27 de maio de 2012

Voluntariado

Há coisas muito simples que nos fazem sentir efectivamente bem, úteis, normais, integrados...
Este ano, desta vez e pela primeira vez, eu participei na campanha do Banco Alimentar contra a fome (na parte do armazém) e gostei mesmo muito da experiência! Aquela teoria que eu levava comigo do "fazer voluntariado é uma coisa enriquecedora que potencia diferentes aprendizagens" é real (ainda que as aprendizagens possam não ser bem aquilo que esperávamos) e, neste caso específico, desempenhar a nossa função não é tão fácil como fazem parecer.
Ao contrário do que eu pensava, há imensa gente disposta a colaborar (diria mesmo que até há gente a mais para o espaço que eles têm disponível) na separação e arrumação dos alimentos e, de acordo com quem por lá andava, é um trabalho bem mais gratificante do que (tentar) entregar saquinhos no supermercado. Até porque as tarefas a desempenhar são diversificadas: pegar nos sacos e distribuir o seu conteúdo pelas secções certas, retirar de uma passadeira os alimentos que correspondem à nossa secção, encaixotar tudo e empilhar (de forma certa) as caixas...
Não tenho noção da quantidade de quilos de arroz que me passaram pelas mãos, nem das latas de atum, ou dos pacotes de leite, mas tenho noção que valeu a pena. Por isso mesmo, deixo aqui umas palavras especiais à "nossa mãe", que está sempre a par destas iniciativas e espalha a mensagem, que alinha nestas aventuras e que (ainda que por momentos nos preocupe) é uma excelente companhia: Quando repetimos? J

20 de maio de 2012

48 horas sem internet – Parte 3

Uma gestão de Geografia

Vila Nova de Gaia, Espinho, Porto (desde a Foz aos Aliados), Valongo, Baguim do Monte, Gondomar… Ponderando bem a questão, não são sítios próximos de Matosinhos!

Sem Título
Não fui Triste

48 horas sem internet – Parte 2

O casamento do ano

No “The Daily Wedding”, jornal que saiu em edição especial para o casamento, há uma rubrica dedicada ao signo dos noivos e, uma vez que a noiva é do mesmo signo que eu, fiquei a saber que os taurinos são muito casamenteiros. Ora, eu nunca fui muito fã de casamentos, acho que é o tipo de sítios em que a pessoa só se sente bem se estiver acompanhada, em que o tempo é mal aproveitado/gerido e que os próprios noivos acabam por não desfrutar o momento ao tentar dar atenção a toda a gente (já sei que faz parte mas é chato na mesma). Portanto, fiquei diante de um paradoxo1 e resolvi repensar a questão…

O Mosteiro da Serra do Pilar tem uma igreja e, talvez por se falar tanto na Serra do Pilar (graças ao Rui Veloso), é o tipo de construção que sempre me passou a ideia (errada) de grandiosidade. Achava que seria um espaço gigantesco, à imagem das (poucas) igrejas que eu conheço e, só a sua curiosa distribuição circular, com o altar em que se iria realizar a cerimónia ao centro, fascinou-me. A cerimónia foi toda muito leve (ou não fosse o padre um tuno também), com imensas intervenções do coro (gosto de musiquitas!) e muita simbologia bonita relativamente à união que é o casamento.

Para mim, o ponto alto foi a surpresa feita à madrinha da noiva e ao seu marido, que por terem celebrado os 25 anos de casados tiveram a possibilidade de, entre lágrimas, concretizar o desejo de renovar os seus votos. Foi um momento bonito, mágico, tal como todo o casamento, em que reinou o sentimento de “ainda é possível fazer as coisas resultarem”.

