16 de fevereiro de 2013

Maturidade e Solidão

Uma das coisas que quem escolhe viver independentemente sozinha e sendo solteira tem que lidar, é com a solidão. E nesse processo que requer algum treino e habituação, ao longo do tempo, o estar sozinho é tanto opção, como alterna com simplesmente não haver outra escolha. Pessoalmente, lido bem com isso. Gosto de viver sozinha, gosto de passar tempo sozinha, e hoje em dia escolho sem pensar duas vezes ficar em casa sozinha a ler um livro que fazer frete num programa que não me interessa. O problema é que há dias em que uma pessoa não quer estar sozinha, e se vê obrigada a ter de chamar a atenção dos amigos para esse facto, que nesta altura da vida e idade, estão demasiado ocupados com as suas vidas para se lembrarem que estamos sozinhos. Sempre. E se nas datas em que simplesmente não podemos estar sozinhos e como tal os obrigamos a comparecer, com convites para jantar ou do género, a verdade é que boa parte do tempo se esquecem da nossa condição de "sozinhos", e que ao contrário dos acasalados o não ter programa significa provavelmente jantar em silêncio pizza congelada em frente à televisão. Ou algo melhor num dia de inspiração. E que depois disso não há muito mais ânimo para mais nada, só para vestir o pijama.
E aqui estou eu, a ver filmes, na véspera de fazer 33 anos. Não é deprimente, é apenas normal. Tão normal que quando um convite para um copo chegou, já eu estava de pijama e sem vontade nenhuma de sair. Sim, ter companhia à meia-noite teria sido fixe, mas convite e companhia para jantar teria sido muito melhor, e agora é tarde para isso. But thats the way it is.

1 comentário:

Bruno BaKano disse...

Eu estava a achar estranho estar a ler este post pq só me vinha a ideia que já tinha lido a mesma coisa antes...