“A sorte protege os audazes…”
Hoje foi dia de levar o meu menino a fazer a preparação para as férias, que se aproximam a passos largos… Este ano decidi que vamos de férias só os dois com destino indefinido (ou bem definido por esse Portugal fora mas às escondidas dos papás que eu já estou a ficar crescidinha para sermões e missas cantadas) para melgar os amigos que, regra geral, estão longe.
Agora que finalmente chegou o calor (e eu não acredito que chova nos próximos tempos), achei que era uma boa ideia mimá-lo e, como a nossa relação funciona na base de dar e receber, tivemos um dia em cheio. Ele levou-me à praia e eu levei-o num regresso ao passado (eu que nem gosto dessas coisas) para matar saudades do seu sítio favorito na Póvoa de Santa Iria. [E sim, eu sei que há sítios para lavar o carro muito mais perto da porta (ainda que eu não tenha sido capaz de encontrar nenhum daqueles em que vamos colocando as moedinhas) e também sei que é muito mais simples fazê-lo em casa dos papás, mas um dia não são dias e fez-nos bem ]
No regresso para Lisboa (que ali já não é Lisboa), conseguimos passar à porta de 3 (quase 4) casas onde já vivi, de todos os 50500 locais que frequentava quando a minha vida se fazia daquele lado da civilização e confesso que continuo a gostar muito daquela zona. Hoje, foi especialmente irónico passar à frente do Instituto Tecnológico e Nuclear agora que, passados seis anos, me cancelaram a conta de e-mail e eu escolhi não guardar toda a história que ela tinha dentro…
Aproveitei que estava do lado de lá da cidade e fui fazer o meu passeio de domingo pelo Parque das Nações (tanto “mel” e tanta criancinha por metro quadrado, credo!). Fiz o caminho todo junto ao rio desde a ponte até ao centro comercial e fui lá dar uma voltinha que já não metia os pés no Vasco da Gama há imenso tempo.
E abençoado seja o momento em que entrei na FNAC… Porque tive direito a musiquitas! O Fernando Tordo estava lá a fazer a apresentação do seu novo espectáculo (Braguêsas, Beiroas e outras amantes) e eu fiquei rendida (até mesmo quando ele cantou em inglês). É verdade que ele fala mais do que canta ou toca mas eu aprendi muitíssimo (é o que dá ser muito “verde” no tema) naquele pedacinho da minha tarde em que, para mim, sem dúvida que o tempo parou. Como ele disse e muito bem, o amor pela música “é um amor que dura a vida inteira” e, à pala disso, eu saí de lá com um sorriso rasgado de orelha em orelha, a cantarolar a Tourada e a agradecer mentalmente ter levado o meu menino a passear para aqueles lados.
Há dias assim, em que a vidinha corre simplesmente bem!
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