26 de julho de 2024

"Long time no see"

 Olá, pessoas giras!

Com o passar dos tempos (e as mudanças de vida), deixei de ser eu: deixei-me arrastar pelas rotinas, pelo conformismo e pelo comodismo e esqueci-me da minha essência (de rebelde de mal com a vida a reclamar em modo permanente).

Como se não bastasse, sempre me preocupei demasiado com aquilo que os outros pensam e, sei bem, que passam por aqui mais olhos do que, neste momento, eu gostaria. Mas é chegada uma altura de voltar às origens porque se fui capaz de voltar a viver na terrinha, também sou capaz de enfrentar os touros todos pelos cornos (e, como diz a minha irmã e muito bem, "não tem cornos mas se calhar devia ter").

A vida mudou muito e atualizações precisam-se: aqui deste lado espalha o terror uma divorciada quarentona, mãe de uma Princesa de três aninhos, na profissão cinquenta mil e quinhentas da análise de dados (e algo me diz que não pára por aqui), que tem como principais atividades recreativas o levantamento de copos (ou garrafas que eu já não tenho idade para me fazer esquisita) e as corridas (ainda que, muito infelizmente, não sejam atividades propriamente compatíveis).

A saga pós sair de casa, pós divórcio e pós volta a casa dos pais ainda não está terminada, mas sinto que já estou em paz com ela: "é o que é" e "é o que tinha que ser". Verdade seja dita, que continuo a tentar esmifrar as aprendizagens todas deste processo, tenho uma lista interminável de não-voltaria-a-fazer e um desejo intenso de fechar esta página mas, se a minha filha já conhece futuras madrastas, a pessoa que mais magoei no processo todo já o fez e eu só quero o mesmo para mim.

O meu maior interesse neste momento (que foi o que me fez querer voltar à escrita), nunca foi alvo de menção neste blog, ainda que já se tenha entranhado em mim há quase dois anos: o FIRE. Esta coisa de trabalhadora por conta de outrem, sem tempo para ter vida e sem tempo para viver, nunca foi para mim e eu, por algum acaso, descobri que há um caminho alternativo - independ|encia financeira e reforma antecipada.

Infelizmente, as maravilhas do romance e do casamento com comunhão de adquiridos, vão fazer-me regredir metade do caminho, mas também sei perfeitamente que fez tudo parte do caminho para chegar a onde estou agora (não há como prever se não estaria no mesmo sítio, ou se não tinha já gasto tudo a correr o mundo). Sempre tive a mania das poupanças (e agora até já poupo para a minha Princesa, para que ela possa ter um futuro diferente), portanto, agora é só saldar as contas com o passado e seguir.

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