Ainda não eram sete da manhã e ele tocou... Era o sinal que eu esperava.
Abri os olhos e arrastei-me para fora da cama a cantarolar mentalmente:
“Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar”
Há já alguns dias que a música (toda a que costumo ouvir regularmente e as pérolas que decidi desenterrar também) toca, continuamente, num volume superior ao aceitável para se fazer ouvir acima de qualquer ruído da minha cabecinha cansada e sob efeitos hormonais de taurina. E eu, que passo o tempo a defender que a música, essa sim, cura todos os males, tive de me render...
Passava pouco das sete, ele aproximou-se e disse: “Nem te reconheci, não esperava ver-te por aqui a esta hora!”. Pois é, mas eu tinha saudades, tantas mas tantas saudades, daquelas que não cabem no peito! E antes que elas transbordassem da pior forma, resolvi a questão... Ele dizia “Não forces” e eu pensava “Temos pena!”.
Voltei a abusar de mim! Gostei muito e não me dói nada (depois de um fim-de-semana a fazer caminhadas opcionais em cima dos tacões só podia melhorar)! Mais importante que isso, sinto-me bem e estou de bom humor! Gosto! Era mesmo disto que eu estava a precisar
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