Aqui e agora
Há lugar para todas as maluqueiras...
9 de dezembro de 2024
Amor próprio
4 de dezembro de 2024
O amor maior (4 anos depois)
29 de novembro de 2024
O não "Dia D"
Neste momento, sou uma mulher com demasiados créditos em aberto (aos olhos do Banco de Portugal), todos associados a uma conta do Banco Montepio, que já nem uso. Com um contrato de água, numa casa onde não vivo e com o IMI, acabado de liquidar, de uma casa onde nem vivi até ao fim de 2023.
Neste momento, sou também um mulher com uma vontade gigante de mandar tudo para um sítio onde o sol não brilha e alcançar os meus direitos à força bruta (desliguem a água e ofereçam a casa em hasta pública, que é para o lado que eu durmo melhor) mas, aquela veia que eu achei que não tinha e nunca ia ter, a de mãe, fala mais alto, não quer que falte nada à minha pequena cria e contém os meus impulsos.
Amanhã, poderia ser o dia da escritura da minha futura nova mansão (leia-se apartamento em miniatura para viver sozinha com a minha Princesa) mas não é. Infelizmente! Ainda assim, eu celebro-me porque fiz tudo o que podia para que isso acontecesse e sei que não vai acontecer porque a inércia é uma bela porcaria e faz efeito onde menos faz sentido.
Claro que todo este cenário, chega também com aqueles sermões lindos... "Se sempre foi assim porque é que achaste que agora ia ser diferente", "porque é que ainda acreditas que as pessoas vão ter iniciativa sem serem provocadas", "sempre foste tu a tratar de tudo"... E eu juro que dispensava estes discursos e estas frases feitas, por muito que possam vir carregadas de razão.
Nunca fui aquela que vê o lado bom das pessoas, sou pessimista por natureza, mas acredito em reabilitações e segundas oportunidades (ou não teria o melhor cunhado do mundo sempre pronto para tomar conta de mim). Acredito que todos temos dois dedos de testa para perceber quando continuamos, mesmo que involuntariamente, a impedir alguém de seguir o seu caminho. Portanto, também nos cabe a nós fazer diferente.
E sabem que mais!? Vou só ali aproveitar a Black Friday para comprar os pequenos eletrodomésticos todos que irei precisar. O "Dia D" não é amanhã mas, sem dúvida, já faltou mais.
20 de novembro de 2024
O irmão do meio, o rapaz mais velho
Olá, pessoas giras!
Conheci o Bruno no auge da minha inocência, de menina do campo, deslumbrada com o irmão mais velho (lindo que dói!) do coleguinha de escola. Apaixonava-me por aquelas boleias para a escola, em que ele sorria no banco da frente e se fingia indiferente à minha paixoneta infantil.
Não me dei conta, quando o cancro o "atropelou" pela primeira vez... Porque não lhe roubou nunca o sorriso do rosto, nem lhe tirou o brilho no olhar. Acho mesmo que só percebi que a vida não estava a ser meiga com ele quando chegou a altura em que decidiram amputar-lhe a perna. Para ele, foi apenas uma troca "ok, eu dou a perna mas fico com a vida". Ele re-aprendeu a andar, adaptou-se à prótese e continuou a sorrir, igual a ele próprio.
Entretanto, os cancros foram-se sucedendo uns aos outros... Talvez umas metástases perdidas, escondidas atrás de uma qualquer orgão menos adepto das quiomio / radioterapias, talvez uma recidiva inesperada. E ele combateu todos, dava o peito às balas e sorria, enquanto o corpo sofria.
O Bruno era o nosso Suíço mas, no fundo, ele era do mundo. Ele procurou o código postal que lhe permitiu sentir-se melhor consigo e, nos últimos tempos, espalhava charme por terras algarvias. Foi por lá que foi encontrado caído na rua, em paragem cardio respiratória, e é apenas isto que se sabe.
A minha vontade continua a ser abanar a cabeça e dizer que não, que não é verdade, que não pode ser, que a vida não seria assim tão injusta... Mas não vai adiantar de nada. Ele partiu, descansou e eu não tenho a menor dúvida que ele deixou um pouco de si em cada alma que teve a felicidade de cruzar o seu caminho.
12 de novembro de 2024
WebSummit 2024
2 de novembro de 2024
A procurar o mesmo que a Alice
23 de outubro de 2024
1 de outubro de 2024
26 de setembro de 2024
Já não falta tudo
Olá, pessoas giras!
Hoje, apesar de não ser sexta-feira, é um dia bom, é dia de leveza e elevado estado de espírito. E sim, eu sei que esse não tem sido o sentimento das últimas partilhas mas a vida está a mudar e, em breve, poderá recomeçar (já se vê a luzinha ao fundo do túnel e, desta vez, eu confio que não é um comboio).
