28 de fevereiro de 2014

Pérolas

”Não sou má, já fui bem pior, mas sou humana e da mesma forma que me encanto com as mais pequenas coisas também me entristeço com as coisas mais absurdas. Por isso, monto a minha barreira e aumento o meu muro… Ainda por cima, não sou fã da verbalização (“não há crise” costuma ser a minha estratégia de fuga). E sim, eu sei que ninguém tem o dom de adivinhar… Mas podiam ter :p”

[...]

“Eu sou da opinião que, se uma amiga me apresenta o homem que escolheu para estar com ela, mesmo que ele seja bronco, seja burro, seja feio, seja arrogante ou antipático, eu tenho sempre que ter em conta que ele é o homem que ela escolheu e não sou eu que tenho que dizer se é a pessoa certa ou não.”

Encontrei no meu mail pérolas, muito bem escondidas por sinal, daquelas que achava que não tinha sobrado nem uma para contar história. E ao fim de uma meia hora a rir que nem uma perdida, elegi estes dois parágrafos para partilhar :)

26 de fevereiro de 2014

Frase do dia

Minha querida, não é, nunca foi, e nunca será uma tarefa tua “mantê-lo interessado.”

Raptado descaradamente daqui onde podem ler o artigo na íntegra.

25 de fevereiro de 2014

Somente o necessário - Disney

Eu uso o necessário
Somente o necessário
O extraordinário é demais
Eu digo necessário
Somente o necessário
Por isso é que essa vida eu vivo em paz

Assim é que eu vivo
E melhor não há
Eu só quero ter
O que a vida me dá
Milhões de abelhas vão fazer
Fazer o mel p’ra eu comer
E se por acaso eu olhar p’ro chão
Tem formigas em profusão

E o necessário p’ra viver
Você terá
Você terá

Eu uso o necessário
Somente o necessário
O extraordinário é demais
Eu digo o necessário
Somente o necessário
Por isso é que essa vida eu vivo em paz

Vejam o pica-pau, pau
Que só pensa em picar
Ele vai se dar mau, mau
P’ra se alimentar
Não pique a pera no pé
Pois pera picada no pé
Nunca presta, pois é
Não vai dar pé
Você vai dar mal
Não pique essa pera como um pica-pau

E o necessário pra viver
Você terá
Você terá

24 de fevereiro de 2014

Menina muito burra

Era uma vez uma menina que andava a perseguir um sonho e como andava muito distraída, igual a ela própria, caiu dentro de um poço. Na esperança que alguém passasse por ali e lhe atirasse uma corda, ela começou a nadar para se manter à superfície, mas a cada minuto que passava, que parecia uma hora, um dia, um mês ou até um ano, ela ia perdendo as forças. Quando já estava no limite das mesmas, sentiu que alguém se aproximava e pediu ajuda. Esse alguém viu-a no fundo do poço e disse “fica descansada, eu vou ajudar-te” e tapou o poço, então a menina, já sem forças, ficou a nadar no escuro. Moral da história: menina muito burra!

23 de fevereiro de 2014

Conhecer #2

Museu da Marinha

Domingo é dia de museu! Nem que seja só uma vez por mês, mas vou tentar transformar este lema em rotina. E, desta vez, a escolha recaiu no Museu da Marinha.

Confesso que a ideia era “começar” o dia a ver estrelas, na sessão infantil do planetário que (depois de uma súbita avaria) voltou a funcionar em pleno, e aproveitar que já estava por ali para visitar o museu mais próximo mas o acto de sair da cama ao domingo de manhã tem-se revelado cada vez mais complicado e o plano teve que ser reajustado.

O Museu estava longe de ser o que eu tinha imaginado, as salas enormes que me pareceram amplas à primeira vista e favoráveis a uma rápida visita revelaram-se surpresas muito agradáveis, até porque não sou grande apreciadora de história, e passadas horas (não sei se isto é mais um orgulho ou uma vergonha porque não me lembro nunca de ficar nos museus tanto tempo) eu ainda por lá andava.

Realço apenas a ala final do museu (ainda que tenha ficado maravilhada com os astrolábios e os quadrantes e os compassos e as bússolas da ala dedicada aos descobrimentos) porque depois de um percurso mais focado no detalhe, a ver artefactos e miniaturas de quase todos os tipos, entrei numa sala em que fui, de imediato, obrigada a olhar “para cima”. É um espaço dedicado à primeira travessia aérea do Atlântico Sul de Gago Coutinho e Sacadura Cabral e onde se concentram também diferentes tipos de embarcações, ou seja, uma sala com embarcações e aviões em tamanho real. Foi um contraste giro.

19 de fevereiro de 2014

Modinha Para Gabriela – Gal Costa

Quando eu vim para esse mundo,
Eu não atinava em nada
Hoje eu sou Gabriela
Gabriela, iê... Meus camarada!

Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Quem me batizou, quem me nomeou,
Pouco me importou, é assim que eu sou
Gabriela, sempre Gabriela!

