29 de outubro de 2013

Quatro dias

Agora já não me parecem quatro looooonnnggooss dias… Foram promovidos a um dia interminável e três dias memoráveis Sorriso

Este XIII FesTA foi o meu primeiro Festival de Tunas do Atlântico, foi a desculpa para pagar uma promessa que tinha já 4 aninhos e voltar a botar os pézinhos na linda ilha da Madeira, foi a melhor forma de iniciar este ano lectivo no que diz respeito à minha (suposta) “doença”… Dizem que a crise também chegou à organização deste excelente festival mas eu não vi nada! E só tenho a agradecer tudo aquilo que me proporcionaram durante estes quatro dias.

É terça-feira, estou longe de me sentir recuperada (os sonos continuam trocados e o regresso à rotina não dá descanso), mas trouxe nas minhas malas de eleição, a memória e a alma, carradas de coisinhas boas daquelas que costumo encontrar apenas nos festivais em que me sinto em casa, rodeada por pessoas de quem gosto. E isso sabe bem e faz-me sentir que, apesar dos momentos em que me apeteceu refugiar-me no aconchego do lar (apenas por comodismo que não me sinto velha nem cansada, estou só sem paciência), ainda vale a pena fazer certos sacrifícios.

Aproveitei e atestei a dose de abraços e gargalhadas (daquelas genuínas que damos mesmo com vontade)… Chorei quando me apeteceu, comovi-me a ouvir as musiquitas de que gosto verdadeiramente, diverti-me, sorri, actualizei-me, conversei, bebi Brisa (até pela palhinha), cantei, ganhei uma rosa da Rosa… E fui muito feliz a ver um festival sentada nas escadas de um auditório (há quem não goste mas, para mim, o corredor é o melhor lugar). Não dancei Triste Nem me enfrasquei, nem fiz o meu papel de turista!

Disseram-me o que me dizem em tanto código postal “o que acontece na Madeira fica na Madeira”, mas não é por isso que eu deixo de ser eu, igual a mim mesma, carregadinha de certezas e convicções. Portanto, este meu relato sofre apenas a minha típica censura (eu queria mesmo muito escrever que só os giraços dos solistas deram logo um brilho diferente à ilha mas é capaz de não ser de bom tom) Língua de fora

Obrigada Hugo, Marta, Félix, Vítor, Xico e tantos outros que tornaram estes dias numa experiência única com saldo francamente positivo!

24 de outubro de 2013

XIII FesTA

festa2013

Vou só ali eliminar uns items da minha lista de “coisas que ainda quero fazer” e volto já!

23 de outubro de 2013

Tomorrow is…

image

Menina Caloira – Copituna d'Oppidana (Tuna Académica da Guarda)

Menina Caloira
Tu foges de mim
Que fiz eu ao mundo
Para merecer algo assim

Teus olhos azuis
Teus olhos clarinhos
São flores do céu
São dois Danoninhos

São dois Danoninhos
Prontos a comer
Sem esses dois
Eu não posso viver

Porque não me olhas
Porque não me vês
Menina Caloira
São muitos porquês

Ooooooh! Menina!
Se eu pudesse dar-te-ia a lua
E pela vida que me resta
Gritaria o teu nome pela rua

Menina Caloira
Abre o coração
Menina Caloira
Ouve esta canção

21 de outubro de 2013

(Des)tralhar

“É desprendermo-nos das coisas de que não precisamos e viver de uma maneira mais leve. Nós, portugueses, somos muito agarrados às coisas: somos tralhistas e deveriamos ser sucateiros. O tralhista acumula, o sucateiro recicla.”

“Vivemos todos com muita tralha. Uma coisa que não está a ser usada – mesmo um livro – é um desperdício. Ocupa espaço, gasta energia e custa a guardar, limpar e transportar quando se muda de casa. A tralha sai cara.”

Estes são dois parágrafos, de uma mesma crónica,  de Miguel Esteves Cardoso que constam no livro “Como é linda a puta da vida”. Estes são dois parágrafos que me dizem muito, ou nos quais, me revejo. Estes são dois parágrafos que me “gritam” que as energias estagnam à nossa volta porque nós deixamos, acumulamos. Estes são dois parágrafos que me lembram que me cabe a mim mudar, se for esse o meu desejo.

20 de outubro de 2013

Frango agridoce com cogumelos e ananás

Há imenso tempo que não me dedicava à culinária, que isto para mim é coisa que exige tempo e dedicação, mas surpreendi-me, era uma aventura que andava a adiar mas até correu muito bem e pareceu-me digna de registo (mais que não seja para ter a receita a jeito numa próxima vez).

