7 de fevereiro de 2013

A vida em atraso

Sinto que este vai ser o mega post dos últimos tempos, pela carrada de coisas que deixei passar e que sinto que me fazem falta aqui no meu EU-BLOG Sorriso

Não escrevi sobre as tradições de quem vive na terrinha que, apesar de atestarem a arca dos papás a um preço muito simpático, não me convencem minimamente e já nem as febras acabadinhas de cortar em cima da grelha me conseguem conquistar para o espírito da coisa. Cansaço gigantesco, humor cão, recompensa muito boa mas que pode ser alcançada de outras formas (com custo monetário mais alto mas desgaste emocional praticamente nulo).

Não escrevi sobre a grande conquista da minha mãe que, de momento, faz de mim, aparentemente, uma mulherzinha. A Pépa queria uma “carteira”, eu sinto que podia muito bem viver sem uma, a mãe sentiu diferente e procedeu em conformidade. Lixei-me e tive que me render às evidências – porque sim, no que dependesse de mim era artigo para não entrar cá em casa. E como uma coisa leva à outra, a cada dia que passa, quando me olho ao espelho antes de sair para o trabalho, vejo menos da Gabi que sempre fui e começo a admirar aquela estranha do reflexo.

Não escrevi sobre o meu joelho, nem sobre o gelo no meu joelho, nem sobre a forma como as minhas maluqueiras enquanto pandeireta de uma tuna se reflectem agora no meu joelho, nem sobre as teorias de deixar o cycling (não vai acontecer ou se calhar não é bem assim!) por causa do joelho… Ando outra vez lesionada Triste

Não escrevi sobre visitas, daquelas boas mas boas em que a conversa nunca se esgota, em que o tempo é sempre pouco, em que alguém dá boa música aos meus vizinhos para os compensar das atrocidades a que eu os sujeito quando decido que preciso espantar os meus males ou arranhar as cordas da viola. Em ritmo super acelerado, apesar do travão estar no fundo, que eu gosto mesmo é de calma e descontracção,sabe sempre bem estar em boa companhia.

Não escrevi sobre os novos secretários de estado, mas isso deve dever-se mais ao meu ódio de estimação por temas políticos.

Nunca aqui escrevi uma declaração solene em jeito de afirmação pessoal, mas escrevo hoje: “Gosto de Anjos”. Porque isto

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me permite aquelas noites de sono profundo e reparador que eu já não tinha há imenso tempo (sou gaja e os neurónios fazem questão de estar sempre a trabalhar a mil à hora a tentar processar carradas de informação/ideias/sentimentos sem assunto) e estes

anjos

embora pudessem ser um grande motivo para passar noites em claro, têm-me dado música para os meus dias, para as minhas noites e agora também para as minhas madrugadas, e se há coisa que eu adoro é que me dêem música Língua de fora

1 comentário:

ana dias disse...

UI, UI:::)
Princesa continua a escrever estas coisas que nos deixam a pensar.
Como tu sabes podes contar com a prima que ainda sente que es uma criança lol; ) beijos