20 de agosto de 2025

Efeitos secundários

Olá, pessoas giras!

[Estou de volta ao dia 4 e não sei bem o que pensar sobre isso.]

No meu cérebro, era expectável que os eventos familiares provocassem uma regressão neste processo, porque iria sempre existir um brinde à prima aniversariante que decidiu juntar a família toda. Só não pensei que essa seria a porta para "descambar".

Não sei lidar com a pressão dos pares e, noto cada vez mais, que o facto da família usar o álcool como defesa/máscara não me ajuda. Sei bem que não me vou atirar de uma ponte se todo eles forem, que quero diferente para mim (e que sempre fiz por isso), mas torna-se difícil lidar com eles alcoolizados sem que eu tenha a mesma "descontração".

Eu não me quero tornar naquela pessoa que está num jantar de amigos e não enche um copo de vinho para brindar, eu quero poder beber uma cerveja (ocasionalmente, como fazia antes) sem sentir que tenho que esvaziar a grade, mas também quero que essa cerveja não seja uma desculpa para seja-lá-o-que-for.

Simultaneamente, há algo que eu já me tornei quase sem dar conta, e não me importo nada.

Há uns anos, quando ouvi este adjetivo associado a mim pela primeira vez, senti-me apreensiva (como quem não sabe atribuir o verdadeiro significado a uma palavra e sente que está a ser atacado) e recusei a ideia / o conceito. O meu chefinho de eleição queria que eu me tornasse evangelizadora de uma ferramenta de visualização de dados que, efetivamente, podia mudar o processo de tomada de decisão dentro da empresa.

Hoje, quatro ou cinco psicólogos (e dois psiquiatras) depois, assumo o adjetivo com todo o meu ser, noutra vertente. Pessoas giras, evangelizadora da terapia me confesso! Esta é uma daquelas "modas" a que estou completamente rendida e sinto que faz falta a toda a gente e não consigo deixar de querer espalhar a "palavra". Só lamento sentir que nem todos os profissionais da área abraçam (a profissão) da mesma forma e sei, por experiência, que isso é o suficiente para fazer toda a diferença.

Terapia é colo, é disciplina, é reencontro, é dor, é mudança... E muito mais. Todos aqueles "mais" que ajudam a endireitar as costas, erguer a cabeça e olhar a vida de frente, sem ter que pedir desculpa nem permissão a cada passo.

[E sim, a cada contrariedade vai existir uma vontade gigante de desistir, de não querer mais "levar na cabeça" mas questionem sempre "querem mesmo desistir de vocês?".]

Abraço apertado! E boa semana!

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