12 de dezembro de 2011

H. M. Guimarães

Ando há uns dias a ler (e adorar) uma tese de mestrado, de 1988, “Ensinar Matemática: Concepções e Práticas”, escrita por um licenciado em Engenharia Electrotécnica para obter o grau de Mestre em Educação…

A investigação exposta na tese tem como objectivo perceber o que pensam os professores de Matemática sobre a disciplina e o seu ensino, partindo de algumas questões principais e tendo em conta as práticas desses professores.

Quando comecei a lê-la, a minha ideia era alargar os horizontes, conhecendo as perspectivas de quem já lecciona a disciplina e tentar perceber, através de exemplos, como é que isso se coloca em prática. Mas o resultado acabou por não ser bem esse…

Senti-me envolvida, revi-me nos professores que foram acompanhados no estudo (“uma coisa é saber o que se deve fazer, outra coisa é colocá-lo em prática) e questionei-me como se, também eu, tivesse voto na matéria.

A verdade é que ainda tenho imensas perguntas sem resposta… Não sei como (nem porquê) optei pela Matemática, não consigo encontrar uma descrição exaustiva e abrangente para Matemática (embora já o tenha tentado), não estou certa qual será o papel do professor e (ainda) não consigo diferenciar um bom de um mau aluno. Mas sei o que é, para mim, um bom professor!

De acordo com as experiências que vivi, estabeleci referências e admiro o professor empático, que nos “espicaça” o espírito até mesmo com as suas repreensões, que nos mantém motivados, que tem toda a paciência do mundo para as maiores palermices, que se mostra compreensivo mas ao mesmo tempo com garra… Um professor assim como o que escreveu a tese que ando a ler…

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