29 de setembro de 2013

Resultado

Ainda não foi desta que me tornei na prima da Presidente da Junta Triste

Mas orgulho de prima (muito diferente do orgulho de mãe ou de filha) é algo que não depende dos resultados eleitorais e não se desvanece de um dia para outro e daqui a quatro anos, se decidires que queres viver esta aventura de novo, estarei “lá”.

2011-03-16 08.03.43

Para mim és, e serás sempre, uma vencedora (à tua maneira)!

E não, não consigo ver onde nos acham parecidas (porque o feitiozinho da treta não se vê nas fotografias Língua de fora).

Autárquicas 2013

image

- Sim, e depois!? Tu nem sequer gostas de política!

- É a minha primeira vez…

Este ano, o conceito de ir votar é completamente diferente. O voto já não é desculpa para ir a casa dos papás e já não engloba um passeio em família depois de almoço. O voto mudou de código postal e soa agora a coisa de gente grande, de menina crescida. Não sei se gosto muito…

27 de setembro de 2013

A paixão - Rui Veloso

Tu eras aquela que eu mais queria
P'ra me dar algum conforto e companhia
Era só contigo que eu, sonhava andar
P'ra todo o lado e até quem sabe talvez casar
Ai o que eu passei só por te amar
A saliva que eu gastei para te mudar
Mas esse teu mundo era mais forte do que eu
E nem com a força da música ele se moveu

Mesmo sabendo que não gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
P'ra te levar ao concerto
Que havia no Rivoli

E era só a ti que eu mais queria
Ao meu lado no concerto nesse dia
Juntos no escuro de mão dada a ouvir
Aquela música maluca sempre a subir
Mas tu não ficas-te nem meia hora
Não fizeste um esforço para gostar e foste embora
Contigo aprendi uma grande lição
Não se ama alguém que não ouve a mesma canção

Mesmo sabendo que não gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
P'ra te levar ao concerto
Que havia no Rivoli

Foi nesse dia que percebi
Nada mais por nós havia a fazer
A minha paixão por ti era um lume
Que não tinha mais lenha por onde arder

24 de setembro de 2013

Cenourinhas

Aqui há tempos, numa das animadas conversas de hora de almoço, alguém me perguntou “o que é que faz mover o mundo?” e eu, que ando sempre a sofrer lavagens cerebrais porque sou diferente (leia-se “solteira e descomprometida sem desejos de procriar”), na esperança de encerrar o assunto e evitar mais um sermão gigantesco respondi, sem nenhuma convicção, “o amor!?". “Não Gabi, são os incentivos!”. Pois é, sou tão tótó! Claro que são os incentivos! Nos tempos que correm, como poderia ser outra coisa!?

Ontem, este conceito dos incentivos que me tem vindo a preocupar nos últimos tempos, intensificou-se, materializou-se, assustou-me, fez-me sentir pequenina e saiu pela mesma porta que tinha entrado ao som de um “(ainda) não preenches os requisitos mínimos para me teres na tua vida!”, deixando a porta entreaberta como quem diz “mas podes, e deves, tentar”.

Vi os meus próximos três/cinco anos a passarem-me à frente dos olhos e agora sinto-me assim:

burro-cenoura

23 de setembro de 2013

Foi feitiço – André Sardet

Eu gostava de olhar para ti
E dizer-te que és uma luz
Que me acende a noite,
Me guia de dia
E seduz.
Eu gostava de ser como tu
Não ter asas e poder voar
Ter o céu como fundo
Ir ao fim do mundo e voltar

Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Pra gostar tanto assim de alguém
Como tu...

Eu gostava que olhasses para mim
E sentisses que sou o teu mar
Mergulhasses sem medo
Olhar em segredo
Só pra eu... te abraçar

Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Pra gostar tanto assim de alguém
Como tu...

O primeiro impulso
É sempre o mais justo
É mais verdadeiro
E o primeiro susto
Dá voltas e voltas
Na volta redonda
De um beijo profundo

Eu...
Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Pra gostar tanto assim de alguém
Como tu...

22 de setembro de 2013

MEO Urban Trail Lisboa 2013

Há convites de última hora que eu vou adorar sempre e não vou conseguir recusar…

Esta caminhada não estava nos planos porque eu nem era para estar por Lisboa mas rapidamente isso mudou. Foram “só” seis quilómetros, em escadinhas, calçadas, ruelas, subidas e descidas, com direito a muita risota, brincadeira, palhaçada, musiquita, corridas, paragens estratégicas e passadas largas, mas a zona histórica de Lisboa tem agora outro brilho Piscar de olho

Para o ano há mais (mesmo que não seja para nós Língua de fora)!

21 de setembro de 2013

18 de setembro de 2013

Praias alentejanas em Setembro

Destinos ideais. Paraísos locais. Momentos divinais.

São areais a perder de vista, pintalgados aqui e ali por alguns resistentes que teimam em fingir que o Verão não está a terminar. São imensidões de silêncio, interrompidas apenas pelo rebentar das ondas ou o suave arrastar do mar sobre a areia. São excelentes desculpas para manter a distância (da rotina, dos problemas, das preocupações…).

