, e é justamente essa autenticidade que torna o seu trabalho interessante para quem acompanha.

Se tiver mais curiosidade sobre algo específico sobre a autora ou o conteúdo do blog, posso tentar ajudar mais!"

Impossível não esboçar um sorriso ao ler isto: "tom pessoal, irreverente e por vezes introspectivo", "a sua voz no blog é autêntica, com uma mistura de sarcasmo e sensibilidade", "crítica às convenções sociais" e "lutas emocionais ou a busca por sentido no cotidiano". Nem eu faria uma síntese tão certeira.

Muitos parabéns, ChatGPT!

7 de janeiro de 2025

(Outro) Brinquedo Novo

Foi no final do ano que entraste na minha vida, quase como prenda de Natal antecipada, e (embora te tenha escolhido) não sei bem como aconteceu. Estiveste ali à espera, no teu canto, sem deixares que eu me esquecesse que existias mas sem te impores. Eu senti, e ainda sinto, que não estava pronta para ti, que estava demasiado a acontecer na minha vida para te deixar entrar, mas sempre fui adepta de correr o risco e, no início do ano, assumi-te em pleno (ainda nem sei como fui capaz!). Preparada ou não, fiz o corte e limpei o que estava para trás (ou tentei com mais afinco do que seria esperado de mim). Vamos ver o que o futuro nos reserva.