27 de agosto de 2021

Teletrabalho - parte 2

Lamento imenso que as entidades patronais não entendam o teletrabalho...
Desde que me lembro que ambiciono ter uma carreira de sucesso, daí que o "trabalho" tenha sido desde sempre uma prioridade (e não necessariamente como um meio para pagar as contas).
Entretanto, chegou a pandemia e a maravilha do teletrabalho. Fui daquelas que o trabalho remoto tornou mais produtiva, por se acabaram as 50 mil conversas cruzadas no escritório e os 50 mil pedidos de ajuda inesperados.
Sem que eu desse conta (de imediato), chegou também a minha gravidez, e o teletrabalho com as hormonas de grávida a subir paredes - não recomendo a ninguém!
Com o natural desenvolvimento desta fase da vida, veio a baixa e a licença de maternidade, por algum motivo que agora questiono mas sei que foi o melhor para a minha filha, veio também a licença parental alargada... E, passados 10 meses, preparo-me agora para regressar ao trabalho (remotamente).
A minha empresa pondera o trabalho híbrido, estão ansiosos por ver as pessoas de volta ao escritório (ainda que com todas as restruturações, tenha agora mais funcionários do que lugares). E eu, ainda de fora, debato-me com questões filosóficas do tipo: "voltar ao escritório para quê?".
Eu sei que há muita coisa que funciona melhor presencialmente, que não faz sentido reunir com clientes online, que a cultura da empresa depende das pessoas (ao vivo e a cores). Sei também que tenho colegas ansiosos pelo convívio de equipa, por poderem fugir das famílias já fartos de aturar os companheiros e/ou os filhos, mas... Não estamos todos na mesma fase da vida, nem procuramos todos o mesmo, e continuo a acreditar que equidade é melhor que igualdade.