Recomenda-se!

15 de setembro de 2013

Satisfação

1h 13m 53s

Para justificar o meu sorriso de orelha em orelha!

Foi muito, mas muito, melhor do que eu estava à espera Sorriso

13 de setembro de 2013

Boa sensação

Voltar a ter um final de tarde de sexta-feira MEU!

Sem pressa de sair do trabalho, com tempo para ouvir (os elogios d)a chefe, com motivação para pedalar como se não houvesse amanhã, com os meus chuveiros de eleição e paciência para secar/esticar o cabelo, a pseudo-jantar e sofazar, a ler tudo o que deixo em atraso que a internet têm ao meu dispor, a divagar…

Não ter horários sabe tão bem!

12 de setembro de 2013

Bomba Relógio – Sérgio Godinho

O teu amor quando palpita
verdade seja dita
põe rastilho no meu peito
trinta batidas num só beijo
sem defeito.

Feito tac e tic
o teu amor rebenta o dique
feito tic e tac
o teu amor passa ao ataque
feito tac e tic
o teu amor rebenta o dique
feito tic e tac
eu à defesa ele ao ataque
e toca e foge e toca e foge
é uma bomba relógio

O teu amor quando palpita
verdade seja dita
faz-me atrasar os ponteiros
como a ostra esconde a pérola
aos viveiros.

Feito tac e tic
pérola solta-se a pique
feito tic e tac
faz-me o coração um baque
feito tac e tic
pérola solta-se a pique
feito tic e tac
faz-me o corpo todo um baque
e toca e foge e toca e foge
é uma bomba relógio.

11 de setembro de 2013

E depois do adeus – Paulo de Carvalho

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

Letra: José Niza; Música: José Calvário

A Rute diz que a minha música é esta. Eu não discordo mas continuo a achar que é esta outra. Agora há quem ache que esta aqui é mesmo a mais indicada… Fico dividida!

10 de setembro de 2013

Musiquinha – Deolinda

Está tudo morto, não?
Não há motivação!
Nada acontece,
Está tudo à espera,
Está tudo encerrado, não?
Não há mais vibração,
Ninguém se mexe.
Que grande seca, pois...

Já que a ninguém espanta ver
Q' isto já não anda,
Põe a musiquinha e abana essa anca.

Já que a ninguém espanta ver,
Q' isto não avança,
Houve a musiquinha e abana, abana, abana.

Está tudo em ruínas, não?
Não há renovação!
Ninguém se inquieta,
Tudo embrutece,
Está tudo inquinado pá.
Não temos salvação,
E esta conversa já me aborrece, e...

Já que a ninguém espanta ver
Q' isto já não anda
Põe a musiquinha e abana essa anca.

Já que a ninguém espanta ver,
Q' isto não avança,
Houve a musiquinha e abana, abana, abana.

Abana quem pode,
Abana quem deve,
Abana quem sabe,
Abana quem esquece,
Abana quem pensa ou evita pensar,
Abana o bem para se pôr a abanar.

Abana o pai,
Abana o mãe,
Abana o velho,
O novo também,
Abana por bem,
Abana por mal,
Abana quem diz,
Que abanar é banal.

Abana o da frente,
Abana o de trás,
Abana o dali,
Abana os de cá,
Abana também se me vires abrandar,
Abana-me bem para eu te abanar.

9 de setembro de 2013

Avante 2013

Estava enganada em relação à Festa…

Percebo agora que a Festa do Avante vai ser sempre um local de encontros imediatos. Mas há encontros, inesperados, que são simples e brutalmente deliciosos (como um conhecido do Festival de Músicas do Mundo, um grande amigo dado para as politiquices, antigas féfes que gosto mesmo de rever, um primo por afinidade, o grupinho de malta da Estuna, TASCA e Sadina…) que compensam todos os outros menos interessantes.

Música houve imensa… Confesso que deixei, conscientemente, que me passasse ao lado grande parte da Festa para poder atestar os meus níveis de musiquinhas. E soube tão bem! Tive direito a estilos completamente distintos, desde a Orquestra Sinfonietta de Lisboa a Batida, desde Stonebones and Bad Spaghetti a Dazkarieh, desde Sérgio Godinho a Xutos e Pontapés… Apanhei não sei quantos concertos a meio e perdi a paciência para outros tantos. Mas valeu a pena, desliguei por completo para este banho de cultura. E consegui dançar, pular, exorcizar, rir e brincar (meditar é que acho que não) ao som da Carvalhesa Sorriso

Convém dizer que o Litoral Alentejano é excelente! Se colocarmos de lado o cansaço (que torna as pessoas chatas e rabujentas), se premiarmos o bom gosto e se valorizarmos os “amigos, companheiros, camaradas” simplesmente porque “a vida é feita de pequenos nadas”, então o Litoral Alentejano é o destino certo. E guardo o desejo que um dia, porque eu sou mesmo uma crente, vejam a Festa com os mesmos olhos calmos e descontraídos que usei este ano!