Eu sou sempre igual não desejo o mal
Amo o natural, etc e tal.
Gabriela, sempre Gabriela!

14 de fevereiro de 2014

E nunca perguntaste?

A: Não devemos fazer perguntas se não estamos preparados para ouvir qualquer resposta;

B: Não devemos fazer perguntas que não queremos que nos façam a nós.

13 de fevereiro de 2014

Notas soltas #1

Já nem sei bem quando, li o livro “Simone – Força de viver” (que adorei por todos os motivos e mais algum) e, a determinada altura, a cantora partilha que havia momentos em que se fechava na casa-de-banho e gritava e quando de lá saía já estava tudo bem. Gosto do conceito mas eu prefiro o carro só para não incomodar os vizinhos ;)

Tenho um ódio de estimação pela chuva, pelo frio, por este tempo invernal... Odeio chapéus-de-chuva e cheguei ao cúmulo de me render e investir num de jeito, de lady, de menina que tem que chegar ao trabalho minimamente com bom aspeto (irra, que sensação de desperdício!). Então, dei por mim a pensar numa rubrica que existem em alguns blogs, “o mundo divide-se entre” pessoas que insistem em ter um míni chapéu-de-chuva que encolhe e se esconde em qualquer lado e não protege nada de jeito e se parte ao mínimo toque e as outras pessoas (só porque já pertenço às outras pessoas).
Só para que fique registado, sou muito mais mocinha de quentinho, de sol, de calor e, no meio da saga dos últimos tempos que está a ser marcar as férias para este ano, já só consigo sonhar com o Verão.

Há séculos que não me cruzava com um destes e, ontem, perdi a vergonha de trintona e matei as saudades todas:

12 de fevereiro de 2014

Os venenos do papá

Ontem, “levei-me” a jantar, como já não fazia desde... a passagem de ano de 2012 para 2013 :P E senti que, há já muito tempo, não me cozinhava uma refeição tão boa. Fiquei satisfeita, consolada e tudo e tudo.

Andava a adiar a aventura do penne all’arrabiata mas com os desejos a consumirem-me aos poucos (a agenda social não andava a dar tréguas) e, uma vez que o Benfica jogou em casa e não tinha mesmo o que fazer com o meu tempo, arrisquei.

Normalmente, acho sempre que a minha comida não tem sabor... Os piri-piris que o meu pai, em tempos, mandou à socapa continuavam escondidos e sem ter uso, portanto, achei que esta seria a altura perfeita para mudar isso. Mas... Quando apostamos em qualquer coisa que temos há imenso tempo e nunca utilizámos, não sabemos como é que isso vai correr, é um risco (ainda que possa ser controlado mas um risco).

Ontem, atirei-me de cabeça e experimentei esta receita:

Penne all’arrabiata

Aqueça um fio de azeite numa frigideira larga.
Pique 1 malagueta grande sem sementes e 3 dentes de alho.
Adicione tudo à frigideira e deixe tomar sabor, acrescentando também 400 gramas de tomate pelado.
Entretanto, leve ao lume uma panela com água, um fio de azeite e sal.
Regresse à frigideira, aromatize o molho com 1 colher de chá de tomilho, tempere com sal, e deixe cozinhar durante cerca de 10 minutos.
Aproveite esse tempo para cozer 300 gramas de penne, até ficar al dente.
Com a massa pronta, termine o molho arrabiata juntando 2 colheres de sopa de vinagre balsâmico, 2 colheres de chá de manjericão seco, uma pitada de orégãos e 2 colheres de chá de açúcar para equilibrar a acidez do tomate.
Por fim, adicione 1 mão cheia de manjericão fresco picado, escorra a massa, junte-a ao molho e envolva bem antes de servir este prato arrebitado com queijo parmesão ralado.

Reproduzi a receita sem o tomilho (porque é coisa que não existe lá por casa e eu não estava mesmo com paciência para compras) e, em vez de uma malagueta grande, usei dois piri-piris (que deve ser mais ou menos a mesma coisa e o que muda é o tamanho).

Sempre ouvi histórias dos amigos do meu pai que se atiravam a esses pequenos venenos com toda a confiança, quando se juntavam em jantaradas, e depois ficavam à rasca. Por isso, estava meio reticente mas parece que a minha sorte foi a parte da receita que diz “sem sementes” e, como fui provando e não picava por aí além, fui juntando algumas a pouco e pouco. Correu bem e o ligeiro ardor nos lábios pareceu-me imensamente normal (só me lembrava do pânico da minha irmã quando decidimos comer esta delícia no aeroporto de Londres e aquilo tinha picante mesmo à séria).

Terminei a minha refeição com os restos de brownie e calda de chocolate quente que ainda existiam lá por casa, acompanhados pela bela da bola de gelado e a muito-mais-prolongada-do-que-o-normal chamada para os papás (para debater as propriedades do piri-piri).

