31 de maio de 2013

RM

Hoje foi dia de ressonância magnética!

Diziam-me que era coisa simples, que não custava nada… “Deitas-te numa maca e depois enfiam-te numa máquina…” Claro, claro, tudo muito simples… Ou talvez não!

Ponto 1: “Há coisas que até nos esquecemos que temos” foi a frase da tarde, não fosse a simpática enfermeira estar a referir-se ao ferrinho que tenho de contenção colado na dentuça e conseguia, certamente, desenvolver uma tese bastante elaborada só em torno desta pérola.

Ponto 2: Qual maca, qual quê! Aquilo é meia maca, se quisermos ser simpáticos. Para me conseguir deitar na dita cuja tive que juntar os braços ao corpinho e não pensar mais no assunto que ainda descaía para algum lado.

Ponto 3: “O exame leva entre 10 a 20 minutos, por favor, não se mexa.” Estão a gozar? Eu sofro de ansiedade! Tenho bichos carpinteiros! Tudo bem que “não fazer nada” é uma das minhas actividades favoritas mas ficar imóvel é impensável, parecia que a cada instante os músculos todos se contraíam 50500 vezes mais do que o normal.

Ponto 4: “Não se assuste, vou-lhe pôr umas borrachinhas nos ouvidos…” Lembro-me de ter feito, em tempos muito idos, uma TAC e o meu maior contentamento era ouvir (e agora recordar) a voz que dizia: “Não respire…… Pode respirar….. Não respire…… Pode respirar…..”. Hoje, durante a ressonância, eu nem me conseguia ouvir a pensar, havia um ruído horroroso e ensurdecedor (as borrachinhas são mesmo só porque fica bem) à minha volta que conseguiu derrubar o meu sistema nervoso em segundos, eram daqueles sons repetitivos e intermináveis... Blhêca!

Coisas boas: o meu ferrinho não voou para fora da boca, nem queimei a língua, não caí da maca, não fiquei nua durante o exame porque a bata que me deram para vestir se prendeu na calha que desloca a maca (mas foi por pouco), voltei inteira e estou um passo mais perto para voltar às minhas “maratonas” Sorriso

29 de maio de 2013

X FITAM

Hoje, para matar saudades, meti a escrita em dia aqui!

Há imenso tempo que não fazia auto-censura exacerbada à minha escrita mas teve que ser, frases como:
"Numa das tentativas que eu até fiz para acompanhar este pedaço do evento, fui atropelada por um mar de gente (sim, Matosinhos encheu-se para estes dias de festa) e, quando dei por mim, o meu horizonte tinha tudo menos tunas e a minha mobilidade já estava reduzida a uns dez “com licença”. Portanto, também não vi."
são pérolas que não estão ao alcance, fácil e imediato, de toda a gente :p

28 de maio de 2013

Pão

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Ora bem, o dito cujo ficou um bocado pálido mas fez-me sentir que, no meio da minha falta de confiança para tudo o que envolve culinária, até me desenrasco muito bem.

A receita eu fui buscar aqui, depois de ter testemunhado (sempre a uma distância de segurança) que o conceito até é bastante simples e me ter convencido que até nas minhas mãos a coisa era capaz de resultar.

Aqui e agora, estou a fazer o “sacrifício” de comer pão, acabadinho de sair do forno Sorriso

26 de maio de 2013

Mente ao meu coração – Paulinho da Viola

Mente ao meu coração
Que cansado de sofrer
Só deseja adormecer
Na palma da tua mão

Conta ao meu coração
Estória das crianças
Para que ele reviva
As velhas esperanças

Mente ao meu coração
Mentiras cor-de-rosa
Que as mentiras de amor
Não deixam cicatrizes
E tu és a mentira mais gostosa
De todas as mentiras que tu dizes.