Ingredientes

  • 3 peitos de frango
  • 1/2 cebola
  • 4 rodelas de ananás de lata
  • 1 lata de cogumelos
  • 1 colher de sopa de farinha Maizena
  • 2 dl de calda de ananás
  • 4 colheres de sopa de polpa de tomate
  • 3 colheres de sopa de vinagre de sidra
  • 3 colheres de sopa de açúcar amarelo
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • Sal e pimenta a gosto

Preparação

Cortar o peito de frango aos cubinhos, temperar com sal e pimenta. Escorrer bem os cogumelos. Cortar o ananás e a cebola em cubos e reservar. Para o molho, dissolver a Maizena na calda do ananás. Juntar a polpa de tomate, o vinagre e o açúcar e misturar bem. No Wok (ou frigideira mais alta), deitar o azeite e levar ao lume com a cebola, até esta ficar loirinha. Juntar os cogumelos e deixar fritar. Juntar o frango e deixar cozinhar até estar dourado, mexendo sempre com uma espátula. Juntar o ananás e deixar saltear durante mais 3 minutos. Regar com o molho preparado, deixar ferver e engrossar um pouco, mexendo sempre.

Adaptado daqui só porque a Rute (por altura da feira de Agosto) deu a dica do vinagre com a calda de ananás Piscar de olho

+ Satisfação

1h 03m 11s

Portei-me muito bem nos dez quilómetros do aeroporto, mas queria menos Língua de fora

19 de outubro de 2013

Sabe bem

Já não me lembrava o que era fazer uma espera a alguém. Já não me lembrava o que era impor a minha presença a alguém. Tal como já não me lembrava como era rebolar numa cama que não a minha. E já não me lembrava o que era partilhar tudo sem ter que partilhar nada.

Gosto de ter “os meus” por perto e sentir-me perto, gosto de partilhar pequenos grandes nadas, gosto de ser apenas uma boa ouvinte quando o ideal (não sei bem para quem) seria despejar o (meu) saco, gosto de gastar assim o meu tempo, gosto de ser cúmplice e, às vezes, até gosto de ser só mais uma.

De vez em quando, gosto mesmo muito de partilhar o meu tempo a não fazer nada e gosto mesmo muito de ser uma empata (é bom sinal). Obrigada!

16 de outubro de 2013

Saltar fora

Hoje, li uma crónica deliciosa datada de Novembro de 2010 mas, como sou e serei sempre defensora da teoria “para bom entendedor meia palavra basta”, abro uma excepção e não vou partilhar (à descarada) o link da mesma.

E porquê? Porque o meu farmacêutico favorito ainda lê este blog e pode fazer uma interpretação da crónica diferente da minha e julgar-me por isso e ainda acabo na esquadra a responder a um inquérito digno de uma bela série televisiva e… Dispenso!

14 de outubro de 2013

Nasci, Sonhei, Cresci e Amei – Artur Garcia

Foi deus que dar-me quis
O doce que encontrei
Na vida que me fez feliz
Nasci, sonhei, cresci e amei
Nasci fui criança e sonhei
E à sombra de amor
Foi que cresci e me criei
Sonhei, sonho irreal
Em que era o rei
Que fez do bem seu ideal
Cresci fiz castelos no ar
Desejei ter amor
Tudo corri para te encontrar
Amei, quando te vi
E agora sei qual a razão
Porque nasci

Música: João Andrade Santos; Letra: Mª Manuela Teles Santos

Para o Sebastião…

E também para a Carolina e o Bruno que perdem hoje o direito ao uso do nome próprio para passarem a ser apenas a “mamã” e o “papá”! Piscar de olho

12 de outubro de 2013

Round 2

Não gosto muito, ou melhor, não gosto nada de assumir que não lhe dou descanso. Andar sempre a exigir mais e mais dele não fica bem, não é lógico, e eu não gosto de admitir que o faço. Até porque ele já andava a dar-me avisos subtis mas eu, gaja, não quis ver (burra!) e agora ele deixou-me ficar mal, falhou-me...

Só assim eu sirvo de cobaia para ensaiar a marcha nupcial, tenho as atenções todas para mim e reinicio o sistema (nervoso) que decidiu, pura e simplesmente, meter férias. E não consigo deixar de ouvir o Marco (o próximo cavalheiro a ingressar no clube dos casados) a perguntar-me “Mas tiveste algum stress no trabalho? Andas preocupada com alguma coisa?”...

