18 de fevereiro de 2025

Passatempos

Olá, pessoas giras!!
A minha falta de paciência atingiu máximos históricos para os últimos meses e nem me apeteceu passar por aqui.
Oficialmente na casa nova, iniciei um processo de "autoconhecimento". [Dizem que o primeiro passo para uma relação saudável é gostarmos de nós mesmos e eu decidi voltar a conhecer a pessoa que vai estar sempre comigo.] 
Há malha e agulha para aprender crochê; há máquina de costura, linhas e panos para aprender a costurar; há mandalas e lápis para pintar; há livros começados a ler em quase todas as divisões da casa; há papel, cola, tesoura e material diverso para em dedicar aos trabalhos manuais... Só não há vontade. Hihihihi.
Até o equipamento de corrida já vive todo no mesmo espaço e continua sem sair à rua.
Curiosamente, o meu hobbie favorito agora é ser mãe. [Quem diria que isto ia ser possível!?] Um hobbie novo, que exige planeamento, disponibilidade, entrega e tem recompensas fenomenais 😉

12 de fevereiro de 2025

Um pequeno T3

 Olá, pessoas giras!!

No passado fim-de-semana, iniciou-se por aqui uma nova etapa na vida: é oficial, duas miúdas giras partilham um novo apartamento.

A felicidade anda no ar, o bom humor e a boa disposição. Vida podes vir com tudo que agora nós estamos prontas!!

Uma nova fase de deslumbramento e paixão assolapada começou, trouxe de volta o brilho no olhar e a felicidade das pequenas coisas [se me dissessem que ia delirar por voltar a ouvir a música da máquina de lavar roupa ou estender roupa na super mini varanda, juro que não ia acreditar].

Constatação do óbvio: precisava voltar a ser eu! Voltar a ter vida nos meus horários, colocar a cria a dormir e orientar as cenas da casa, ter o meu espaço, olhar para a decoração minimalista e perceber que voltou a ter tudo a minha cara (excepto as foleirices que a minha irmã escolheu para a sobrinha).

Aqui eu já sou muito mais feliz 😍

10 de fevereiro de 2025

Como (não) usar um fogão

Era uma vez uma menina que conseguiu comprar um gigante e luxuoso T3 (ou se calhar era só um apartamento miniatura e modesto mas também não importa nada), com a melhor vista de sempre e uma orientação brutal (uma mega janela voltada para a vista e para o sol).

Nesse apartamento, existe um quarto da Frozen, com todas as mariquices e foleirices necessárias para fazer uma pequena Princesa feliz. Existe na sala, um canto de brincar e uma mesa de atividades. Existe um escritório onde se trabalha demais e se colocam lembretes para tudo e mais um par de botas. E, na sala, uma televisão com Youtube, Netflix e Spotify.

Certo dia, a menina decidiu fazer o jantar...

[Quem disse que voltar a ser responsável pelas próprias refeições, depois de mais de um ano sem usar um fogão sem supervisão, estava muito enganado.]

Ao tentar acender o bico do fogão, a menina percebeu que não existia um isqueiro embutido nem nada do género (Como assim!? Não é suposto os fogões ligarem sozinhos!?). De seguida, percebeu que não havia nenhum som no fogão, ou seja, não havia saída de gás. E lá se iniciou a aventura. Primeiro, foi necessário descobrir a torneira de segurança do gás e abrir a mesma para desbloquear o assunto. Depois... Sabes que bateste no fundo do poço quando abres a água quente, para accionar o esquentador e sacas de um palito para queimar e levar a chama até ao fogão 😆

15 de janeiro de 2025

Energizar

Olá, pessoas giras!

A música foi, é e será sempre o meu maior consolo. Estou ansiosa pelo dia em que vou ligar uma coluna, a uma qualquer playlist idiota, para dançar como se não houvesse amanhã, na MINHA casa.

Quer seja a música brasileira que a minha irmã ouve, a música portuguesa alternativa que o meu sobrinho escolhe, a rockalhada que faz o meu cunhado vibrar, o cante alentejano que partilho com a Catarina ou as 50 mil vibrações do Universo. E até pode ser para ouvir de phones! Desde que seja para sentir com cada pedacinho do meu ser. Cada célula, cada osso, cada... Tudo! Agitado e movido, ao sabor do som.

8 de janeiro de 2025

Eu... Aos olhos do ChatGPT

 Olá, pessoas giras!

A minha empresa atual tem uma fixação qualquer que eu não consigo explicar com o ChatGPT e as ajudas que o mesmo nos pode proporcionar. Eu não sou propriamente fã (porque acho que o meu cérebro funciona bem e requer uso, em vez de atalhos) mas resolvi dar a esta ferramenta uma oportunidade.

Abri o ChatGPT e pedi-lhe que me falasse sobre a autora deste blog... Tendenciosa me confesso, portanto, vou partilhar aqui o feedback.

