30 de agosto de 2014

Fado da Procura – Amélia Muge

Mas porque é que a gente
Não se encontra?
No Largo da Bica
Fui-te procurar
Campo de Cebolas
E eu sem te encontrar
Eu fui mesmo até
À Casa do Fado
Mas tu não estavas
Em nenhum lado

Mas porque é que a gente
Não se encontra?

Mas porque é que a gente
Não se encontra?
Já estou sem saber
O que hei-de fazer
Se seguir em frente
Ai Madre de Deus
Se voltar atrás
Ai Chiados meus
E o rio diz:
Que tarde infeliz

Mas porque é que a gente
Não se encontra?

Mas porque é que a gente
Não se encontra?
Já estou farta disto
Farta de verdade
Vou beber a bica
Sentar e pensar
Ver se esta saudade
Ai fica ou não fica…

E talvez sem querer
Não querem lá ver
Sem te procurar
Te veja passar

Sem te procurar
Te veja passar

28 de agosto de 2014

“Côde” laranja

Desde a primeira vez que nos cruzámos, e já lá vai um tempinho valente, que houve qualquer coisa que me chamou para ti, foi um tipo de atracção imediata difícil de explicar, não fazias falta nenhuma na minha vida. Quando começámos a passar mais tempo juntos, tenho que ser sincera, achei-te demasiado quente (sou uma gaja da terrinha como o termostato avariado, não há volta a dar) e não estava preparada para tanto. Tive que me ir habituando a ti aos poucos e fui aprendendo a lidar com isso, não queria assumir que não servias para mim. Recentemente, surgiu a oportunidade de passar um fim-de-semana contigo e resolvi arriscar… Felizmente! Era só contigo que me sentia verdadeiramente bem, naqueles momentos podia ser eu mesma e fizeste-me sentir segura, aconchegaste-me…

Adoro o meu saco-cama “côde” laranja!

22 de agosto de 2014

Instrumentos

Numa loja de música, há uma sala enorme com vários instrumentos que apesar de parecerem deixados ao abandono, amontoados pelos cantos, são usados regularmente e, de modo mais ou menos eficaz, todos espalham a sua magia.

Nessa sala, até pelo mais distraído dos observadores, é possível identificar que sete dos instrumentos têm um brilho especial (três guitarras, um bandolim, um contrabaixo, um bombo e uma pandeireta).

Certo dia, um cliente assíduo da casa e certamente com voto na matéria, revoltado por ver os instrumentos de brilho especial misturados com todos os outros, insurgiu-se e disse: “Quero um desses sete para fazer um solo só para mim! Agora escolham qual vai ser.”

O contrabaixo, o único dos sete instrumentos que não tinha ouvido a conversa, desapareceu (sabe-se agora que foi de férias para baixo dos outros intrumentos da sala e ninguém o conseguiu encontrar). O bombo tremia de medo mas sorria por dentro, tinha visto o olhar que o cliente lançara à pandeireta e não conseguia deixar de pensar que estava safo, sentia que ela era a favorita. A pandeireta também vira aquele olhar, panicou, esqueceu o bom senso e confrontou uma das guitarras.

P – Ouve lá, não faz sentido nenhum este solo ser meu, eu ainda estou muito verde, sou só redonda, a minha pele ainda está muito esticada e as minhas soalhas até estão desafinadas… Na minha humilde e tendenciosa opinião, o solo devia ser do bandolim (eu sei que ele não está para se chatear com isso, que já não precisa provar nada a niguém, mas sempre era um solo mais encantador) ou então de uma de vocês as três que são tão harmoniosas!

G – Claro que sim, tens toda a razão. Não te preocupes, vamos decidir entre nós e um de nós fará o solo, sem stress!

No dia seguinte, o cliente voltou à loja, entrou na sala grande e, como não lhe tinha sido comunicada decisão nenhuma (porque esta ainda não existia), informou: “Venho buscar a pandeireta!”

Moral da história: Se a pandeireta não tivesse brilho estava safa! Smiley mostrando a língua

20 de agosto de 2014

MA nas Festas do Mar

Hoje era dia de “prantar” aqui uma musiquita bonita para marcar as Festas do Mar deste ano… Mas a verdade é que fiquei confusa.

Não tenho uma Dona Laura na minha vida mas certamente que vou ser tão Dona Irene como ela (as evidências são cada vez mais flagrantes, troco a novela por uma série qualquer e está feito); os homens têm todos os defeitos do planeta mas isso já não é novidade aqui para o blog; “dava-se outro acaso assim e tu gostavas de mim” (e não, eu não sabia que a letra era deste senhor); e a pica que o pica do 7 me dá mesmo que eu só ande de metro… Nada ajudou!

Portanto, simplificando, fui só ali até Cascais ouvir o Miguel Araújo e já percebi que os bons momentos se guardam no coração… e se vivem / partilham in loco! Obrigada!

