29 de dezembro de 2017

Assim se termina o ano

It seems like someone has a new access to the world wide web.


“I’m back and ready to go..”

5 de novembro de 2017

Um ano de nós

Há coisas que me ultrapassam…

Nos últimos minutos, estive a fazer scroll aqui pelo blog em busca de algo que não existe, em busca de evidências da mudança que invadiu a minha vida neste último ano… E nada!

Hoje é dia de festa. Hoje fazemos um ano de nós. Hoje estamos de parabéns; pela nossa simplicidade, pelo descomplicanço, pela disponibilidade quase sempre imediata, pelo código postal ou simplesmente pela vontade comum, que nos damos ao trabalho de concretizar, de estarmos juntos.

“Ele era apenas um programador, ela era apenas uma pseudo-cientista de dados, aquilo que os uniu ninguém consegue explicar!” seria uma excelente forma de despertar a atenção para o nosso filme nada romântico. “Com eles traziam as suas almas gémeas e, a quatro, travavam as suas batalhas despropositadas com a vida”…

"The fantastic 4"

Parabéns para nós :)

3 de novembro de 2017

30 de setembro de 2017

Rentrée

Sem que faça muito sentido, já que cada vez mais as férias se fazem fora das épocas de pico para quem gosta verdadeiramente de viajar sem estourar o orçamento e o ir-e-vir está longe de terminar, chega agora ao fim o mês dos recomeços, do regresso às aulas e do regresso à rotina sem facilitismos .
Volta toda a gente à vida dita normal, e volta o trânsito, e o caos, e os espaços sobrelotados que estiveram tão bem durante os ditos meses de férias. E volto eu, depois de duas semanas de férias na Califórnia.

[Só não volto para aparelhos de âmbito tecnológico com bateria, quem diria.]

17 de agosto de 2017

Pessoas

Há pessoas que nós não escolhemos, simplesmente sentimos que elas vão invadindo a nossa vida, a pouco e pouco; há pessoas que nós não afastamos, simplesmente escolhem um caminho que não cruza com o nosso... Há pessoas que são esses dois tipos de pessoas, aquelas por quem não hesitaria em dar tudo e fazer todos os sacrifícios do planeta, aquelas cujas dificuldades me preocupam e que, de um momento para o outro, parecem inacessíveis, que seguem num qualquer mundo paralelo à espera que eu os vá resgatar... E eu, sou uma desistente, uma pessimista, de sorriso dissimulado e olhos tristes, e não tenho paciência.

6 de agosto de 2017

2 de agosto de 2017

Game over

E, de um momento para o outro, a vida dá 50500 tropeções e leva-te de volta e sítios muito manhosos…

Há já muito tempo, quando tinha os meus seis aninhos, houve um dia que ao voltar da escola encontrei a minha avó caída no chão, sem vida. Não foi porque a escada não tinha corrimão, ou porque o puxador da porta do sótão não aguentou a pressão e se partiu, foi porque estava destinado que assim fosse. E este tema tabu (ao longo de muitos anos e em muitas cabeças) teve impacto em mim e fez com que, desde que me conheço por gente, não soubesse lidar com mortes não naturais.

Esta semana, um amigo de um amigo meu, um dos poucos que ele fez questão que eu conhecesse, porque era mesmo importante, e que sempre conheci de sorriso rasgado, escolheu “terminar o jogo”. E isto gera em mim sentimentos muito, muito maus.

Não sei dizer se fico destroçada ou estupefacta. Uma parte de mim, fica presa nas brincadeiras, nas provocações em jeito de picardia, nas palhaçadas partilhadas e nas conversas sem sentido ou justificações desnecessárias; outra parte, mais racional, é desassossegada na constante busca por respostas (Onde é que ele tinha a cabeça!? Porque é que ele não meteu a mochila às costas e foi para a Tailândia!? Será que a miúda que ninguém consegue encontrar está grávida!?). E a minha revolta, que por si só já tem o tamanho do planeta terra, aumenta mais um bocadinho.

27 de julho de 2017

Ele é assim

Se ele está feliz porque vai andar de descapotável (e ele adora descapotáveis), então eu também estou feliz :)

"O amor é assim, pelo menos para mim"

20 de julho de 2017

I want to break free - Queen

I want to break free
I want to break free
I want to break free from your lies
You're so self satisfied I don't need you
I've got to break free
God knows, God knows I want to break free.

