Era uma vez uma princesa que vivia no reino de Bué-Bué-Longe (e que não era a Fiona, que histórias com Fiona pertencem a um passado já bem arrumadinho) e cujo o passatempo favorito era brincar aos despedimentos (agora estás despedida, agora já não estás, agora estás despedida a sério, agora já não…).
Essa princesa tinha uma amiga, que em determinada altura se tinha dedicado às ciências humanas e lhe dizia “isso é um teste, para aprenderes a lidar com a frustração” mas não servia de nada. A tontinha da princesa teimava em falhar nesse teste, na cabeça dela a brincadeira não tinha piada nenhuma e a imagem metafórica de se ver numa carroça (só porque neste tempo ainda não existiam aviões) a cair a pique de um qualquer desfiladeiro também não.
Cansada e esgotada, a princesa escolheu empurrar os problemas com a barriga, com uma habilidade esplendorosa que evidenciava muito tempo de treino. Sentou-se, sem fazer nada, e esperou.
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