As Portuguese Women in Tech são uma comunidade que eu amo de paixão.
O trabalho que a Inês e a Liliana fazem, ao serviço da diversidade e inclusão, é algo de espetacular e eu orgulho-me de, ao longo dos anos, ter trabalhado em dar visibilidade a esta iniciativa nas empresas por onde vou passando.
Este ano, o meu foco foi nas nomeações para os PWIT Awards (porque tentei fazê-lo no ano passado e os timings eram "apertados"). Procurei fazer ver ao (meu) mundo que não custa nada reconhecer o valor das mulheres que trabalham ao nosso lado e nomeá-las para as respetivas categorias (não lhes caí um bracinho, nem lhes tiram metade do ordenado) e percebi que não é uma tarefa assim tão fácil como aparenta.
Quando vi o meu nome nas cinco mais nomeadas da minha categoria, fiquei muito feliz. Senti que afinal esta coisa de fazer os outros verem que há um longo caminho a percorrer, e que o objetivo não é que nos tornemos todos iguais se não for mesmo isso que queremos, mas que tenhamos acesso às mesma oportunidades compensou.
MAS... [Quem me conhece já sabe que dificilmente me escapo sem um mas.]
Internamente, esta disseminação de informação, foi uma luta mais difícil do que eu esperava e abriu perspectivas que eu dispensava ter, mas que eu resolvi com um "não se preocupem, eu não tenho qualquer hipótese face às outras candidatas". Ainda há empresas que vêm este reconhecimento como um atrativo para recrutamentos de outras empresas, enquanto eu penso que se a pessoa estiver bem e a empresa fizer um bom trabalho com as pessoas podem vir todos os recrutamentos do mundo que não vai fazer diferença (e isso sim, deveria ter sido a preocupação).
Qual não foi o meu espanto, quando vi o meu nome no top 3...
E, hoje, assinei o contrato com a entidade patronal número 50551, ou algo do género, porque se o teu carocha de 40 anos, restaurado, com estofos em pele e pintura metalizada, não tem valor é porque estás no lugar errado (qualquer clube de carros clássicos te vai mostrar isso mesmo).
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