23 de maio de 2013

Festivais

Os meus festivais favoritos estão quase quase a terminar (chega o Verão e esta “doença” das tunas, que anda a par e passo com o calendário lectivo, tira férias) mas, sem que eu saiba bem como é que me deixei convencer, ainda tenho em vista este:

TABernal

E este:

fitam

Não sei se os horários se vão conjugar a meu favor (até porque o horário laboral parece que nunca existe quando faz mais falta e o horário dos expressos não gira à minha volta), não sei como me vou desenrascar (os meus 50500 rabiscos de mapas são algo que me transcende mas, ao mesmo tempo, são boas desculpas para me rir imenso), não sei se vai dar para tudo (dois numa noite é capaz de ser agressivo)… Há carradas de coisas que não sei mas há uma que eu sei muito bem: vou voltar ao Norte!

20 de maio de 2013

O regresso

Nunca ouvi ninguém, que não fosse viciado no trabalho, dizer que voltar de férias é fácil, portanto, também não vou ser eu a fazê-lo. Ao voltarmos deparamo-nos com tudo aquilo que deixámos para trás na partida, tudo aquilo de que fugimos (nem que seja a rotina), tudo aquilo que temporariamente fizemos por esquecer e tudo aquilo que não resolvemos ou não enfrentámos vai estar exactamente onde deixámos porque “nada se perde, tudo se transforma” (Lavoisier). A vidinha “real” continuou e podemos nem compreender muito bem como as coisas se alteraram mas “sem pressas que há tempo, dá gosto o momento, e tudo o mais pode esperar”, não precisamos perceber tudo de uma vez só Sorriso

Hoje, eu estou grata pela luz, a luz do sol que não iluminou o meu quarto, que ilumina um dia frio e que se deixa ver; estou grata por todo o trabalho que ninguém se lembrou que precisava de ser feito e estava à minha espera para preencher o meu dia; estou grata por ter na minha vida quem se sente no aeroporto à minha espera enquanto se faz esperar; estou grata porque me fazem 50500 vezes a mesma pergunta, mesmo que seja apenas porque sim, para que eu não me esqueça que tenho tanta coisa para partilhar; estou grata por existirem pessoas que se interessam e param para ler as minhas teorias da treta; estou grata por não me terem cobrado nada mesmo cobrando…

19 de maio de 2013

Desejos assumidos…

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A bela da Torta Maisena para o lanche…

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E os belos dos rolinhos (que parecem tudo menos rolinhos que eu não sou nada dotada para os trabalhos manuais) para o jantar.

Tudo em modo de compensação para o regresso ao trabalho!

18 de maio de 2013

Estas férias

Era segunda-feira, dia 13 de Maio, noite de serenatas de início à Semana Académica de Lisboa. Fui só ali ver tunas num instantinho que essa coisa de ter um vôo para apanhar nessa madrugada não tem importância nenhuma :p

Para mim, houve EAISEL, houve Antunia e houve TUIST, apetecia mais mas chegou e sobrou... A teoria de ir para as serentas quem não quer ouvir serenatas há anos que cansa a minha beleza, ainda mais quando há imenso espaço em volta e ninguém é obrigado a juntar-se a essa festa.

Mal dormi, que a ansiedade é coisa que não me tem dado descanso ultimamente, e arranquei da cama a minha companheira de aventuras que não ia alinhar comigo desta vez mas se voluntariou carinhosamente para me "transportar" ao aeroporto. Muchas gracias!

Estes dias em terras holandesas deram direito a muita coisa, por exemplo...
Passeio de barco pelos canais.
Uma quarta-feira de final da Liga Europa com cor (vermelho e branco); um idioma (o português) e um estado de espírito contagiante espalhado por toda a cidade de Amesterdão.
Carradas de banhos de cultura (e de chuva também, infelizmente).
Uma Ronda da Noite, de Rembrant, com um corte para entrar no museu.
Uma leiteira... Bem mais favorecida na versão Scarlet Johansson.
Diamantes... Diz uma musiquita célebre que são os melhores amigos das raparigas (deve ser por isso que eu me sinto mais macho a cada dia que passa) mas fazem cada coisa pirosa com eles que até mete dó.
Tulipas... Muito poucas intactas mas muitas mutiladas pela chuva.
Bicicletas... Sempre achei piada ao conceito da bicicleta mas, depois de uns dias a conviver pessoalmente com elas, perderam metade do encanto. São bicicletas assassinas! Não é uma teoria passível de ser generalizada mas há por lá muito ciclista sem amor à vida (dos outros) que não sabe o que são sinais vermelhos ou passadeiras.
Loja portuguesa.
Moinhos de vento :)
Amigos... Conversas longas sem que o assunto acabe, carinho, mimo, pouco escurinho para dormir (logo eu que gosto do escuro absoluto), boa comidinha, gargalhadas genuínas, aulas de culinária, a sensação de ter a minha mãe comigo ;), boa companhia... Afinal, desde que a carteira assim o permita, "do longe se faz bem mais perto" num piscar de olhos! Obrigada por me proporcionarem a minha fuga à rotina, fez-me bem!

