24 de outubro de 2011

"YATTA!"

Aqui há uns bons tempos, apareceu uma série de televisão, HEROES, que envolvia pessoas com habilidades ou poderes especiais a tentarem salvar o mundo e, por ser uma daquelas séries em que os episódios não são independentes uns dos outros, nunca captou muito a minha atenção.
Com o avançar da tecnologia, tive acesso à série "completa" (pelo menos até ter sido cancelada pelos seus produtores) e, nos últimos meses, tenho aproveitado esses episódios para me desligar do mundo, ao final do dia.
Nessa série, há uma personagem que me cativou, o Hiro Nakamura, que tem a habilidade de se teletransportar e viajar no tempo (o jeitão que essa habilidade me dava!) e que tem a particularidade de gritar "YATTA!", com os braços erguidos, de cada vez que consegue qualquer coisa.
Hoje, por diversos motivos, apetece-me fazer como ele: "YATTA!"

18 de outubro de 2011

8 de outubro de 2011

Hoje é dia de agradecer…

Por vezes, sem que consigamos perceber porquê, há pessoas que entram na nossa vida e se instalam… Não pedem licença para entrar, não partilham a sua história de vida, não justificam o caminho que percorreram para ali chegar e levam-nos mesmo a questionar o que fazem ali e o que temos em comum para que, ceder-lhes esse lugar, faça sentido.

Regra geral, sinto que essas pessoas são, matematica e racionalmente falando, diametralmente opostas a mim… Já não se preocupam com aquilo que os outros pensam porque já se preocuparam demais, já sofreram demais, já conseguiram pronunciar um gigantesco (ainda que por vezes silencioso) “BASTA!” e já não querem saber de mais nada... Mas com o passar do tempo, há algumas que me mostram porque há espaço para elas na minha vida e agradeço-lhes por isso.

Quando elas chegam para conquistar um lugar, aparecem sempre de braço dado (literalmente) com alguém importante para mim e já trazem meia batalha ganha, aquela que transcende o meu direito de escolha. A outra metade ganham-na quando sabem “ser” e “estar” comigo, quando conquistam os meus sorrisos, partilham as minhas crises existenciais como sendo algo perfeitamente normal e, como se isso não fosse suficiente, evidenciam gostar da minha companhia (não acredito que disfarcem bem porque eu não teria pachorra para isso).

A partir desse momento, mesmo que seja segredo, o lugar deixa de estar vago, quer seja necessário todos os meses ou apenas uma a duas vezes por ano, porque há algo que nos une… Uma luta comum: a luta pela nossa felicidade e pela felicidade daqueles que nos rodeiam e são verdadeiramente importantes para nós.

4 de outubro de 2011

Fados



Não sei se escrevo este post porque gosto verdadeiramente desta música (Balada da Despedida do 5º Ano Jurídico 88/89) que tantas vezes me levou às lágrimas, se é porque até gosto de fados e, em especial, interpretados por este grupo de fados (Grupo de Fados da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) ou se é porque esta rapaziada até volta hoje a actuar na "minha" capital, na Faculdade de Medicina, e "EU VOU!".

Não sei... Mas sinto que essa é a parte que menos importa :)

2 de outubro de 2011

Interrogação

Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! Nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.

Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos cânticos.

Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.

Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro a olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.

Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.

Clepsidra – Camilo Pessanha