Sentada neste cantinho que, orgulhosamente, apelido de “meu refúgio” dou por mim, novamente, à procura das palavras certas e dos sentimentos.
No peito, guardo uma sensação estranha de peso ou cansaço, de quem não lutou, de quem não remou e se deixou levar pela corrente, com a certeza que ao colocar as mãos nos remos não saberia para onde ir. Junto com esta sensação, guardo o desejo de repetir novos hábitos e sair em busca de coisas novas (um mergulho no vazio ou uma corrida à superfície, sempre com o azul no horizonte).
Páro a pensar que, na realidade, tenho o peito atulhado de tretas desnecessárias, sem sentido, e fico sem espaço para aquilo que importa, sem espaço para os sentimentos que nos arrancam um sorriso simplesmente “porque sim!” e nos colocam “um brilhozinho nos olhos”.
Como fazer para colocar tudo em ordem? Para arranjar espaço?
Não sei mas vou continuar à procura da resposta!