"A autora do blog Maluqueiras Onde Calhar é uma pessoa que prefere manter um certo grau de anonimato. No entanto, ela se revela através dos seus textos, que combinam um tom pessoal, irreverente e por vezes introspectivo. No blog, ela escreve de forma descomplicada e muitas vezes humorada, abordando uma ampla gama de temas, como reflexões sobre a vida, experiências cotidianas, cultura pop, e até temas mais profundos ou filosóficos. O nome do blog já sugere essa característica de falar sobre "onde calha", ou seja, sobre tudo o que surge sem grandes formalidades ou preocupações.

Embora não haja muitas informações públicas sobre quem ela é fora do seu espaço online, o que se sabe é que ela se dedica a criar uma conexão genuína com seus leitores. A autora tem um estilo de escrita bastante acessível, que é uma das razões pela qual muitas pessoas se sentem atraídas para o seu blog, criando uma espécie de comunidade em torno dos temas que ela propõe.

A sua voz no blog é autêntica, com uma mistura de sarcasmo e sensibilidade, o que permite que ela se destaque entre outros blogs mais formais ou especializados. Em alguns posts, ela faz uma crítica às convenções sociais, enquanto em outros compartilha experiências mais pessoais, como lutas emocionais ou a busca por sentido no cotidiano.

Se você gosta de blogs pessoais que falam de forma honesta sobre a vida, o blog da autora pode ser uma boa escolha. Ela consegue transmitir sentimentos reais de forma simples e direta, e é justamente essa autenticidade que torna o seu trabalho interessante para quem acompanha.

Se tiver mais curiosidade sobre algo específico sobre a autora ou o conteúdo do blog, posso tentar ajudar mais!"

Impossível não esboçar um sorriso ao ler isto: "tom pessoal, irreverente e por vezes introspectivo", "a sua voz no blog é autêntica, com uma mistura de sarcasmo e sensibilidade", "crítica às convenções sociais" e "lutas emocionais ou a busca por sentido no cotidiano". Nem eu faria uma síntese tão certeira.

Muitos parabéns, ChatGPT!

7 de janeiro de 2025

(Outro) Brinquedo Novo

Foi no final do ano que entraste na minha vida, quase como prenda de Natal antecipada, e (embora te tenha escolhido) não sei bem como aconteceu. Estiveste ali à espera, no teu canto, sem deixares que eu me esquecesse que existias mas sem te impores. Eu senti, e ainda sinto, que não estava pronta para ti, que estava demasiado a acontecer na minha vida para te deixar entrar, mas sempre fui adepta de correr o risco e, no início do ano, assumi-te em pleno (ainda nem sei como fui capaz!). Preparada ou não, fiz o corte e limpei o que estava para trás (ou tentei com mais afinco do que seria esperado de mim). Vamos ver o que o futuro nos reserva.

23 de dezembro de 2024

Ao fim de 2024

 Olá, pessoas giras!

A reta final de 2024 chegou, com alguns requintes de malvadez e muitas histórias mal resolvidas, portanto, é chegada aquela altura fantabulástica de fazer balanços, de olhar para trás e perceber que este ano foi só mais um de montanhas russas brutalmente intensas mas com saldo francamente positivo.

Neste ano, que agora termina, perdi-me de mim... Entre batalhas judiciais, aspirações pendentes de 2023 e exigências da vida, entrei numa espiral descendente de "viva la vida loca" e vi jeitinhos de nem perceber os meus desejos para o dia de amanhã.

Iniciei o ano a viver em casa dos meus pais e cedo percebi que não era vida para mim. Adoro-os mas temos objetivos diferentes, formas de ver a vida diferentes e, ainda por cima, não quero educar a minha filha como eles me educaram a mim (não que tenham feito um mau trabalho, porque todos os pais fazem o melhor que podem com aquilo que têm ao alcance). Portanto, numa tentativa de fuga, comecei a viver a vida em modo semana sim, semana não, com criança em casa dos pais, sem criança em cada da mana.

No Carnaval (sim, eu adoro o Carnaval, vou sempre gostar de Carnaval e amigo não empata amigo, podem ficar todos em casa a fazer frete que se eu puder, vou mascarar-me e rir até de manhã), a minha vida mudou. Conheci um mundo de gente gira e simpática e percebi que o mundo da vila não é feito só de lavradores e caçadores betinhos (até na sede dos Piratas do Inferno eu fiz amigos).

Nos meses seguintes, seguiu-se a saga do divórcio e tentar explicar a uma alminha que depois do divórcio é preciso tratar das partilhas, que de nada serve um papel do tribunal a dizer que já não tens um vínculo com aquela pessoa se continuam a partilhar as contas e a casa onde ele vive também é tua. Felizmente, "só" foram precisos 5 meses e umas 50 amigas coloridas para ele "ceder". Sinto que nestes meses não tive capacidade para mais nada, mesmo tendo mudado de emprego, porque me sentia a empurrar a vida com a barriga.

