28 de setembro de 2012

Greve do metro

Já escrevi uma vez sobre as greves em Lisboa e a aflição que estas me causam, na mesma altura, escrevi sobre a dificuldade que tenho em perceber a forma como as pessoas lidam com elas… Mas a verdade é que há imenso  tempo que não sentia “na pele” os efeitos de uma greve, para escrever sobre isso, e já não me lembrava como pode ser algo tão saudável Língua de fora

Agora que sou uma mocinha chique, com trabalhinho no centro de Lisboa (ali para os lados do Marquês de Pombal), o metro faz parte do meu dia-a-dia por todas as razões e mais algumas. Portanto, se há greve de metro nas primeiras horas da manhã não há como executar a rotina de ida para o trabalho e torna-se necessário encontrar um plano B.

Plano B nº 1 – Levar o carro. “Estás mas é louca! Pagas mais por um dia de estacionamento naquela zona do que aquilo que recebes, já para não falar do caos porque toda a gente se vai lembrar de tirar o carro de casa.”

Plano B nº 2 – Ir de autocarro. “Porreiro! Mas… Em plena Amadora, onde é que eu tenho autocarros para o Marquês?”

Plano B nº 2 e 1/2 – “Jeitosa, qual é mesmo o autocarro que apanhas para vir para o trabalho?” Sorriso [Ainda existem pessoas boas, que se preocupam, que têm uma palavra amiga nas horas manhosas, que nos conquistam nos pequenos (grandes) gestos…]

Nunca me pareceu tão simples contornar uma greve! Deixar o carro num estacionamento grátis, junto a uma paragem de autocarro em que o meu passe funciona, ver sítios diferentes para começar o dia, fazer um percurso diferente para o trabalho (sem ser debaixo do chão), sentir vontade de respirar o ar fresco da manhã, chegar ao trabalho em 15 minutos (incrível!) e, ao anoitecer, fazer o percurso inverso sem qualquer tipo de preocupação, podendo meter a conversa em dia. Confesso que gostei muito!

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