Há alguns dias, li no Facebook um post em que alguém partilhava os seus desejos de criança e desafiava os seus seguidores a fazer a mesma partilha ("em criança, o que querias ser quando fosses grande").
Eu, não assim tão em criança, queria ser escritora (de best sellers) e a minha professora de Português chamou-me à parte e disse: "podes sempre perseguir esse sonho nas horas vagas, não faças disso profissão".
Nessa mesma fase, apesar de detestar as aulas de biologia, queria ser bióloga marinha... Naquela versão romantizada de viver à beira mar e partir num mini barquinho, a qualquer momento, sempre que fossem avistadas famílias de golfinhos perto da costa. O meu pai chamou-me à realidade e disse: "vais ter que te mudar para uma ilha qualquer e só tens trabalho seis meses no ano, mas vais precisar de comer o ano inteiro".
Das minhas paixões, sobrou a matemática, e acabou por ser esse o meu rumo. "Vou fazer estatísticas no INE, se não der... Todas as empresas precisam de alguém que faça as suas estatística". Santa Inocência!
Agora, anseio por voltar a ser criança, para ter tempo para ser eu, anseio por voltar a apostar nas palavras, para tentar comunicar o que me vai na alma (mas também na versão mais romantizada, a exigir uma leitura que se quer nas entrelinhas)... Era preciso que o Tico e o Teco colaborassem e eles ainda estão de férias, em licença de maternidade 🤣
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