Era uma vez uma princesa que pediu para que lhe ensinassem a gerir o tempo e, como os reis são sempre imensamente bem mandados (ou não), lá resolveram satisfazer o seu desejo.
Os reis falaram com um grupo de sábios, de um reino distante, para que fizessem um floreado bonito e apresentassem à princesa umas dicas, cheias de chavões e frases feitas, sobre gestão de tempo.
O problema é que a princesa, pobre coitada à mercê dos reis, tinha um cérebro e passava o tempo em fuga para conhecer reinos distantes, bem como a realidade de quem neles vivia, e não se contentava com ninharias.
Muito a custo, a princesa sobreviveu à tortura dos sábios. A custo zero, ela deu hipóteses para que um arauto apregoasse a sua trágica história e a prendesse e cativasse ao som de um simples “tic tac”. Em piloto automático, ela cumpriu com o que lhe era proposto. E no final, não mentiu: “Gostou?” “Não, mas estou certa que fizeram o melhor que podiam.”
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