19 de novembro de 2014

“Nem tudo é mau”

Hoje menti-te descaradamente! E porque é que isso é importante? Porque, desde que te conheci, foi a primeira vez (e espero bem que tenha sido a última). Nunca senti necessidade de te esconder nada, falei-te sempre como se fosse uma maluquinha, sem filtro, e tu deixavas (acho que vias em mim a menina da terrinha a precisar de crescer e optavas por não me pôr um travão para me poderes ajudar).

Não sou boa a ler pessoas, não te compreendo, nunca fui capaz de o fazer… Há qualquer coisa em ti, no brilho dos teus olhos, que me encanta, me impressiona e faz com que sinta um certo orgulho (e ao mesmo tempo uma enorme gratidão) que as nossas vidas se tenham cruzado. Mas não percebo porque te escondes atrás de máscaras sem sentido… Não aceito. Tu não precisas! Tu podes mudar o mundo!

Passado todo este tempo (sim já passou imenso tempo), voltaste a partilhar comigo o teu sorriso, para me obrigares a mentir-te no minuto seguinte. Porquê? Para quê? Eu sei, fiz-te a vida um inferno, é uma das minhas características idiotas… Mas será que não havia um caminho melhor para nós!? Sinto a tua falta… Sinto falta de partilhar do teu conhecimento, dos teus relatos de aventuras mirabolantes e dos teus 50500 truques para viajar… Ainda não consegui arrepender-me do dia em que disse, ao ver-te partir, e mesmo sabendo que isso nunca me iria fazer plenamente feliz, “vê lá se não me queres levar contigo”. Não acredito que volte a ter na minha vida outro… Como tu.

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