Mas estes dias não deram direito à Noite Estrelada do Van Gogh, portanto, o Museu de Arte Moderna passou directamente para o top 10 de sítios a visitar em Dezembro do próximo ano ;)

Local favorito (que me perdoem os amantes de Amesterdão que tem, sem dúvida, muito sítio digno de registo mas para mim só há um ambiente que fica sempre bem independentemente da meteorologia): a praia em Zandvoort!

7 de maio de 2013

Eu e as saudades

Se há coisa que eu assumidamente sou é saudosista. Sempre vivi muito mais “no que foi” do que “no que está para vir” (excepção feita para os planos de fins-de-semana de borga e férias e momentos diferentes rodeada de malta amiga), não é defeito é feitio, fui-me moldando assim ao longo dos anos, talvez em jeito de defesa, e contornar isso já começa a dar muito trabalho.

Se há coisa simples e idiota que uma gaja solteira, com a mania da independência, a viver sozinha, por vezes até tem saudades, sem que nunca o assuma, é de cenas de ciúmes (porque a seguir vem a parte melhor que é fazer as pazes).

Hoje não é o dia! Obrigada por amuares, por cruzares os braços e fazeres beicinho, por me fazeres sentir que posso não te ver imenso tempo mas que estás na minha vida, por não me pressionares, por não me cobrares, por me dares o meu espaço e o espaço para “exorcizar” o meu mau feitio, por me ouvires, por tudo e por nada. Sei que não gostas do meu tom abrasileirado mas “te gosto” e por amor uma gaja faz (quase) tudo Piscar de olho

3 de maio de 2013

Diz que é uma espécie de voluntariado

POST EM CONSTRUÇÃO...


Continuo a aguardar que deixem de gozar comigo e com o meu talento para a pintura para desenvolver este post!

1 de maio de 2013

Ortopedista

Não sei explicar porquê mas sempre achei que os  ortopedistas são todos senhores doutores respeitáveis que vêem a sua experiência reflectida nos seus excassos cabelos brancos. Ontem, esse meu preconceito mudou…

Não gosto de hospitais, não gosto de salas de espera, não gosto de esperas prolongadas… Portanto, qualquer ida minha ao médico está à partida minada de umas energias muito ruins. Mesmo quando ouço (finalmente) o meu nome, esses sentimentos maus não me abandonam porque o que gosto mesmo é daquela altura em que me dispensam e eu posso voltar para casa Língua de fora

Desta vez, eu senti que, de boa vontade, a consulta podia ter durado mais uma meia hora… O senhor doutor ortopedista era um trintão jeitoso, com um sorriso sacana rasgado de orelha em orelha, e perdoei-lhe todas as maldades que ele me fez (odeio que me “testem” os joelhos e tenho pouquíssima resistência à dor) quando me disse que tinha que voltar lá para conversarmos (o quê!? ainda existem homens que gostam de conversar!?). Pois é, parece que há qualquer coisa aqui no meu menisco (esta cartilagem vive entre o fémur e a tíbia, estava à espera de quê!?) e, tal como esperado, lá vou ter que fazer a bela da ressonância magnética para tirar as dúvidas.

Bom bom, no meio disto tudo (não, não foi só o senhor doutor), é que afinal posso voltar à vida activa com menos restrições do que me estava a (auto) impôr, desde que não me meta feita louca numas aulas de step ou comece a correr que nem uma desvairada (estas últimas expresssões podem gentilmente ser substituidas por “desde que não faça actividades com impacto para o joelho”), estou apta para emagrecer (assim só para ser meiguinha) cinco quilos numa semana Língua de fora