Olá, pessoas giras!
Os psicólogos e psiquiatras entendidos no tema da saúde mental (já ia escrever mensal, que isto de ser uma pessoa dos dados faz-nos passar o tempo a agregar informação sempre em função do fecho do mês) dizem que uma das melhores coisas que podemos fazer por nós é registar por escrito os nossos pensamentos, as nossas angústias e/ou as nossas conquistas.
Eu nunca fui o tipo de pessoa que liga às boas orientações (sou mesmo do tipo que só liga ao que os outros pensam e passa o tempo a tentar agradar ao mundo), mas cheguei àquela fase da vida em que, primeiro, o medo de morrer me bateu bem forte e, segundo, quero mesmo aceitar-me como sou, portanto, chegou a hora de abraçar esta coisa da escrita regular sobre dá cá aquela palha.
No ano que passou, não bati no fundo do poço, porque vivia entre a casa da minha irmã e a casa dos meus pais e nenhuma tem nada que eu possa considerar como o MEU poço, mas tomei decisões muito ruins, queria evitar parar e ter pena de mim e da situação em que me tinha metido e, talvez por isso, andava sempre "em altas", focada na ideia de viver a vida louca.
Por esse motivo: corri riscos desnecessários; aprendi da pior maneira que a vila já não é o que eu conhecia (em 20 anos fora da vila nunca me colocaram droga na bebida mas bastou sair uma noite, sem a minha irmã, para isso me acontecer aqui); fui "encontrada" por 90% dos solteiros desta terra (e, infelizmente, também por alguns casados) e esqueci-me que os "travões" são para usar (pelo menos, de vez em quando).
Este ano, a minha resolução de ano novo (já com a mudança de casa à vista) foi travar a fundo!
[Vá lá, minha gente, não voltei a cair na asneira de decidir deixar de beber, isso seria só parvo!] Resolvi deixar de alimentar mensagens de engate, reduzi as saídas e tornei-me mais caseira (algo que é 50500 vez mais fácil quando se tem casa). Curiosamente, com os sustos que a vida me pregou, também reduzi a quantidade de álcool no sangue (ainda por cima, nos próximos meses, estou de castigo porque bebida e tensão alta não combinam).
A solidão é um cocó, especialmente quando chega com um atraso gigante face às circunstâncias da vida, mas acaba por ser uma excelente conselheira. Se eu consigo arranjar 50 mil coisas para fazer sem sentir falta de ninguém, se eu não acredito que aquilo que os fãs têm para oferecer me acrescenta valor e se não há atividades em comum para além de beber uns copos juntos à sexta-feira à noite, então, deixem-me ficar quieta que eu quero mesmo é apaixonar-me pela pessoa que vive cá em casa de modo permanente.
Bom fim de semana!!
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