Dizem que “a vida são dois dias, a Festa do Avante três”! Mas eu juro que se houvesse mais um, só me arrastava até lá a balões de soro Língua de fora

6 de setembro de 2013

Avante

Foi em 99, salvo erro, que pisei pela primeira vez na Festa do Avante (ainda nem tinha idade para votar), quando a banda filarmónica da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense foi convidada para fazer uma arruada antes do comício de abertura e, posteriormente, dar um pequeno concerto.

Desses momentos guardo poucas recordações (a prima, o mini palco, a mini-saia da farda quando se está num mini palco, o ensopado de borrego que me perseguiu em quase todas as saídas com a banda...), mas lembro-me como se fosse ontem do grupinho de jovens que desfardou em passo de corrida para se esparramar em frente ao Palco 25 de Abril a ver O concerto daquela, e de tantas outras, sexta-feira: a Orquestra.

Há três anos, nem sei bem como (a culpa foi certamente da companhia), repeti a proeza. E adorei (tirando a parte em que, depois de muitas fugas bem sucedidas, consegui ter um encontro imediato na casa-de-banho)! Foi o ano em que decidi “fazer o que ainda não foi feito”, ou qualquer coisa desse tipo, e valeu a pena.

Este ano, quase com a garantia que os encontros imediatos não vão acontecer, decidi rumar novamente à Quinta da Atalaia... Portanto, a banda sonora do fim-de-semana, entre tantas outras músicas de qualidade, vai ter (como já teve o anterior) a Carvalhesa :)

5 de setembro de 2013

(Des)iludida

O meu gajo traiu-me!

Estou cansada destas histórias que tendem a repetir-se e para as quais já conheço o fim… Eu amo-o muito mas não lhe vou perdoar nunca, não dá, eu simplesmente não sou capaz! Não depois de tudo o que vivemos juntos…

Uma gaja sente uma certa química, apaixona-se, deixa-se levar pela magia, ilude-se e vai baixando as guardas, vai ficando confortável e desleixa-se (infelizmente, há sempre uma fase em que isso acontece). Depois, quando se apercebe que vai no caminho errado, dá tudo por tudo para compensar, esmera-se, produz-se, mima o gajo de todas as formas, dedica-lhe toda a atenção e… Como é que ele retribui!? Deixa-a apeada!

Ninguém merece!

3 de setembro de 2013

(DES)motivação

A “internet” (num qualquer artigo que não consegui voltar a encontrar e com credibilidade discutível) diz que a falta de motivação é culpa do próprio indivíduo, que não identifica os factores que o levam a estar descontente e, consequentemente, não os elimina para exercer aquilo a que se chama auto-motivação.

Ora bem… No que diz respeito a voltar a sair de casa, depois de um dia extenuante, para ir receber o Marco no regresso das férias eu não me sinto desmotivada (“as saudades que eu já tinha”); para ir jantar fora ou assistir um concerto a meio da semana eu não me sinto desmotivada (“logo hoje que eu tenho mesmo de ir”); para fazer planos de fins-de-semana que destroem as minhas reservas energéticas eu não me sinto motivada (“aqui vou eu cheio de pica de Lisboa vou fugir…”); para passar horas a falar sobre coisas idiotas eu não me sinto desmotivada (“quando fala um português falam dois ou três”); para me arrancar da cama e ir para o trabalho (contrariamente ao que seria espectável) eu não me sinto desmotivada (“eu quero ver o sol, eu quero ver a luz do sol”)…

Portanto, não vou dizer que estou desmotivada, sinto que actualmente o meu problema já não é esse (eu preferia namorar o Channing Tatum mas se me dão o Bill Gates, vejo o lado bom da questão e ao menos tenho companhia Língua de fora), mas o que realmente me incomoda não dá simplesmente para eliminar… Pode dar para contrariar ou atenuar mas não estou a ver como…

Há dias em que nós temos um nuvem negra em cima da cabeça e não somos boa companhia para ninguém, com jeitinho ainda distribuimos a nuvem pelas pessoas que nos rodeiam e, em vez de uma nuvem negra, passamos a ter 50500 nuvens negras todas reunidas no mesmo espaço (o que faz desse um ambiente mesmo ruim para se permanecer). Com as minhas “nuvens” eu ainda sei lidar, mais coisa menos coisa e uns dias a roçar o limiar da loucura, agora com as nuvens de dondocas que nasceram com o rabo voltado para a lua e não conseguem perceber a sorte que têm a coisa torna-se complicada. Seria possível que, assim só por um diazinho, não achassem que os cágados voam e agradecessem por tudo aquilo que quem vos aquece as costas conquistou para vocês!? Agradecida!

2 de setembro de 2013

Eu não sei quem te perdeu – Pedro Abrunhosa

Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais".

E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.

E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.

Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.

E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.