28 de dezembro de 2016

Brinquedo novo

E pronto, é oficial, estou apaixonada por outro. Nestas coisas, a inocência ganha-me sempre e não soube ler os sinais, ou não quis ver como era fácil render-me assim ao primeiro que aparecesse. Mal entraste na minha vida, ainda de forma muito subtil, comecei a sonhar contigo e com todas as coisas que poderíamos fazer juntos. Comecei a antecipar os momentos que iríamos passar juntos e, quando chegou finalmente o dia, explodi de alegria (sim, tal e qual uma criança com um brinquedo novo). As tuas formas, o teu toque, o teu brilho… Tudo em ti me fazia vibrar e me fazia feliz. Já nem me lembrava o que era dedicar atenção assim a outro, dar tudo de mim e receber os teus sinais de aprovação em troca e soube-me imensamente bem. Ainda estamos na fase da paixão assolapada e sinto que não te conheço bem, não te consigo interpretar como gostaria, mas aos poucos vamo-nos ajustar e ser (ainda mais) felizes juntos. Não sei como mas já me conquistaste, estás garantido.

24 de dezembro de 2016

Histórias de encantar

Era uma vez uma linda princesa que vivia numa constante batalha contra o sono porque como ela já passava o tempo a sonhar acordada achava que não valia a pena perder tempo a dormir.

Esta princesa era forte, corajosa e destemida, por isso, os seus largos caracóis e o brilho do seu sorriso eram conhecidos em todo o reino, bem como o seu lindo cavalo branco. E, com estas armas, ela tinha o poder de derreter corações e desarmava até os guerreiros mais temidos de todo o reino.

Fiel, assim se chamava o cavalo da princesa, era um majestoso corcel branco, com um olho de cada cor e a crina a pairar por cima dos mesmos, que teimava permanentemente em rebolar-se nas poças de lama e raras eram as vezes em que a princesa conseguia vislumbrar a verdadeira tonalidade do seu dorso.

Talvez por tudo isto, eles formavam uma dupla incrível que não desistia de ser feliz e tinham estórias para contar em todas as partes do reino.

23 de dezembro de 2016

Ser feliz

Aquele momento em que te encontras perdida nos teus pensamentos, fechada no teu mundinho, apenas a tentar que o tempo passe porque o teu foco não chegou a chegar. E quando desvias o teu olhar, entra pela janela o brilho de um sorriso rasgado, de puto traquina que sabe que acabou de ser apanhado com a mão dentro do frasco das bolachas e tu deixas-te contagiar.

Porque a felicidade assume as formas que nós quisermos e deixarmos :)

19 de dezembro de 2016

Sonhadora, sempre

Era uma vez uma princesa que passava horas a fio a fazer coisa nenhuma, simplesmente porque aquilo que a movia era algo que ela nunca poderia ter nas oito horas mais expressivas do dia e ela sabia que teria sempre que se contentar com o melhor plano B possível.

Para colmatar essa falha, de cada vez que a princesa se dedicava ao que verdadeiramente a fazia feliz, ela entregava-se por completo e bebia avidamente desse cálice como se a vida fosse acabar no dia seguinte.

Muitas vezes, como é normal nesta coisa dos efeitos da bebida, a princesa ficava atordoada e desgastada e perdia o controlo sobre o seu próprio corpo e mente. E quando dava por ela já tinha partido a navegar pelo maravilhoso mundo dos sonhos…

12 de dezembro de 2016

SQL Port - LXXXIX Encontro

“Às vezes custa”


Há dias em que a raiva sobe, sobe e sobe e transborda pelos olhos. Porque me sinto pequenina, porque o dia não é curto mas as 8 horas em que tento estar sentada à secretária e produzir algo de jeito me derrotam e me tiram toda e qualquer capacidade para fazer mais, no final do meu dia. P*** de vida que rola constantemente em piloto automático sem pedir permissão e em que eu me impeço de ser eu e de investir em mim.

Time to change!

9 de dezembro de 2016

Preciso de um herói - Claudisabel

REFRÃO
Homens a sério isso todas nós sabemos
Cada vez há menos, cada vez há menos
Mas homens tolos, mentirosos e banais
Cada vez há mais, cada vez há mais 


Preciso de um herói, de um novo valentino
Um que valha por dois, mais homem que menino
Se houver aí algum que venha então p'ra mim
P'ra me salvar da crise que anda por aí

Preciso de um herói, homem com H grande
P'ra onde é que ele foi, será que está distante
Se houver aí algum que se mostre então
P'ra me salvar da crise, crise de paixão



 Perdoem-me a "pimbalhada" mas há desejos que se impõem.

5 de dezembro de 2016

Gestão de tempo

Era uma vez uma princesa que pediu para que lhe ensinassem a gerir o tempo e, como os reis são sempre imensamente bem mandados (ou não), lá resolveram satisfazer o seu desejo.

Os reis falaram com um grupo de sábios, de um reino distante, para que fizessem um floreado bonito e apresentassem à princesa umas dicas, cheias de chavões e frases feitas, sobre gestão de tempo.

O problema é que a princesa, pobre coitada à mercê dos reis, tinha um cérebro e passava o tempo em fuga para conhecer reinos distantes, bem como a realidade de quem neles vivia, e não se contentava com ninharias.

Muito a custo, a princesa sobreviveu à tortura dos sábios. A custo zero, ela deu hipóteses para que um arauto apregoasse a sua trágica história e a prendesse e cativasse ao som de um simples “tic tac”. Em piloto automático, ela cumpriu com o que lhe era proposto. E no final, não mentiu: “Gostou?” “Não, mas estou certa que fizeram o melhor que podiam.”

4 de dezembro de 2016

Outra primeira vez

Este fim-de-semana fizemos o primeiro jantar na nossa mansão (desde que ela é efectivamente nossa). Como se não bastasse, foi um jantar com direito à presença de duas criancinhas, portanto, foi uma estreia em grande.

Infelizmente, continua a ser um stress do caneco cozinhar e preparar tudo para uma não dona de casa, mas compensa em larga escala só para ter um fim de dia cheio de sorrisos, conversas descontraídas e amigos.

Cada vez, estou mais parecida com o meu pai (para o bom e para o mau), e já entendo o contentamento de ter a mesa cheia e colocar tudo à disposição para me sentir de coração cheio, sabe imensamente bem.

A porta estará sempre aberta, a caixa dos Legos e o museu também, o chão da sala gosto de acreditar que estará sempre livre e desimpedido… Portanto, voltem sempre!

2 de dezembro de 2016

Normalidade

E depois, a pouco e pouco, a vida parece voltar aos trilhos certos, àquilo que se considera como normalidade na sociedade deste século. Curiosamente, uma normalidade cada vez mais díspar dos séculos que vão ficando para trás.

A minha empresa este ano pede uma frase sobre confiança, para ser o mote deste Natal, e uma das frases feitas diz que:

“Afinidade não se explica, amizade não se força, confiança não se obriga e sentimento não se controla.”

Não creio que no (meu) contexto laboral a interpretação da mesma fosse única, portanto, deixo-a aqui onde a imaginação tem a porta aberta Smile