Hoje, queria ser capaz de escrever sobre solidão. Mas a primeira ideia que surge no meu cérebro remete-me para uma música de Maria Guinot, Silêncio e tanta gente, "às vezes é no meio de tanta gente que descubro afinal aquilo que sou" e dou por mim a questionar-me se errei o tema.
No meu antigo trabalho, era conhecida pelo meu mote laboral "detesto pessoas!", embora todos identificassem bem a minha veia social e extrovertida, a roçar o cargo de relações públicas internas (sim, ir ao escritório era muito menos produtivo para mim).
Muita coisa mudou, toda uma vida se adaptou, e eu continuo a afirmar que "detesto pessoas!". Simplesmente porque a maioria dos seres humanos, que se queriam seres pensantes, escolhe não usar o cérebro! Eu sei que, grande parte das vezes, nem é culpa deles, aquilo não dá para mais, mas irrito-me na mesma.
Curiosamente (e felizmente!), há pessoas que se situam do outro lado da barricada, que me surpreendem e que me fazem questionar a minha forma de ser e estar. É no meio dessas pessoas que me sinto mais eu, que me dou ao luxo de extravasar, de esquecer o bom senso... Mas, não é de agora, essas pessoas estão ausentes, distantes, disconexas... E eu!?