27 de fevereiro de 2013

O tendão Rotuliano

Era uma vez um tendão chamado Rotuliano que vivia lá longe, longe, para os lados do Joelho. Ele era um jeitoso charmosérrimo (o maior do bairro dele) e levava a sua vida dupla de solteirão descansadinho e sem problemas porque conseguia gerir tudo muito bem e dividir as suas atenções de igual forma entre a Rótula e a Tíbia, para não ter que abdicar de nenhuma das duas (a união entre eles era demasiado forte e ele não conseguiria viver sem nenhuma das duas).

Certo dia, a meio de uma actividade física algo intensa, a Rótula, mocinha com personalidade vincada e vontade própria, decidiu impor-se e mudar o rumo da sua vida, cansada de ficar sempre por cima fez um ligeiro movimento de rotação e arrastou o Rotuliano, parcialmente, consigo. Este como não queria, nem por nada, abandonar a Tíbia esticou-se como pode e as suas fibras internas não resistiram (diz quem assistiu que em resultado de tanto esforço as temperaturas eram elevadíssimas!).

A partir daí, o Rotuliano nunca mais foi o mesmo, só queria ficar deitado sem fazer nada, ser acariciado com pedrinhas de gelo e cremes cheirosos (cada um com os seus desejos), ter o mínimo de actividade possível e começou a deixar que a vida passasse por ele em vez de ser ele a passar pela vida.

Até ao dia de hoje, em que, por intermédio de uma amiga de um amigo de uma amiga, ele ficou a saber que, devia manter-se no modo inactivo (blhêca!), mas precisava mesmo era de umas MTPs. Pediu-me uma ajudinha e, por isso, vim aqui partilhar a sua estória. Vamos todos procurar alguém (infelizmente não posso ser eu porque sou tendenciosa e, consequentemente, demasiado subtil) para dar ao Rotuliano o que ele precisa Piscar de olho

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