Abril foi um mês de comemorações…
Iniciei o mês a comemorar a vida… Não acredito que a nossa missão no mundo seja deixar descendência, não me revejo nesse papel, mas tenho uma grande amiga que está grávida e estou imensamente feliz por ela. Não me canso de dizer que, ao acompanhar a gravidez dela (na medida do possível), é o mais perto que alguma vez estarei de uma gravidez (eu sei que já pensei diferente mas cada vez mais sinto que não é uma opção errada, é apenas a MINHA opção). Parabéns aos futuros papás (porque se é importante para vocês também é importante para mim)!
Continuei o mês a comemorar a amizade… Sempre ouvi dizer que os amigos são para as ocasiões! Eu imponho a minha presença, cobro-lhes a presença sem que eles saibam bem como e sou feliz em excelente companhia, seja qual for o código postal que isso exija ou os sacrifícios que tenha que fazer… Um dia não são dias, um fim-de-semana não são vários fins-de-semana e mesmo quando são vários é bom sinal!
Terminei o mês a comemorar os meus aniversários… A minha entrada na casa dos trinta e o meu segundo aniversário nesta casa (o português é tramado).
Comemorei o meu trigésimo aniversário (continuo a achar que isto soa muito bem) mais do que gostaria, percebi que continuam a tentar transformar-me na mulherzinha que eu nunca vou ser ao mesmo tempo que percebi que vai sempre haver quem me conheça tão mas tão bem que compensa em larga escala os que querem conhecer alguém que não sou.
Comemorei o meu segundo aniversário nesta “mansão” (que um dia sonhei tornar minha), sempre ao jeito de comemoração da liberdade, embora já não pense bem assim porque acabamos sempre por nos aprisionar nos bens materiais de difícil mobilidade e torna-se cada vez mais complicado fugir dos vizinhos com falhas graves na formação de “respeitar o próximo”. Acredito que nunca estive tanto tempo no mesmo poiso e isso tem que significar alguma coisa, portanto, comemoro na mesma sem saber sequer se desejo chegar ao terceiro aniversário.
Terminei o mês a comemorar a família… Porque isso faz o meu pai feliz e, ainda que todos continuem a sentir que fiz 10 aninhos em vez dos 30, mas esperem que me pareça e comporte como se tivesse 50 (e eu é que preciso das sessões de psicologia!?), vê-lo feliz faz-me feliz também.
Maio será diferente!