22 de julho de 2025

Primeiro fim de semana sem álcool

 Olá, pessoas giras!!

Hoje é o dia número 6. Seis dias sem consumir álcool (vou arranjar um distintivo para comemorar cada meta - tipo semana a semana) e confesso que a parte pior foi mesmo a primeira sexta-feira desta aventura por calhar num fim de semana sem Princesa. Houve um lanche tardio em família, que facilitou a fuga aos habituais jantares de sexta e as rodadas que os antecipam. Depois, como o mau humor já tinha atingido máximos olímpicos, saí para dar uma voltinha pela vila e ver as festarolas. Havia um arraial junto à Música Velha, que mais parecia uma jantarada de amigos - visto que estava tudo sentado a comer em mesas corridas e o acordeonista tocava "porque sim". Os bares estavam às moscas, os nossos locais "do crime" também e o rumo a casa nunca me pareceu tanto o mais acertado.

Sábado foi dia de passeio à capital, para visitar o Marco (agora no Curry Cabral). Depois da fase intensa na unidade de queimados do São José, começa agora a fase de reabilitação física. Seis meses depois da explosão, a trabalhar como mecânico, que o deixou com queimaduras gigantescas por todo o corpo, ele já se senta, já faz piadas parvas sobre não voltar a precisar de manicure e já se move para os lados para nos ver (ainda tem a vista muito afetada e a visão periférica parece ser a que funciona melhor para ele). Soube bem, é fácil sentir que ele gosta de pessoas e que as nossas visitas, apesar de o cansarem imenso, lhe fazem bem. A fazer 100 agachamentos por dia e nem sei quantas flexões, aquele ex paraquedista rapidamente volta para perto de nós, nem podia ser de outra maneira.

No regresso, o meu intestino decidiu reclamar da vida e lá tivemos mais uma sessão de hemorragias. Como não posso culpar o álcool, porque "ele" agora está de castigo, vou ter que culpar o gás e fazer mais algumas restrições por conta própria. Portanto, coca cola zero sabes que sou muito feliz contigo mas preciso de um tempo, o problema não és tu, sou eu.

Para começar bem a semana, o Tico e o Teco decidiram pensar convictamente na profissão 50500. Será que eu preciso mesmo de uma mudança nesta fase da vida? Ou estou só a fugir do meu aborrecimento crónico no que diz respeito a seja-la-o-que-for? Tenho uma facilidade incrível em passar oito horas em frente ao computador e não fazer nada útil (nem para mim, nem para o meu contexto laboral). Não me concentro, não me foco mas sei que a falta de estratégia definida e alguém que perceba efetivamente dos dados que eu estou a tentar "mudar" não me ajuda. Simultaneamente, também sei que me perdi do meu propósito de vida (visto que se atingir o FIRE e viver dos rendimentos, vou ter ainda mais tempo sozinha para ocupar) e isso também não ajuda nada.

Como não pode ser tudo mau, a Princesa voltou para casa como uma energia positiva incrível e eu só tenho que apanhar o barco e acompanhar. Sempre odiei plasticina (nem sei explicar porquê) e agora temos a nossa própria estação de trabalho para esse efeito e sou eu que lhe dou mais uso (ninguém disse que trabalhar plasticina, com ferramentas próprias, era fácil).

Pensamento positivo: hoje já é terça-feira (diz a gaja que percebeu que ao fim de semana não sofre tanto de angústia e stress)!

Boa semana.

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