Em Outubro, mesmo sem as responsabilidades parentais da Princesa resolvidas, senti que tinha subido na vida, que estava pronta para enterrar o machado de guerra e ser eu. Mas ninguém disse que a vida burocrática era fácil e vou terminar o ano amarrada a um crédito habitação de uma casa que não me pertence porque a inércia de quem devia tratar disso é gigante.

Nestes últimos dois meses, voltei a sonhar. A ambição de ter o meu próprio cantinho voltou, o desejo de ter os meus horários e voltar a fazer as coisas de que gosto e que me faziam feliz. Entretanto, a batalha pela guarda da Princesa também ficou fechada (lá convenci a família que a residência alternada pode não ser a melhor coisa do mundo mas pai e filha pertencem à vida um do outro) e ganhei mais 50500 kgs de paz de espírito.

Portanto, deixo muita vida chata em 2024 e estou pronta para abraçar o mundo no novo ano. Ano novo... Cabelo novo, lentes novas a tempo inteiro e, quem sabe, a vida nova de que tanto falam. 2025 vem com tudo que eu estou mais do que pronta 😉

9 de dezembro de 2024

Amor próprio

Olá, pessoas giras!

Hoje a minha divagação leva-me diretamente para o amor próprio. Dei por mim a pensar qual foi o momento da vida em que deixei de gostar de mim.

Por diversas vezes, ao longo da vida, damos por nós a sentir que batemos no fundo (o que nem é assim tão mau porque a partir dali só pode melhorar). Eu, com a veia pessimista a fazer das suas, já nem me preocupo por estar no fundo do poço, porque acho que isso é uma constante, e entrei na fase em que me incomoda imenso sentir que arrasto comigo quem se cruza no meu caminho.

O meu doutorzinho disse-me que a única coisa de que necessito para me orientar é um espelho... E colocar o foco nas coisas boas (se me esqueço da chave de casa apenas uma vez no mês, porque tem isso mais valor do que as outras vezes todas em que me lembrei!?). Será que alguém lhe pode explicar quão complicado isso é para uma taurina pessimista?

A verdade é que não ando a cuidar de mim como devia, nem a ouvir-me nem a respeitar-me (e agora que penso nisso, questiono como nem percebi o "peso" desta bola de neve). Mas é difícil fazer diferente.

Sinto e sei que "é uma fase", que ter o meu próprio espaço vai fazer diferença, que andar entretida a limpar energias e harmonizar espaços me vai encaminhar para o que verdadeiramente importa... Podia era ser tudo para ontem e eu não estar simplesmente à espera da vida acontecer, enquanto destruo mais umas células da já reduzida auto estima.

Há um trabalho duro a ser feito, uma caminhada de descoberta que se antevê longa e uma esperança ténue de conseguir voltar ao meu eu de 2012 quando aluguei casa na Amadora (com telemóvel só para mensagens e chamadas, sem TV, a exercitar-me e a viver numa casa praticamente vazia).

Graças a todas as energias do planeta, sonhar é grátis 💪

4 de dezembro de 2024

O amor maior (4 anos depois)

Há 4 anos, por esta hora, já tinha escolhido os produtos da L'Oréal que queria comprar com desconto (numa campanha interna da empresa em que trabalhava na altura), diretamente da cama do hospital; já tinha amaldiçoado os quilos de oxitocina ganhos na noite anterior, num pseudo jantar de Natal (em tempos de COVID), com pessoas que nem me tinham visto grávida; já tinha melgado a minha doula de coração, para desabafar a desistência ante a epidural ("se ela vai nascer só de manhã, quero drogas para descansar durante a noite").

Há 4 anos, estava longe de saber o que me esperava e ansiava que, com o esvaziar da barriga, fosse inundado o coração. E não foi assim. Fiquei só tremendamente feliz porque não achei feio o bebê que tinha em cima de mim, coberto em gosma e com o cordão umbilical a limitar os movimentos.

Há 4 anos, se me dissessem que ia ver os vídeos dela de bebê e olhar com ternura para os primeiros passos e para o sorriso rasgado, não ia acreditar. Ter uma criança nos braços é intenso e avassalador, é aquela sensação de que aquela vida, naquela fase, depende em tudo de nós e o "nós" deixa de ter lugar porque ela é tudo.

Há 4 anos, ela não tinha uns caracóis lindos de morrer (ali debaixo também existirão muitas histórias para contar), não dava abraços apertados para que o coração dela batesse "dentro" do meu, não dizia "tive tantas saudades tuas" nem o "gosto tanto de ti". Mas já tinha o feitiozinho da mãe e fugiu-me logo dos braços nos primeiros minutos, ou não tivesse ela trocado os planos todos e nascido 4 semanas antes.

Há 4 anos, não sabia o que era amar (amar a sério a sentir que dás tudo para ver a outra pessoa feliz)... Mas agora sei! 

Estou grata por me mostrares isso em cada dia que vivemos juntas, mesmo quando não queres ser mais minha amiga (porque não digo só que sim a tudo). A mãe é tua "e de mais ninguém"!

Parabéns, meu amor!