Chegas à minha vida e entras, pela porta da frente, sem pedir licença, sem avisar, tal como eu gosto, e deixas-me ser eu, toda eu. Por momentos, sinto que sofro da síndrome de Tourette, digo tudo o que quero e o que não quero, com ou sem sentido, entre lágrimas e risos e sorrisos e gargalhadas. O teu abraço parece consertar as partes partidas de mim que não estão à vista e que escondo de toda a gente, sinto-me aconchegada e segura, ao mesmo tempo que sinto que me consegues ler todinha, até àquilo que não verbalizo. Deitas-te na minha cama como se nada fosse, como se estivesses sempre ali, como se fosse a coisa mais normal do planeta e eu falo sem parar, sem me cansar, já a dizer disparates que não interessam nada mas que sinto falta de partilhar contigo para que me conheças cada vez mais e melhor. Contigo sou mais eu, mas não deixo de ser gaja (com tudo o que isso traz de bónus).
Sem comentários:
Enviar um comentário