Aqui e agora
Há lugar para todas as maluqueiras...
15 de janeiro de 2025
Energizar
8 de janeiro de 2025
Eu... Aos olhos do ChatGPT
Olá, pessoas giras!
A minha empresa atual tem uma fixação qualquer que eu não consigo explicar com o ChatGPT e as ajudas que o mesmo nos pode proporcionar. Eu não sou propriamente fã (porque acho que o meu cérebro funciona bem e requer uso, em vez de atalhos) mas resolvi dar a esta ferramenta uma oportunidade.
Abri o ChatGPT e pedi-lhe que me falasse sobre a autora deste blog... Tendenciosa me confesso, portanto, vou partilhar aqui o feedback.
"A autora do blog Maluqueiras Onde Calhar é uma pessoa que prefere manter um certo grau de anonimato. No entanto, ela se revela através dos seus textos, que combinam um tom pessoal, irreverente e por vezes introspectivo. No blog, ela escreve de forma descomplicada e muitas vezes humorada, abordando uma ampla gama de temas, como reflexões sobre a vida, experiências cotidianas, cultura pop, e até temas mais profundos ou filosóficos. O nome do blog já sugere essa característica de falar sobre "onde calha", ou seja, sobre tudo o que surge sem grandes formalidades ou preocupações.
Embora não haja muitas informações públicas sobre quem ela é fora do seu espaço online, o que se sabe é que ela se dedica a criar uma conexão genuína com seus leitores. A autora tem um estilo de escrita bastante acessível, que é uma das razões pela qual muitas pessoas se sentem atraídas para o seu blog, criando uma espécie de comunidade em torno dos temas que ela propõe.
A sua voz no blog é autêntica, com uma mistura de sarcasmo e sensibilidade, o que permite que ela se destaque entre outros blogs mais formais ou especializados. Em alguns posts, ela faz uma crítica às convenções sociais, enquanto em outros compartilha experiências mais pessoais, como lutas emocionais ou a busca por sentido no cotidiano.
Se você gosta de blogs pessoais que falam de forma honesta sobre a vida, o blog da autora pode ser uma boa escolha. Ela consegue transmitir sentimentos reais de forma simples e direta, e é justamente essa autenticidade que torna o seu trabalho interessante para quem acompanha.
Se tiver mais curiosidade sobre algo específico sobre a autora ou o conteúdo do blog, posso tentar ajudar mais!"
Impossível não esboçar um sorriso ao ler isto: "tom pessoal, irreverente e por vezes introspectivo", "a sua voz no blog é autêntica, com uma mistura de sarcasmo e sensibilidade", "crítica às convenções sociais" e "lutas emocionais ou a busca por sentido no cotidiano". Nem eu faria uma síntese tão certeira.
Muitos parabéns, ChatGPT!
7 de janeiro de 2025
(Outro) Brinquedo Novo
Foi no final do ano que entraste na minha vida, quase como prenda de Natal antecipada, e (embora te tenha escolhido) não sei bem como aconteceu. Estiveste ali à espera, no teu canto, sem deixares que eu me esquecesse que existias mas sem te impores. Eu senti, e ainda sinto, que não estava pronta para ti, que estava demasiado a acontecer na minha vida para te deixar entrar, mas sempre fui adepta de correr o risco e, no início do ano, assumi-te em pleno (ainda nem sei como fui capaz!). Preparada ou não, fiz o corte e limpei o que estava para trás (ou tentei com mais afinco do que seria esperado de mim). Vamos ver o que o futuro nos reserva.
23 de dezembro de 2024
Ao fim de 2024
Olá, pessoas giras!
A reta final de 2024 chegou, com alguns requintes de malvadez e muitas histórias mal resolvidas, portanto, é chegada aquela altura fantabulástica de fazer balanços, de olhar para trás e perceber que este ano foi só mais um de montanhas russas brutalmente intensas mas com saldo francamente positivo.
Neste ano, que agora termina, perdi-me de mim... Entre batalhas judiciais, aspirações pendentes de 2023 e exigências da vida, entrei numa espiral descendente de "viva la vida loca" e vi jeitinhos de nem perceber os meus desejos para o dia de amanhã.
Iniciei o ano a viver em casa dos meus pais e cedo percebi que não era vida para mim. Adoro-os mas temos objetivos diferentes, formas de ver a vida diferentes e, ainda por cima, não quero educar a minha filha como eles me educaram a mim (não que tenham feito um mau trabalho, porque todos os pais fazem o melhor que podem com aquilo que têm ao alcance). Portanto, numa tentativa de fuga, comecei a viver a vida em modo semana sim, semana não, com criança em casa dos pais, sem criança em cada da mana.
No Carnaval (sim, eu adoro o Carnaval, vou sempre gostar de Carnaval e amigo não empata amigo, podem ficar todos em casa a fazer frete que se eu puder, vou mascarar-me e rir até de manhã), a minha vida mudou. Conheci um mundo de gente gira e simpática e percebi que o mundo da vila não é feito só de lavradores e caçadores betinhos (até na sede dos Piratas do Inferno eu fiz amigos).
Nos meses seguintes, seguiu-se a saga do divórcio e tentar explicar a uma alminha que depois do divórcio é preciso tratar das partilhas, que de nada serve um papel do tribunal a dizer que já não tens um vínculo com aquela pessoa se continuam a partilhar as contas e a casa onde ele vive também é tua. Felizmente, "só" foram precisos 5 meses e umas 50 amigas coloridas para ele "ceder". Sinto que nestes meses não tive capacidade para mais nada, mesmo tendo mudado de emprego, porque me sentia a empurrar a vida com a barriga.