I've fallen in love
I've fallen in love for the first time
And this time I know it's for real
I've fallen in love,
God knows, God knows I've fallen in love.

It's strange but it's true, yeah
I can't get over the way you love me like you do
But I have to be sure
When I walk out that door
Oh how I want to be free, baby
Oh how I want to be free,
Oh how I want to break free.

But life still goes on
I can't get used to, living without, living without,
Living without you by my side
I don't want to live alone, hey
God knows, got to make it on my own
So baby can't you see
I've got to break free.

I've got to break free.
I want to break free, yeah
I want, I want, I want, I want to break free.

5 de julho de 2017

Na primeira pessoa

Uma das coisas que mais gosto é trabalhar ao final do dia, podem dizer-me que o cérebro já está cansado, que a produtividade não é a mesma mas a verdade é que para mim funciona muito melhor. Regra geral, o escritório já está em silêncio, mais de metade das pessoas já saíram, os meus colegas que insistem em ouvir música de auriculares de modo a que eu possa ouvir, ou insistem em cantar, também já foram embora e fico só eu, o meu foco e esse silêncio.

A parte chata é quando esse silêncio é invadido por rodinhas.

Com o passar dos tempos, o meu sistema nervoso foi associando o som de rodinhas no corredor do escritório a sentimentos menos bons e, por muito que as condicionantes se tenham alterado, essa associação permanece.

Certo dia, estava eu focada no meu mundinho e ouço as ditas rodinhas, como felizmente a interação diminuiu drasticamente, nem liguei. Até ao momento em que o som das mesmas se imobilizou mesmo à porta do espacinho onde agora passo o meu tempo. De repente, ouço o meu nome. A sensação de encarquilhamento começou nas unhas dos pés e subiu até à raiz dos cabelos a uma velocidade estonteante e, no momento em que ouvi “Tens disponibilidade para…”, só tive tempo de accionar os travões a fundo porque a minha voz interior já tinha respondido “para ti, nunca!”. Trocámos duas ou três frases idiotas, rematadas com um “O quê? Isso ainda não está pronto?” a que eu me reservei o direito de não responder “Há-des ter muito a ver com isso!” e isso arruinou todo o meu trabalho de sou-tão-feliz-aqui-que-não-me-imagino-em-mais-lado-nenhum das últimas semanas.

O meu mundo laboral não é perfeito, mas nenhum é. Adoro aquilo que faço quando me mantenho atrás do computador e crio e programo e desenvolvo e analiso, quando não tenho dinâmicas que não me dizem nada, quando não tenho eventos aos quais me sinto obrigada a ir e passo o tempo contrariada, quando não tenho 50500 reuniões. E agarro-me a esse sentimento do “nem tudo é mau”, não dou pulos de felicidade mas penso que é um bom sítio para cumprir os mínimos olímpicos. Chego até a recusar entrevistas e novos desafios profissionais. E depois, lá vêm as rodinhas outra vez e sinto vontade de fugir, correr atrás do primeiro recrutador que apareça (ou do último que recusei) e implorar para que me aceitem, para que me tirem daqui, para não ter que lidar com a tacanhez de quem ainda pensa “se não quiseste trabalhar comigo agora faço-te a vida negra”.

A formiguinha sou eu. Teoricamente, o problema não são os outros com essa mentalidade pequenina, sou eu que lhes dou demasiada importância, sou eu que não sei viver nesta realidade da hipocrisia. Será que isto quer dizer alguma coisa?

29 de junho de 2017

Outras pessoas

Era uma vez uma menina com mau feitio, que comia criancinhas deficientes ao pequeno-almoço, ou pelo menos era isso que ela gostava que pensassem dela.

Essa menina tinha sonhos, tinha ambição, tinha vontade de mudar o mundo e… Com o seu coração gigantesco, fazia por isso! Sempre que alguma das suas “pessoas especiais” passava por um momento menos bom, ela arregaçava as mangas e tentava fazer a diferença. Com um abraço despropositado, um discurso inspirador, um bilhete surpresa em cima da mesa, um projecto feito por medida… Ou pelo menos, a menina que eu conheço, pois sei bem que outros conhecem a versão mais bruta e mais amarga.

