Aguentei o máximo que consegui mas, ao fim de dois meses e meio, percebi que ou pensava em mim ou me atirava da janela (ser num segundo andar poderia não ser fatal mas seria claramente uma "wake up call").
Assim sendo, furei o confinamento e levei a minha depressão pós parto sem diagnóstico oficial para se isolar no Alentejo, em casa dos meus papás.
Naquele sítio, onde há calor humano, colinho extra para a Catarina, onde a minha palidez e as minhas olheiras ainda causam preocupação e onde a mesa é farta (entre outra coisas), reencontrei-me, voltei a rir com vontade e voltei a ter vontade de fazer planos e projetos, só não descansei tudo o que tinha idealizado (consequências temporárias de abraçar a vida de vaca leiteira).
Agora, volto à luta isolada do (meu) mundo, aqui onde estou por minha conta e risco e faço o melhor que consigo.