Em Outubro, mesmo sem as responsabilidades parentais da Princesa resolvidas, senti que tinha subido na vida, que estava pronta para enterrar o machado de guerra e ser eu. Mas ninguém disse que a vida burocrática era fácil e vou terminar o ano amarrada a um crédito habitação de uma casa que não me pertence porque a inércia de quem devia tratar disso é gigante.
Nestes últimos dois meses, voltei a sonhar. A ambição de ter o meu próprio cantinho voltou, o desejo de ter os meus horários e voltar a fazer as coisas de que gosto e que me faziam feliz. Entretanto, a batalha pela guarda da Princesa também ficou fechada (lá convenci a família que a residência alternada pode não ser a melhor coisa do mundo mas pai e filha pertencem à vida um do outro) e ganhei mais 50500 kgs de paz de espírito.
Portanto, deixo muita vida chata em 2024 e estou pronta para abraçar o mundo no novo ano. Ano novo... Cabelo novo, lentes novas a tempo inteiro e, quem sabe, a vida nova de que tanto falam. 2025 vem com tudo que eu estou mais do que pronta 😉
9 de dezembro de 2024
Amor próprio
4 de dezembro de 2024
O amor maior (4 anos depois)
29 de novembro de 2024
O não "Dia D"
Neste momento, sou uma mulher com demasiados créditos em aberto (aos olhos do Banco de Portugal), todos associados a uma conta do Banco Montepio, que já nem uso. Com um contrato de água, numa casa onde não vivo e com o IMI, acabado de liquidar, de uma casa onde nem vivi até ao fim de 2023.
Neste momento, sou também um mulher com uma vontade gigante de mandar tudo para um sítio onde o sol não brilha e alcançar os meus direitos à força bruta (desliguem a água e ofereçam a casa em hasta pública, que é para o lado que eu durmo melhor) mas, aquela veia que eu achei que não tinha e nunca ia ter, a de mãe, fala mais alto, não quer que falte nada à minha pequena cria e contém os meus impulsos.
Amanhã, poderia ser o dia da escritura da minha futura nova mansão (leia-se apartamento em miniatura para viver sozinha com a minha Princesa) mas não é. Infelizmente! Ainda assim, eu celebro-me porque fiz tudo o que podia para que isso acontecesse e sei que não vai acontecer porque a inércia é uma bela porcaria e faz efeito onde menos faz sentido.
Claro que todo este cenário, chega também com aqueles sermões lindos... "Se sempre foi assim porque é que achaste que agora ia ser diferente", "porque é que ainda acreditas que as pessoas vão ter iniciativa sem serem provocadas", "sempre foste tu a tratar de tudo"... E eu juro que dispensava estes discursos e estas frases feitas, por muito que possam vir carregadas de razão.
Nunca fui aquela que vê o lado bom das pessoas, sou pessimista por natureza, mas acredito em reabilitações e segundas oportunidades (ou não teria o melhor cunhado do mundo sempre pronto para tomar conta de mim). Acredito que todos temos dois dedos de testa para perceber quando continuamos, mesmo que involuntariamente, a impedir alguém de seguir o seu caminho. Portanto, também nos cabe a nós fazer diferente.
E sabem que mais!? Vou só ali aproveitar a Black Friday para comprar os pequenos eletrodomésticos todos que irei precisar. O "Dia D" não é amanhã mas, sem dúvida, já faltou mais.
20 de novembro de 2024
O irmão do meio, o rapaz mais velho
Olá, pessoas giras!
Conheci o Bruno no auge da minha inocência, de menina do campo, deslumbrada com o irmão mais velho (lindo que dói!) do coleguinha de escola. Apaixonava-me por aquelas boleias para a escola, em que ele sorria no banco da frente e se fingia indiferente à minha paixoneta infantil.
Não me dei conta, quando o cancro o "atropelou" pela primeira vez... Porque não lhe roubou nunca o sorriso do rosto, nem lhe tirou o brilho no olhar. Acho mesmo que só percebi que a vida não estava a ser meiga com ele quando chegou a altura em que decidiram amputar-lhe a perna. Para ele, foi apenas uma troca "ok, eu dou a perna mas fico com a vida". Ele re-aprendeu a andar, adaptou-se à prótese e continuou a sorrir, igual a ele próprio.
Entretanto, os cancros foram-se sucedendo uns aos outros... Talvez umas metástases perdidas, escondidas atrás de uma qualquer orgão menos adepto das quiomio / radioterapias, talvez uma recidiva inesperada. E ele combateu todos, dava o peito às balas e sorria, enquanto o corpo sofria.
O Bruno era o nosso Suíço mas, no fundo, ele era do mundo. Ele procurou o código postal que lhe permitiu sentir-se melhor consigo e, nos últimos tempos, espalhava charme por terras algarvias. Foi por lá que foi encontrado caído na rua, em paragem cardio respiratória, e é apenas isto que se sabe.
A minha vontade continua a ser abanar a cabeça e dizer que não, que não é verdade, que não pode ser, que a vida não seria assim tão injusta... Mas não vai adiantar de nada. Ele partiu, descansou e eu não tenho a menor dúvida que ele deixou um pouco de si em cada alma que teve a felicidade de cruzar o seu caminho.