Certo dia, essa menina decidiu abrir horizontes e levar os artigos portugueses aos quatro cantos do mundo, na versão caixinha de surpresas. Ganhou anos de vida! [Porque o melhor do mundo é fazermos para os outros aquilo que nos faz verdadeiramente felizes.] E no sorriso de todos aqueles que ela continua a surpreender ela alimenta o seu.

23 de junho de 2017

STOUT

Quando tens uma semana de bradar aos céus e te parece que o mundo vai colapsar, chegas a casa e vês tudo impecavelmente limpo e arrumado, todas as portas estão fechadas e tu pareces entrar num mundo alternativo mas nem tens forças para questionar seja lá o que for.

E, de repente, já não somos dois J

Não consegues esconder o riso nervoso e os 50500 quilos de gratidão, não sabes como reagir à surpresa do já planeado e rendes-te. E sentes-te feliz, ainda que nervosa e ansiosa porque não sabes o que te espera.

E, de repente, a família aumenta e já não somos dois J

10 de maio de 2017

Maio

Na empresa onde trabalho agora, alguém escreveu: “Maio não se escreve com ‘E’ mas devia. Com ‘E’ de eventos.”

E eu adorei o conceito! Para mim, maio escreve-se com a letra certa “M”, “M” de matrimónio.

Nunca pensei escrever frases como esta, nunca pensei abdicar da minha “mania da independência” e do meu egoísmo, nunca pensei saber que este é o mês das noivas, nunca pensei ceder e viver a idiotice que é alimentar 50500 tradições parvas num dia só porque sim (abençoados porco no churrasco e mesa corrida que me teriam feito igualmente feliz mas bem menos insana), nunca pensei…

E agora, chegam aqueles primeiros receios de quem já não suporta organizar e orientar mais nada, de quem está farto de tomar decisões, de quem acusa o cansaço extra.

“- Achas que daqui a dez anos a nossa relação vai estar igual?
- Claro que sim. Vamos estar só mais velhos!”

4 de maio de 2017

Tácito


Porque é muito difícil assumir o erro, porque quando alguém diz "é possível" a interpretação pode ser dúbia ou simplesmente porque estou farta de gente estúpida.

2 de março de 2017

Atormentada

Há alturas em que a nossa mente divaga, porque vive atormentada…
Há alturas em que simplesmente não somos nós, e preferimos estar sós…
Há alturas em que a mágoa nos consome, talvez seja fome.

Devia estar louca quando pensei emagrecer.

26 de fevereiro de 2017

Meia maratona de Cascais 2017

Hoje foi o dia! Hoje foi a aventura! Hoje foi brutal :)

Voltei a repetir a minha proeza de outros tempo, mas sem tempo, sem metas, sem desafios… Apenas e só, com o desejo de conseguir que quem me acompanhava nesta aventura chegasse também ao fim (já que a metade da minha laranja – aka a laranja inteira – a quem essa tarefa estava destinada se baldou).

Minto se disser que foi fácil, não foi. Apesar do ritmo simpático com que iniciámos a prova, estava claro para mim (até mesmo antes da partida) que o pior seria a segunda metade da mesma. E não me enganei. Porque muito mais do que as nossas pernas cansadas, os nossos músculos em sofrimento, o nosso corpo em burnout ou os nossos pulmões a saltarem pela boca, é preciso conhecer a nossa mente… e essa estava sem treino e em muito fraca forma.

Até aos 10 quilómetros, foi só mais um dia de corridinha, com o ritmo a que já nos habituámos, mas a partir daí era toda uma caminhada no desconhecido e isso não ajuda. Mas ri, pulei, brinquei, ri mais, apanhei sol, e sim, também me cansei (só que não foi o mais expressivo).


Os números falam por si. E nunca pensei que me sentisse tão contente e tão orgulhosa do meu pior resultado de sempre. Adorei fazer esta prova, neste registo.

Obrigada por não teres desistido de ti, por teres lutado contigo e com as tuas fraquezas, por te teres desafiado, por teres ido mais longe. E por me teres permitido (acho que nem tinhas outra hipótese) testemunhar isso tudo. Parabéns!

14 de fevereiro de 2017

Abrigo - Filipe Pinto


Porque há dias em que me bate uma saudade imensa das minhas músicas, ou de outras músicas com um tom de PODER mais avassalador. Porque gosto do suposto uníssono que coloca o coração a bater mais rápido, porque faz vibrar o meu ser e porque me faz feliz (mesmo que a felicidade seja tanta que acabe a transbordar pelos olhos).

