Olá, pessoas giras!
Hoje vou dedicar-me a um tema polémico: o amor. Pois bem, o amor é uma M****!
A subtileza nunca foi o meu forte, sei bem que este post podia começar de forma mais simpática e mais polida mas não há grande volta a dar, a frustração que se ocupa de mim no que diz respeito a este tema transborda por todos os poros e dá nisto.
Esta coisa do amor não tem como começar bem. Desde sempre que ouço dizer que são os bebés que escolhem os pais, portanto, já estava tudo errado quando escolhi saltar para dentro da barriga da minha santa mãe sem perceber bem no que me estava a meter. Mas a verdade é que o amor daqueles dois é para a vida, o amor de uma mãe submissa que espera que eu seja igual a ela e o amor de um pai revoltado com a vida que espera que eu mude o meu mundo sem sair debaixo da alçada dele. Como se não bastasse, quando eu cheguei a casa já tinha mais uma ocupante e cedo percebi que, mais batatada menos batatada, aquele amor de mana também era para a vida.
Assim sendo, vi-me desde cedo amarrada a três amores maiores. Amores daqueles em que se levanta a voz tantas e tantas vezes, daqueles em que se pensa diferente e nem se tenta convencer o outro disso, daqueles em que se desiste de batalhar só para dar ao outro o gostinho de achar que tinha razão, daqueles em que as emoções transbordam pelos olhos e a distância ajuda a pôr tudo no sítio...
Com estes amores como exemplo, como é que eu podia esperar outro tipo de amor?
Cruzei-me com loiros e morenos, altos e baixos, de olhos claros e de olhos escuros, e rocei o amor tantas e tantas vezes, mas sempre ficou claro para mim que vivo de paixões assolapadas (porque dão menos trabalho).
Durante muito tempo, disse que ainda estava para nascer o homem que me ia converter e fazer amar de verdade... E bem que me lixei, porque ele nasceu mesmo. Trouxe-me um amor semelhante àquele que eu já conhecia mas com o acréscimo do "pode não ser o que eu quero para ti mas se é o que te faz feliz estarei sempre do teu lado". O que, para a minha pessoa, foi uma evolução brutalmente significativa e mudou a minha perspectiva nas relações com o ser humano macho.
Se eu era capaz de amar o meu sobrinho, de o ver a dar cabeçadas e fazer idiotices, e continuar lá para ele, porque havia de ser diferente com um homem que queria para partilhar a vida?
Acho que só depois disso, deixei o amor entrar verdadeiramente na minha vida, o que é uma m****! Simplesmente porque o amor não é como a paixão, que se enxota para fora de casa na manhã seguinte, o amor inunda os cantinhos todos e esconde-se a ocupar espaço. E achar que o amor acaba de um dia para o outro é só idiota. Mas (tinha que haver um mas ou nem seria eu) amar também é deixar ir, é perceber que a felicidade do outro pode ter outro lugar...
Felizmente, a vida quis ainda que eu vivesse um outro tipo de amor, o tal do incondicional, daquele que (dizem) transforma as células do nosso corpo e deixa cá os traços do bebé que geramos. Este amor veio com os sorrisos parvos, com o orgulho idiota, com a preocupação constante e com a culpa esmagadora. Veio colocar um brilho especial no meu olhar (que faz falta a toda a gente que procura um propósito na vida) e tentar destruir a minha veia egoísta, porque a prioridade deixei de ser eu (mesmo quando ela não está comigo).
Em suma, mantenho-me convicta com a minha conclusão, não é porque traz coisas boas que o amor deixa de ser uma M****.
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