Ontem foi (outra vez) o dia... Dia de assinar a carta de rescisão, dia de desistir, dia de assumir que há funções que mesmo que sejamos capazes de desempenhar não servem para nós...
A aventura, aos olhos dos demais, foi curta - oito meses a caminho dos nove. Para mim, foi gigante. Houve tempo à farta para agonizar, para sofrer, para conhecer pessoas espetaculares, para destruir a minha saúde mental (e a física também que sofreu por arrasto) e para destruir toda e qualquer réstia de auto-confiança.
Neste momento, ainda não sei se foi a opção certa, continuo em stress. Ainda por cima, desistir de um emprego full remote, quando se escolhe viver no Alentejo, também tem o seu peso. [Lá vou eu ter que aturar o meu pai e justificar-me aos 39 anos que ainda tenho o direito de escolher ser feliz!]
Como a empresa tem os processos super bem definidos (para o bem e para o mal), submeter a rescisão vem logo com uma carga gigante de questionários e listas de próximos passos que nos impede de encarar o processo de ânimo leve. E isto fez elevar os meus níveis de stress, já olímpicos, e fez subir a minha tensão.
Pela primeira, é claro como água que não desisto da minha chefia direta, desisto daquilo que são as funções de data analyst naquela empresa (este mundo dos dados sofre imenso disso, há imensos nomes sonantes para uma função mas depois ninguém sabe bem o que é suposto ser feito em cada uma delas). Verdade seja dita que ter aceite este emprego pelas razões erradas (fugir de uma chefia de cocó) não ajudou a tentar perceber o que o poderia vir por aí e estive a pagar isso durante estes meses.
Agora, deixo a porta aberta a um futuro mais brilhante, mais otimista, mais ponderado... Ou não! Que seja um mergulho em bom no desconhecido.
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