12 de fevereiro de 2017

9 de fevereiro de 2017

Constatações

“Pois naquele reino tão, mas tão distante, aquele que fica lá longe, longe, mas bué longe, ainda para lá de "nenhures", onde só entra quem tu queres... Onde estás tu, sentada num calhau, à sombra de um sobreiro, com uma mão dormente e gélida, por causa da Abadia de pressão que tens na mão, tão fria que se ouve daqui o "tilintar" dos teus dentes a cada trago que dás (ou será o ranger de dentes, por coisas que te incomodam!?)…

Continuando, ainda sentada num calhau, com uma sweat com capuz vermelha, umas calças de ganga à boca de sino (com adereços metálicos nas bainhas) e uns ténis cor de rosa e pretos (na volta para saíres do reino bué, bué longe, em caso de emergência... ou simplesmente por solicitarem a tua presença!).”

31 de janeiro de 2017

Chuva no Mar – Carminho feat. Marisa Monte

Coisas transformam-se em mim
É como chuva no mar
Se desmancha assim em
Ondas a me atravessar
Um corpo sopro no ar
Com um nome p’ra chamar
É só alguém batizar
Nome p’ra chamar de
Nuvem, vidraça, varal
Asa, desejo, quintal
O horizonte lá longe
Tudo o que o olho alcançar
E o que ninguém escutar
Te invade sem parar
Te transforma sem ninguém notar
Frases, vozes, cores
Ondas, frequências, sinais
O mundo é grande demais
Coisas transformam-se em mim
Por todo o mundo é assim

Isso nunca vai ter fim



25 de janeiro de 2017

Assim se escreve FUTURO

P e A, PA;

P e A, PA com um U, PAU;

P e A, PA, com um I e um O, PAIO.

Podiam ser palavras soltas, recordações de criança que aprende as primeiras letras, podiam ser saudades de realidades que já não são a minha… Só que não!

11 de janeiro de 2017

O reinado

“Era uma vez uma ex-princesa que vivia num reino muito estranho, pois nessa terra distante todos os aldeões viviam de cabeça baixa e ar soturno. A ex-princesa não podia ser excepção e quando sucumbia à tristeza chorava, chorava, chorava durante horas e as suas lágrimas chegavam a fazer covas no chão e formar riachos que começavam aos seus pés e seguiam imponentes pelos campos fora.

Nesse reino, viviam três cavaleiros destemidos, o Alto, o Baixo e o Domeio, também de cabeça baixa e ar soturno, mas que conheciam bem os poderes do sorriso da ex-princesa. Apesar de ser um segredo muito bem guardado, porque só era conhecido por quem ousava penetrar na floresta mais escondida e tenebrosa do reino, os três cavaleiros tinham alcançado a sabedoria e sabiam que o sorriso da ex-princesa, para além de ser lindo e maravilhoso, tinha propriedades medicinais e a capacidade de contagiar todos em seu redor.

O cavaleiro Domeio já tinha encontrado uma passagem secreta para fugir do reino e andava cansado demais para fazer o que quer que fosse com essa sabedoria. O cavaleiro Baixo achava que tudo era uma questão de tempo e o sorriso da ex-princesa iria despoletar por si só quando menos se esperasse, até porque gastava toda a sua energia a tentar seguir o rasto do Domeio para tentar a sua sorte num reino distante. Só o cavaleiro Alto se mantinha ali e tentava, a todo o custo, arrancar sorrisos à ex-princesa, na esperança de a salvar de todos os males do reino e voltar a viver num reino de pessoas felizes.”

5 de janeiro de 2017

O amor é assim – HMB ft. Carminho

Eu não sei se algum dia eu vou mudar
Mas eu sei que por ti posso tentar
Até me entreguei e foi de uma vez
Num gesto um pouco louco
Sem pensar em razões nem porquês

O amor é assim
Pelo menos pra mim
Deixa-me do avesso
Tropeço, levanto e volto pra ti
O amor é assim
Pelo menos pra mim
Deixa-me do avesso
Tropeço, levanto e volto pra ti

Eu não perco a esperança
Espero a bonança
E nela avança o mesmo amor
E o tempo é companheiro é bom parceiro
E até já nos sabe a cor
E as voltas que embora nos traça e desenlaçem
Leva-nos para onde for
Insiste, persiste, não sabes o fim
Mas assim é (…)