29 de novembro de 2014

28 de novembro de 2014

Sobremesas

Adoro, venero, rejubilo e deleito-me sempre que me apercebo que uma refeição dá direito a sobremesa, que é como quem diz que termina com uma sobremesa.

E tive direito a mousse de chocolate caseira. Sim, fico feliz com pouco!

26 de novembro de 2014

Mais do mesmo

Era uma vez uma princesa que vivia no reino de Bué-Bué-Longe (e que não era a Fiona, que histórias com Fiona pertencem a um passado já bem arrumadinho) e cujo o passatempo favorito era brincar aos despedimentos (agora estás despedida, agora já não estás, agora estás despedida a sério, agora já não…).

Essa princesa tinha uma amiga, que em determinada altura se tinha dedicado às ciências humanas e lhe dizia “isso é um teste, para aprenderes a lidar com a frustração” mas não servia de nada. A tontinha da princesa teimava em falhar nesse teste, na cabeça dela a brincadeira não tinha piada nenhuma e a imagem metafórica de se ver numa carroça (só porque neste tempo ainda não existiam aviões) a cair a pique de um qualquer desfiladeiro também não.

Cansada e esgotada, a princesa escolheu empurrar os problemas com a barriga, com uma habilidade esplendorosa que evidenciava muito tempo de treino. Sentou-se, sem fazer nada, e esperou.

19 de novembro de 2014

“Nem tudo é mau”

Hoje menti-te descaradamente! E porque é que isso é importante? Porque, desde que te conheci, foi a primeira vez (e espero bem que tenha sido a última). Nunca senti necessidade de te esconder nada, falei-te sempre como se fosse uma maluquinha, sem filtro, e tu deixavas (acho que vias em mim a menina da terrinha a precisar de crescer e optavas por não me pôr um travão para me poderes ajudar).

Não sou boa a ler pessoas, não te compreendo, nunca fui capaz de o fazer… Há qualquer coisa em ti, no brilho dos teus olhos, que me encanta, me impressiona e faz com que sinta um certo orgulho (e ao mesmo tempo uma enorme gratidão) que as nossas vidas se tenham cruzado. Mas não percebo porque te escondes atrás de máscaras sem sentido… Não aceito. Tu não precisas! Tu podes mudar o mundo!

Passado todo este tempo (sim já passou imenso tempo), voltaste a partilhar comigo o teu sorriso, para me obrigares a mentir-te no minuto seguinte. Porquê? Para quê? Eu sei, fiz-te a vida um inferno, é uma das minhas características idiotas… Mas será que não havia um caminho melhor para nós!? Sinto a tua falta… Sinto falta de partilhar do teu conhecimento, dos teus relatos de aventuras mirabolantes e dos teus 50500 truques para viajar… Ainda não consegui arrepender-me do dia em que disse, ao ver-te partir, e mesmo sabendo que isso nunca me iria fazer plenamente feliz, “vê lá se não me queres levar contigo”. Não acredito que volte a ter na minha vida outro… Como tu.

14 de novembro de 2014

Matérias do coração – Miguel Araújo

Nada de novo no telejornal
Mais desemprego no nosso quintal
Um homem farto de inflação
Morreu com um ataque de informação

Já nada resta do que era de mim
Há tanto tempo que eu não sei de ti
Se eles não passam na televisão
Destas matérias do coração

Estouros, incêndios, inundações
Epidemias, contradições
Soam banais, em comparação
Com estas matérias do coração

E a locutora nem quer saber
Do meu amor, que já não me quer
O mundo descamba de informação
Alheio às matérias do meu coração

Dois continentes que se davam mal
Chegaram à acordo no telejornal
Fizeram as pazes p'la televisão
Eu e o meu amor é que não

Estouros, incêndios, inundações
Epidemias, contradições
Meros eventos sem dimensão
Ao pé das matérias do coração

E o presidente falou p’ra nação
Mas eu não estou em sincronização
Onde é que se desliga o botão
Destas matérias do coração

13 de novembro de 2014

Modo relax

Descobri o Paraíso (só dispensava ter que passar por um dia de Inferno para dar por isso)…

Finais de dia; piscina, banho turco e sauna vazios. Só eu, a hidromassagem a eliminar a minha celulite em modo “piloto automático” e o programa Rocha no ar como companhia.

10 de novembro de 2014

Força e coragem

O Marco voltou, eu voltei e nós juntámo-nos!

Após muita insistência, arrisquei duas de seguida… Devia estar louca! Ainda não tinham passado 10 minutos e eu já estava a perguntar “já está a acabar!?”. Para ajudar à festa, a certa altura desisti e ouvi um “Gabriela, ainda não é para fazer ó, ó”. Lindo! Naquela noite ele não me fez feliz, apesar de ter repetido imensas vezes que tinha saudades minhas e das minhas reclamações Alegre

8 de novembro de 2014

Definições

“professora | s. f.   fem. sing. de professor

1. Aquele que ensina uma arte, uma actividade, uma ciência, uma língua, etc.

2. Pessoa que ensina em escola, universidade ou noutro estabelecimento de ensino. = DOCENTE

3. Executante de uma orquestra de primeira ordem.

4. Aquele que professa publicamente as verdades religiosas.

5. Entendido, perito.”

“tia | s. f.   fem. sing. de tio

1. Irmã do pai, da mãe ou mulher do tio.

2. [Informal] Mulher de meia-idade que não se casou. = SOLTEIRONA

3. [Informal] Forma de tratamento dado por alguns jovens a mulheres adultas amigas da família.

4. [Informal] Designação de uma mulher de que se desconhece o nome.[…]

ficar para tia    • [Informal] Não casar, ficar solteira.”

“madrinha | s. f.

1. Mulher que serve de testemunha em baptizado ou casamento (com relação ao neófito ou ao nubente).

2. Mulher que dá o seu nome a uma coisa.

3. [Brasil] Égua que vai à frente da récua, servindo de guia.

4. [Figurado] Protectora.”

“chata | s. f.   fem. sing. de chato

“9. [Informal] Que ou quem aborrece ou incomoda. = ABORRECIDO, IMPORTUNO, MAÇADOR

chato de galocha(s)   • [Informal] Pessoa muito maçadora.”

By Priberam.

6 de novembro de 2014

Vocês sabem lá - Maria de Fátima Bravo

Vocês sabem lá
A saudade de alguém que está perto
É mais, é pior
Do que a sede que dá no deserto
É chama que a vida ateia sem dó
Na alma da gente, ao sentir
Que vive só

Vocês sabem lá
Que tormento é viver sem esperança
Ter coração
Coração que nem dorme, nem cansa
Não há maior dor, nem viver mais cruel
Que sentir o amargo do fel
Em vez de mel
Vocês sabem lá


Compositor: Carlos Nóbrega e Sousa