17 de agosto de 2014

Please Forgive Me

Neste momento, a única coisa que me ocorre é chacinar uma musiquita do Brian Adams…

Please, forgive me
I know not what I do
Please, forgive me
I can't stop loving…
[my weekends with you!]
Don't deny me
This pain I'm going through
Please, forgive me
If I need you like I do
Please, believe me
Every word I say is true
Please, forgive me…
[If I changed you for something new]

13 de agosto de 2014

Conversas que nunca existiram mas deviam #3

O: Mas afinal de “quem” é que tens saudades?

G: E a chave do Euromilhões? Não dava jeito também?

12 de agosto de 2014

Sentido

Com sentido ou sem ele, sou uma mulher de luas. Hoje está bem, amanhã não está; hoje é preto, amanhã quero branco; um dia a direita, outro dia a esquerda; um dia musiquitas sussurradas, outro dia black metal com o volume no máximo… Sou uma mulher de luas.

Sou uma mulher de luas, portanto, viver de marés também me parece uma coisa normalíssima. O meu mar agora está permanentemente agitado, como se fosse um copo no meio de uma tempestade pronto para transbordar a cada instante… Sou uma mulher de luas ou de marés!?

Felizmente, amanhã começam as férias (não as minhas que essas estão em espera para que eu possa ter tempo para a lua e para as marés e para que elas possam ser todas minhas e só minhas)!

8 de agosto de 2014

Pedro Abrunhosa - Grandes Concertos do Estoril

Tu tens o diabo no corpo, és um mundo com mundos por dentro e eu ñ sei quem te perdeu [só adivinho], chamo por ti na sombra das ruas e peço: toma conta de mim, ñ desistas de mim! Pede-me um momento porque é preciso ter calma e a tempestade há-de passar mas amanhã é sempre tarde demais e o importante é que nunca caiam as pontes entre nós :) Hoje/ontem eu fiz algo que nunca tinha feito!

2 de agosto de 2014

Significado “estar de volta”

Acho que estou de volta…

O silêncio da minha mansão diz que sim, a minha cama, as minhas almofadas, o meu quarto em escuro absoluto e a minha chaise longue dizem que sim, não há criancinhas na mesma divisão da casa do que eu (mas a Joaninha e o Joãozinho continuam a viver no prédio ao lado, no quarto colado com o meu) e o “meu” ginásio que mal vejo também diz que sim... Parece que estou de volta.

A minha cabeça ecoa o caos laboral, portanto, estou de volta! Faço filtros mentais a torto e a direito, filtros sem sentido, filtros inconscientes na tentativa de “desligar” e dou por mim a pensar em coisas ainda mais idiotas, que volte o caos laboral (a azáfama, o stress, as corridas permanentes contra o tempo, os 50500 relatórios e pontos de situação, eu e o Rui a cantarmos Tiago Bettencourt um para o outro).

Ao menos o meu relógio biológico sossegou. Ele que sempre esteve tão quietinho andava a dar voltas para trás (muita criançada à minha volta muito tempo), mal voltou ao trabalho percebeu logo que o melhor mesmo era dar voltas para a frente e sair para a rua à procura de voluntários... Mas não se preocupem nem se entusiasmem, o meu relógio biológico sossegou.

Alguns dos amigos com código postal favorável também já me mostraram que estou de volta, para ouvirem os meus relatos hilariantes (ou não!) ou simplesmente para se aperceberem que estou presente mas os meus pensamentos vagueiam a mil à hora bem longe dali enquanto deixei o meu olhar focado no vazio. Amiguinhos, “é normal!” “depois passa” e “vamos dar tempo ao tempo”.

Ainda assim não estou bem certa de estar de volta… As rotinas de agora não são minhas, nos pequenos detalhes não sou eu, estas decisões de menina crescida e responsável não são minhas… O melhor mesmo é aproveitar este modo de “piloto automático” e ir voltando aos poucos Smiley mostrando a língua

1 de agosto de 2014

Home – Chris Daughtry

I'm staring out into the night
Trying to hide the pain
I'm going to the place where love
And feeling good don't ever cost a thing
And the pain it feels a different kind of pain

I'm going home back to the place where I belong
Where your love has always been enough for me
I'm not running from.
No, I think you've got me all wrong
I don't regret this life I chose for me
But these places and these faces are getting old
So I'm going home
Well I'm going home

The miles are getting longer it seems
The closer I get to you....
I've not always been the best man or friend for you
But your love remains true and I don't know why
You always seem to give me another try

I'm going home back to the place where I belong
Where your love has always been enough for me
I'm not running from.
No, I think you've got me all wrong
I don't regret this life I chose for me
But these places and these faces are getting old

Be careful what you wish for
'Cause you just might get it all

You just might get it all
And then some you don't want
Be careful what you wish for
'Cause you just might get it all
You just might get it all, yeah

I'm going home back to the place where I belong
Where your love has always been enough for me
I'm not running from...
No, I think you've got me all wrong
I don't regret this life I chose for me
But these places and these faces are getting old
I said these places and these faces are getting old
So I'm going home
I'm going home