Ontem foi, finalmente, dia de formalizar as partilhas pós divórcio e assinar papelada. Portanto, sou quase quase uma mulher com a folha limpa no Banco de Portugal (podia ser já hoje). Apesar de toda a espera e todo o stress que um evento desta natureza acarreta, fiquei feliz e até consegui fazer conversa de circunstância e piadas secas (houve um pedacinho de mim que também esteve presente).
Mais engraçado é perceber o pânico familiar por partilhar estas conversas... Como é que se explica a alguém que independentemente das escolhas que fazemos e do rumo que damos à nossa vida amorosa, as pessoas do passado não nos são indiferentes? E que, neste caso específico, vamos ter juntos um projeto para a vida?
"Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós." (Antoine de Saint-Exupery)
Hoje começa a saga de voltar ao mercado (imobiliário), só para perceber que Grândola agora é quase Comporta e o valor das habitações está total e completamente inflacionado. Simultaneamente, para perceber que um dos imóveis disponíveis na categoria dos mais interessantes é exatamente no prédio ao lado daquele em que vive o ex-marido. HAHAHAHAHAHAHA. Não vai acontecer!
Um dia de cada vez, uma pesquisa de cada vez, uma tentativa de cada vez... Aos poucos isto vai lá.
24 de setembro de 2024
1 ano de Mintos
Olá, pessoas giras!
Há um ano atrás, decidi armar-me em pessoa capaz e entendida (já que nessa altura já tinha adquirido o desejo profundo de me reformar antecipadamente) e decidi explorar uma plataforma de P2P (um tipo de investimento em que emprestamos o nosso dinheiro a empresas que emprestam dinheiro a terceiros).
Naquela altura, era uma pessoa da classe média, com um bom emprego, casada, com um marido também a trabalhar e uma casa quase paga, senti que podia sonhar um pouco e correr o risco de investir 25 euros mesmo que nunca os voltasse a ver.
Lembro-me de explorar a plataforma da Mintos como se fosse um "burro a olhar para um palácio", com a perfeita noção que as taxas de retorno altíssimas que eles apresentam estão também associadas a um nível de risco gigante (é um daqueles casos de pescadinha de rabo na boca, se a pessoa a quem o dinheiro foi emprestado não paga, a empresa a quem emprestamos o nosso dinheiro também não nos paga).
A experiência foi gira e excitante, no início, e rapidamente se tornou rotina. Toda a gente diz que não devemos andar todos os dias a controlar os nossos investimentos mas a verdade é que não somos todos iguais e aquilo que funciona para uns pode não funcionar para outros.
A FIRE, do blog Dama de Ouros, diz que este tipo de investimentos é como sushi - "ou se ama ou se odeia" - e eu, até certo ponto, concordo com ela (só porque ela não gosta de sushi). Eu fui experimentando a plataforma aos poucos, fiz investimentos parvos, fiz compras idiotas, explorei a loucura do mercado secundário, consolidei conhecimento e apaixonei-me perdidamente!
Hoje, não passo um dia sem entrar na plataforma para reinvestir o valor que entretanto vai ficando disponível e digo, com orgulho, que apesar das taxas malucas que eles oferecem (até porque o dinheiro que investi não entrou todo na mesma altura e não me dou ao trabalho de fazer uma análise cêntimo a cêntimo), passado um ano tenho uma taxa de retorno efetiva de 8%. Tendo em conta que o primeiro ano é aquele em que se fazem as maiores asneiras, sinto-me brutalmente feliz com este número.
Entretanto, a plataforma cresceu e alargou a abrangência do negócio, agora tem também a possibilidade de investirmos em obrigações, imobiliário e ETFs (conceitos que há dois anos eu não fazia a menor ideia do que representavam fora do departamento da gestão e poupança do Novo Banco) e eu continuo a explorar todo este mundo (apesar de a vida ter mudado completamente e agora saber que não posso correr o mesmo tipo de risco porque preciso de cada cêntimo para comprar a minha futura habitação permanente).
E, pela primeira vez, ainda que sinta que sem necessidade, vou fazer o disclaimer que mais leio nos últimos tempos, porque sei bem que é assim que este mundo dos investimentos funciona: nada disto representa aconselhamento financeiro, é apenas a minha opinião isenta sobre a plataforma.
Se quiserem experimentar por vossa conta e risco, deixo aqui o meu referral link, que só me daria direito a alguma coisa (50 euros) e a vocês também (50 euros + 1% do valor médio investido nos primeiros 90 dias), caso decidissem investir pelo menos 1000 euros nos primeiros 60 dias, o que para alguém que começa a explorar este mundo é algo que muito dificilmente acontece.