O copo de água teve uma particularidade que me agradou bastante (que dará um post por si só mas não consigo guardar segredo). As mesas tinham nomes de músicas! Ok, ok, já sei que é algo normal nos casamentos… Mas calhar na mesa das “Capas Negras” da Ma’ESTIG’ama Tuna é algo digno de registo Sorriso

Fazendo um apanhado geral do casamento deste fim-de-semana, eu gostei… Muito! Percebi que há mais quem sinta estes dias tal como eu e, nestes casos, conhece-se quem está por perto, “no mesmo barco”, e tudo se torna mais fácil (mesmo que a hora da paparoca nunca mais chegue e o primeiro stock do bar já tenha sido aniquilado).

1 Neste fim-de-semana, também tive a oportunidade de aprender/relembrar o paradoxo do pinóquio.

48 horas sem internet – Parte 1

Necessidades de afirmação (ou o mundo dos informáticos)

Neste fim-de-semana, fui matar saudades dos ares do Norte e testemunhar um daqueles momentos bonitos e altamente incompreensíveis a que se dá o nome de casamento.

O Cláudio e a Lena, maltinha fixe das tunas (leia-se “o meu pseudo afilhado da EAISEL e a sua namorada da Viriatuna”), decidiram dar o nó e, como não havia nada mais perto (até há aquela tradição que o casamento deve ser na terra de origem da noiva), escolheram o Mosteiro da Serra do Pilar para esse imponente evento e uma Quinta lá para os lados de Gondomar.

Como o país atravessa um momento de crise, há que gerir bem os recursos e minimizar as despesas, por isso, juntei-me a três informáticos (dois deles que nem conhecia) e rumamos ao Norte para participar nas actividades comemorativas do casamento.

Verdade seja dita, eu nunca mais serei a mesma! Dois dias no meio de informáticos transforma qualquer um…

Há o informático que não sabe mexer no GPS;

Há o que sofre crises existenciais em silêncio e o que as partilha;

Há ainda o informático que consegue ficar preso na casa-de-banho de porta aberta;

Há o que se preocupa em transmitir conhecimentos importantes (como a diferença entre uma ponte e um viaduto);

Há o informático metaleiro (que parece bem mais normal do que todos os outros);

Há o que deixa a namorada à espera para ir para os copos e o que não vai para os copos por causa da namorada;

Há o que tem “problemas para resolver” (será que é uma crise existencial?)…

Moral da história: há de tudo na vidinha de um informático (especialmente conversas estranhas sobre horas passadas em frente a um computador, a trabalhar com diferentes linguagem mais ou menos úteis ou a pagar para jogar uma versão qualquer do World of Warcraft com a qualidade pior ou melhor que a última versão do Star Wars), por vezes não há é paciência para isso Língua de fora

17 de maio de 2012

Eu e o "brilhozinho"

Egocentrismo é:

escrever um mini-post quando alguém que admiro muito me diz que pareço uma estrelinha a brilhar, sempre que faço apresentações para os meus colegas de mestrado.

11 de maio de 2012

Teorias

Sei perfeitamente que com o fim eminente das Novas Oportunidades precisava de um plano B e, obtendo a profissionalização, esse plano se tornava mais imediato e exequível, mas ainda estou para perceber o que me passou pela massa cinzenta para me meter a tirar um mestrado em ensino (para além da ideia, que ninguém me tira, que o maior sonho da minha mãe é ter uma filha “Senhora Professora”).
A verdade é que, por ali, aprende-se muito pouco, especialmente daquilo que se irá efectivamente fazer (o que eles gostam mesmo é de teorias que em nada se conjugam com a prática), mas gastam-se muitas energias com trabalhinhos e mais trabalhinhos, apresentações e mais apresentações e avaliações contínuas que de contínuas não têm nada (não me venham vender que avaliar continuamente é fazer uma teste todas as semanas que eu não compro).
Em contrapartida, aprende-se o valor da componente social destas situações (logo eu que passo o tempo a dizer que não preencho os requisitos sociais porque tenho mau feitio). Inicialmente, houve o factor “trabalhos de grupo” difícil de ultrapassar e digerir quando se trabalha com (ou por) pessoas que não conhecemos e com as quais não temos a menor afinidade. Agora há o factor “colegas de turma” quando começamos a descobrir que, fora da nossa área, há mais quem veja o mestrado com os mesmos olhos que nós. Já para não falar que a existência de uma nota final é uma questão social (“aprendi” isto ontem), a sociedade é que se preocupa se temos um bom resultado ou não porque disso vai depender o caminho que conseguiremos percorrer posteriormente.
Para mim, sempre existiram coisa com as quais não me consegui preocupar neste mestrado, as notas (porque me agarrei sempre à desculpa do “estou a trabalhar e a estudar, não faço milagres”) e o tamanho dos trabalhos que realizo (a maltinha de Matemática tem uma fixação em esgotar as 1500 palavras que nos são impostas como limite com a qual eu não me identifico). Ontem, foi-me apresentado um colega, de História (Blhêca!), que pensa como eu: enquanto eu pergunto se o valor do trabalho se mede “ao metro” ele pergunta se aquilo funciona “ao quilo” J