10 de outubro de 2013

Galinha

“galinha 

s. f. e s. f. pl.

1. Fêmea do galo.

2. [Popular] Coisa muito boa ou muito fácil.

3. Má sorte. = AZAR, DESDITA, INFELICIDADE

4. [Figurado] Pessoa achacada, doentia, descorada.

5. Pessoa que faz muito espalhafato a falar.

6. [Brasil] Mulher devassa.” by Priberam

 

E a mim que me ocorre tanta definição tão menos simpática!

6 de outubro de 2013

Marcas

Conclusão brilhante da minha manhã como doméstica:

Eu até posso tirar de lá o preto, com mais ou menos dificuldade (não é importante), mas a marca já não sai! Triste

Que é como quem diz que a minha mansão está aromatizada em modo lixívia, que o meu pai tinha razão e que eu continuo a odiar paredes de estuque.

3 de outubro de 2013

Orgulho

A minha falta de auto-estima e auto-confiança sempre me tramaram na hora de sentir orgulho nas diversas conquistas que fiz... Ter acabado o cursinho nunca me pareceu um grande feito (apesar de ter sido a única da família directa a fazê-lo). Andar montada no meu “cavalo” branco (leia-se “Renault Clio”), apesar de me deixar muito feliz, também não soa a nada extraordinário. Conquistar a independência e viver sozinha pareceu-me sempre algo importante apenas para mim (talvez porque o papá se recusa a aceitar que tem esta filha com mau feitio que não pactua com as idiotices de ter uma ralação só porque fica bem mostrar alguém ao lado e faz parte daquilo que a sociedade, ainda, espera de uma jovem).

Mas quando toca a sentir-me orgulhosa pelas conquistas daqueles que me rodeiam parece-me sempre que sou das primeiras na fila.

Hoje, li o meu nome nos agradecimentos de uma tese/dissertação/relatório de estágio e, passados tantos anos desde que essas coisas efetivamente fizeram sentido (e o mais comum era agradecer-se à tuna toda para não arranjar chatices), nunca pensei que isso voltasse a acontecer.

A verdade é que, mesmo que o meu nome não estivesse lá (e eu não sabia que ia estar), foi uma leitura que me impressionou e convenceu. Senti-me num daqueles rios de ideias subtilmente encadeadas, onde tudo aparece no sítio certo e na medida adequada, sem grandes floreios, com frontalidade e humildade para reconhecer erros e a inteligência para os tornar aprendizagens relevantes e realçar aspetos positivos. Senti-me feliz por pensar que foi um trabalho muito bem conseguido e que vem defender a minha teoria de “há coisas que não se medem ao metro”.

Ainda há miúdas assim, que nascem em décadas diferentes da minha mas que me vão convencendo com o passar do tempo (e das borgas), que não desistem de mim e conseguem que eu não desista delas, com quem não consegui partilhar nem metade da caminhada (mas fiquei a assistir de perto)... Ou então, há apenas uma miúda assim, que foi minha colega no mestrado em ensino da Matemática, que me fez ler um “testamento” sobre o papel da calculadora gráfica (logo eu que sou meio alérgica à tecnologia) e eu estou muito orgulhosa porque ela conseguiu, ela venceu o preconceito da imaturidade Sorriso

2 de outubro de 2013

Farmácia

Diz-se que ontem foi noite de fados na Faculdade de Farmácia. Diz-se que os santos da casa não faz milagres. Eu sei que, há uma carrada de anos atrás, de cada vez que a Grande Noite do Fado virava prioridade lá em casa eu fazia uma birra de todo o tamanho porque tinha que ouvir “aquilo” (para não usar nenhum adjectivo idiota que possa ter pensado naquela altura). Sabe-se que eu ontem me diverti imenso, num serão calminho, à minha medida, e conheci os fados quase todos. Eu sei que gosto de fado!

Diz-se que amanhã é noite de tunas na Faculdade de Farmácia. Diz-se que as tunas da casa (A Feminina e a TAFUL) vão estar presentes com mais duas tunas convidadas (a TUIST e a Barítuna). Eu sei que, quer chova ou não, amanhã à noite o meu destino não deve ser outro. Sabe-se que há cerveja, musiquitas e as expectativas estão demasiado elevadas. Eu sei que gosto de tunas!

Assim se comemora o Dia Mundial da Música… Em excelente companhia!