E quando dei por isso, aqui a pintora parisiense (caí na asneira de entrar um dia no trabalho com o gorro que a mamã fez especialmente para mim) já tinha despachado uma garrafa de vinho que tinha ficado perdida no frigorífico grandolense num qualquer ajuntamento familiar. Obrigada, Ana/Fernanda ;)

11 de fevereiro de 2014

All Of Me – John Legend

What would I do without your smart mouth
Drawing me in, and you kicking me out
Got my head spinning, no kidding, I can’t pin you down
What’s going on in that beautiful mind
I’m on your magical mystery ride
And I’m so dizzy, don’t know what hit me, but I’ll be alright

My head’s under water
But I’m breathing fine
You’re crazy and I’m out of my mind

‘Cause all of me
Loves all of you
Love your curves and all your edges
All your perfect imperfections
Give your all to me
I’ll give my all to you
You’re my end and my beginning
Even when I lose I’m winning
‘Cause I give you all, all of me
And you give me all, all of you

How many times do I have to tell you
Even when you’re crying you’re beautiful too
The world is beating you down, I’m around through every move
You’re my downfall, you’re my muse
My worst distraction, my rhythm and blues
I can’t stop singing, it’s ringing, in my head for you

My head’s under water
But I’m breathing fine
You’re crazy and I’m out of my mind

‘Cause all of me
Loves all of you
Love your curves and all your edges
All your perfect imperfections
Give your all to me
I’ll give my all to you
You’re my end and my beginning
Even when I lose I’m winning
‘Cause I give you all of me
And you give me all, all of you

Cards on the table, we’re both showing hearts
Risking it all, though it’s hard

9 de fevereiro de 2014

Brownie

Há sempre uma fase no ano em que desperto para as aventuras culinárias e, porque acho que também tenho direito a ter desejos, arrisquei fazer um brownie (mais uma daquelas coisas que nunca existiu em casa dos papás mas que me convence) e lá tive que faz o enorme sacrifício (muita ironia mesmo) de ir ao IKEA para começar o fim-de-semana em grande e comprar uma forma para fazer o dito cujo.

Brownie
• 125 g. de chocolate negro
• 200 g. de manteiga
• 160 g. de ovos (3 ovos)
• 210 g. de açúcar
• 130 g. de nozes partidas
• 100 g. de farinha com fermento

Pré-aquecer o forno a 180º C.
Untar e forrar com papel vegetal uma forma rectangular.
Fundir o chocolate e a manteiga em banho-maria.
Bater os ovos com o açúcar.
Misturar os dois preparados.
Incorporar a farinha peneirada e as nozes.
Coze durante 15 minutos [eu deixei mais tempo, a ideia é ficar húmido por dentro e crocante por fora].
Desenformar frio e cortar em rectângulos.
Pode conservar-se no frigorífico e ser aquecido no micro-ondas.

Fica óptimo acompanhado de uma bola de gelado e um banho de chocolate quente (aquecer 200 ml de nata e verter sobre 200 g. de chocolate negro em pedacinhos mexendo sempre). [Confere!]

5 de fevereiro de 2014

AD 2014

No dia em que o Potencial e as Competências pagarem as contas, metade da minha raiva contida sai porta fora (não se entusiasmem, é mesmo só metade e o que sobre ainda dá para espalhar terror por muito tempo)...

2 de fevereiro de 2014

Conhecer #1

Museu Nacional de História Natural e Ciências

Há já algum tempo que estou decidida a conhecer a Grande Lisboa (chamo-lhe grande só para garantir que inclui a Quinta da Regaleira que também está na minha lista), tal como se estivesse noutra ponta qualquer da Europa, e, uma vez que as poupanças destinadas à viagem do início de ano tiveram um fim bem menos simpático, decidi partir à aventura.

Enchi-me de coragem, não acordei particularmente cedo, não apanhei trânsito, não estacionei mais perto porque não quis (ou porque me ia dar demasiado trabalho e eu estava em modo relax) e, a melhor parte disto tudo, não paguei nadinha. Benditas borlas de domingo!

Neste momento, têm lá duas exposições: “Formas & Fórmulas” e ” Jogos Matemáticos através dos Tempos”, que foram suficientes para justificar o passeio, porque (vá-se lá perceber porquê!) há qualquer coisa na Matemática que me fascina. Ainda por cima, foram as salas do museu em que estive praticamente sozinha o tempo todo, que as criancinhas andavam todas eufóricas e concentradas nas diversas exposições sobre dinossauros e minerais. Mas confesso que toda a envolvência (leia-se “calma, espaço e silêncio”) do museu me convenceu e aquela viagem no tempo ao entrar no Laboratorio e Amphiteatro Chimico também foi persuasiva.

Adiada ficou a visita ao Jardim Botânico porque, essa sim, eu acho que pede companhia e esse parece-me um excelente destino para um final de dia quando o sol voltar a brilhar de modo mais simpático :)