30 de outubro de 2016

Say yes to the dress – Parte 2

Já estava decidida que esta aventura [leia-se subtilmente tortura que é o que eu verdadeiramente sinto nesta coisa que implica ser mesmo muito gaja] de ser noiva e escolher um vestido tinha que seguir contornos muito personalizados, portanto, decidi munir-me de quatro das mulheres da minha vida para ir passear até Ourém e conquistar a possibilidade de encomendar o meu vestido de noiva por medida.

O estudo inicial estava feito, que eu bem me dediquei a fazer o trabalho de casa só para evitar ter que vestir e despir mais 50500 vestidos e levava dois modelos como base para o meu desejo, certa que tudo ia correr bem (as minhas acompanhantes é que iam a morrer de medo, certas que se corresse mal ainda voltava de lá sem nada).

A chegada à loja não foi pacífica (não se preocupem, não foi o facto de nos termos perdido e andado a passear por estradas secundárias ou de terra batida que me influenciou), a senhora super querida, simpática e atenciosa que ficou encarregue de me acompanhar não encontrava nenhum dos modelos que eu tinha fixado e a minha irmã achou por bem vender-me a banha da cobra e tentar enviar-me num vestido tipo sereia (sim, para vincar as fofas e a pança e todas as curvinhas que eu dispenso evidenciar).

Quando estava prestes a panicar, fez-se magia e um dos modelos apareceu. TCHANAM! “Não quer ver mais nenhum?” “Não se preocupe, se não correr bem com esse eu depois estudo as alternativas”.

Lá fomos para o provador, eu e a minha trupe toda e ao fim de 5 segundos de excessos de opinião expulsei-as todas. Hihihihi! Fiquei sozinha com a senhora super querida, simpática e atenciosa, enfiei-me no vestido e pronto Smile

Confesso que aquele momento em que temos quatro mulheres a olhar para nós, com um incrível ar de otárias e tansas, é suficiente para assegurar que fizemos a escolha certa. E nem foi preciso muito para que me confirmassem que não parecia gorda e texuga dentro do modelito.

Seguiu-se o momento de estudar tecidos, tomar decisões e fazer escolhas mas já estava tudo mais do que pensado e decidido e passados 20 minutos já tinha o tema do vestido arrumado.

Lamento pensar que não existiram mamocas à vista nem pernocas de fora mas não tenho qualquer dúvida que o resultado final vai ser a minha cara (não, eu não decidi estampar a minha foto no vestido mas estou certa que estampei a minha personalidade)!

26 de outubro de 2016

Soninho

Hoje descobri que dormi demais.

Assim o disse o entendido lá de casa, e como agora eu já sei que toda a gente é mega entendida em tudo (excepto eu, claro) e que não gostam de receber palpites a torto e a direito mas que gostam imenso de os dar, reduzo-me à minha insignificância e utilizo o meu direito a ter a última palavra: “sim, amor”.

Os mais efusivos que descansem, estamos bem e a vida continua linda e maravilhosa (especialmente agora que a casa de banho já começa a ter contornos de habitável), mas faz parte que sejam as pessoas mais próximas a “apanhar por tabela”. E sim, é injusto mas o conceito de justiça também tem muito que se lhe diga, o que é justo para uns não é justo para outros e quem escreve aqui ainda sou eu.

O meu mau humor cáustico voltou, a minha falta de concentração também e a minha predisposição para seja-lá-o-que-for está ao rubro. E ainda dou por mim feita idiota a destilar veneno.

Será que já posso ir para casa dormir!? Acho que não me chegou!

23 de outubro de 2016

Say Yes To The Dress – Parte 1

Confesso que pensei que a experiência ia ser 50500 vezes pior, mas para primeira abordagem escolhi o meu porto seguro – lojas em Faro e a conselheira de moda mais “já conheço bem o teu feitiozinho de m****”.

Na primeira loja, consegui perceber logo aquilo que estava à procura, ou seja, pegar em qualquer vestido e retirar-lhe folhos, brilhantes e rendas e dar-lhe um toque de “era mesmo isto”. Mas já que o dia estava destinado a este efeito, ainda visitei mais duas lojas e experimentei mais quatro vestidos (já estou a ficar bué rodada).

Para quem, como eu, detesta experimentar roupa, a experiência é um bocado manhosa (corre-se o risco de descobrir que há partes do corpo descaídas só porque a loja não tem um tamanho adaptável ao nosso). Mas não há outra forma de o fazer e aquela sensação de nos sentirmos espremidas, lindas e maravilhosas só assim a vamos encontrar Smile:)