7 de maio de 2012

Tulipa

Este fim-de-semana, "viram-me" na Holanda, mais precisamente no Keukenhof (gosto mesmo do nome do sítio), e para comprovar essa teoria, mandaram-me a prova. GOSTEI!


Foto by Bruno e Carolina.

6 de maio de 2012

3 de maio de 2012

A Guerra de Rosas - Camané

Partiste sem dizer adeus nem nada
Fingiste que a culpa era toda minha
Disseste que eu tinha a vida estragada
E eu gritei-te da escada que fosses morrer sozinha
Voltaste e nem desculpa pediste
Perguntaste porque é que eu tinha chorado
Não respondi, mas quando vi que sorriste
Eu disse que estava triste porque tu tinhas voltado


Zangada esvaziaste o meu armário
E em nada ficou meu disco preferido
De raiva rasguei o teu diário, virei teu saco ao contrário, dei-te cabo do vestido
Queimaste o meu jantar favorito
Deixaste o meu champanhe azedar
E quando cozinhei o piriquito para abafar o teu grito, eu começei a cantar...


Fumavas e eu nem suportava o cheiro
Teimavas em me acender um cigarro
E quando tu me ofereceste um isqueiro
Atirei-te com o cinzeiro, escondi as chaves do carro
Não queria que visses televisão em dia de jogos de Portugal
Torcias contra a nossa seleção, se eu via um filme de acção tu mudavas de canal


Tu querias que eu fosse contigo ao bar
Só ias se eu não entrasse contigo
Sai-a p’ra não ter de te aturar, tu ficavas a dançar com o meu melhor amigo
Gozavas porque eu não queria beber
Ralhavas ao veres-me de grão na asa
Eu ia a festa sem te dizer, nunca cheguei a saber, se tu ficavas em casa


Tu deste ao porteiro roupa minha
Soubeste que lhe dera o teu roupão
Eu dei o teu anel à vizinha pela estima que lhe tinha
Ofereceste-lhe o meu cão
Foste-me lendo o teu romance de amor
Sabendo que eu não gostava da história
No dia de o mandares para o editor, fui ao teu computador
Apaguei-o da memória.


Se cozinhavas eu jantava sempre fora
Juravas que eu havia de pagá-las
Põe-te na rua dizias-me a toda a hora e quando eu me fui embora
Tu ficaste-me com as malas
Depois desses anos infernais
Os dois eramos caso arrumado
Achando que também era de mais
Juramos p’ra nunca mais, foi cada um pra seu lado.


No escuro tu insistes que eu não presto
Eu juro que falta a parte melhor
O beijo acaba com o teu protesto, amanhã conto-te o resto
Boa noite meu amor!


1 de maio de 2012

Agora: nós!

Elas dizem que sou outra,
Que perdi a veia anti-social, Que há algo de diferente em mim...
Elas dizem que pareço uma miúda
Com atitudes e comportamentos de 23 (ou menos!), Que estou melhor assim...
Elas dizem que o meu corte foi exagerado
Que não pareço tão alucinada, Que me fica bem assim...

Elas dizem que estou sem emprego! Eu digo que mudei de vida :)